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Histórias que eu conto

Por Homero Malburg -

Homero Bruno Malburg é arquiteto e urbanista

Camboriú, de novo


(foto: DIVULGAÇÃO PMBC)

Os verões de Camboriú sempre exerceram um grande fascínio para nós, jovens. Nos anos cinquenta, mais para o pessoal das cidades do Vale, principalmente para os que tinham casa de veraneio. Nos anos sessenta, com o início de uma atividade voltada para o turismo, veio o “boom”.

Além do Mariluz, do Boliche, do San Remo, existia na avenida Brasil, um nigth-clube, nos melhores moldes daqueles que víamos nos filmes e como imaginávamos ser os “inferninhos” de Ipanema. Pequeno, escurinho, ar pesado da fumaça dos cigarros, boa bebida – apesar de cara – e uma música espetacular. Chamava-se “Dimas Bar”.  De propriedade do Dimas Campos de família com raízes itajaienses, apresentava o melhor da época em música ao vivo. Muita bossa-nova, jazz e outras modernidades ao som de um piano, baixo e bateria.

Ficava no centro, em um segundo piso de uma casa de madeira, por onde se acessava por uma escada estreita de um lance só. Dizia-se que, nas brigas, a pessoa que caísse por ela parava na rua, pois não havia patamar. O som do conjunto animava as noites com o Dimas no piano e algumas “canjas” do Zé Acácio, do Nene, do Balhu e de outros cobras que lá apareciam.

No verão de 67 surgiu um fenômeno musical internacional: Herb Alpert e Tijuana Brass. E, como não podia deixar de ser, o Dimas, sempre ligadíssimo, arranjou um trompetista e, atacavam o “Whipped Cream”, o maior sucesso do LP, com inteira competência. Da mesma forma, quando Roberto Carlos estreou, o disco nem tinha saído da forma e já o Dimas “mandava tudo o mais para o inferno...”.

Nesta época o Sebastião Reis, inventivo, ligado aos eventos e também, homem da noite com o famoso “Seare’s Bar” em Itajaí, inventou o promover o “1” Festival do Cinema Brasileiro de Balneário Camboriú”. No novíssimo cine Delatorre, todos os “filmes-cabeça” da época. O chamado “cinema-novo” estava no auge. Como o jovem não estava muito a fim de pensar, de ver sertão, fome miséria e cabras-da-peste, incluíram no Festival “A Noviça Rebelde” que lotou a casa com a Julie Andrews e as crianças da família Trapp, rodopiando e cantando nos Alpes nevados, para o deleite dos veranistas de Camboriú.


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