Por Homero Malburg -
Homero Bruno Malburg é arquiteto e urbanista
28/06/2024
A maioria dos internos recebia apelido tão logo chegava. Alguns “pegavam”, outros não. Lembro-me de um que usava calças de elástico na cintura, sem cinto. Como elas eram grandes demais e para que não caíssem, ele abotoava o botão de abertura da calça ...
21/06/2024
No refeitório, havia uma certa disciplina criada por nós mesmos por uma questão de sobrevivência. As mesas eram para seis – dois em cada lado, mais dois nas cabeceiras. Foi instituto um sistema de rodizio e cada dia um de nós sentava em uma das cabeceiras ...
14/06/2024
Sábado à tarde, no Colégio Catarinense, além de tomar banho (nem para todos) e trocar de roupa de cama, era dia de receber a mesada semanal. Não sei por que, mas fui indicado para “mesadeiro” da divisão dos grandes. Recebia do irmão tesoureiro um saco ...
07/06/2024
Os episódios do dia a dia do Colégio interno nos tiravam da rotina imposta pelos horários rígidos e imutáveis. Havia dois dias de comida boa: dia de São Luiz Gonzaga e o dia de Santo Inácio de Loyola. Serviam galinha, o prato de festa da época. Nos demais ...
31/05/2024
O quadro de professores do Colégio Catarinense, na época, era objeto de muitas histórias e de muito folclore. O Pe. Dullius, grave, circunspeto, ministrava História, mas infelizmente morreu afogado no fim de nosso primeiro ano. Pe. Braun, era o mestre ...
24/05/2024
Naqueles verões de infância sempre havia uma “tragédia” que marcava a temporada: minha mãe que sofreu queimadura séria quando um bule de chá fervente virou por cima dela; Flávia, minha irmã, que levou um coice de uma égua; Thalia que ficou toda inchada ...
10/05/2024
Depois de dois anos, 55 e 56, veraneando na pensão da Dona Faceira, meu pai resolveu alugar uma casa, na praia de Armação. Era uma construção de dois pavimentos, térreo em alvenaria, parte de cima em madeira. Foi onde passamos os verões de 57, 58 e 59 ...
03/05/2024
Em dezembro de 2001, reinaugurou-se a Praça Pe. Pedro Baron. Esta pracinha existente há muitos anos no final da rua Brusque, foi então remodelada e recebeu o busto, em bronze, de seu homenageado. Aposto que poucos sabiam de seu nome, mas com o novo traçado ...
26/04/2024
(Itapema 1924 – Itajaí 2015) Conheci o “seu” Domício quando assumi a presidência da Sociedade Guarani em março de 1999. Era o guardião das nossas terras na Praia Brava há mais de 10 anos. Velho durão, levava sua função aos extremos da dedicação, um ...
19/04/2024
Em 1956, os padres salesianos chegaram em Itajaí. O “Ginásio Itajaí” do professor Cunha passou a ser “Ginásio Salesiano Itajaí”. O prédio, de um bege pálido, tinha suas salas de aula localizadas sobre o alinhamento do muro da rua Gil Stein Ferreira. ...
12/04/2024
Veraneávamos em Armação quando pequenos. Uma das primeiras coisas que aprendíamos com os nativos era que a parte da praia que ia do Alírio à Ponta da Cruz chamava-se “Armação”. A outra, do Alírio em direção da Penha, “praia da Armação”. Em resumo, na ...
05/04/2024
No início de 1961, curso ginasial concluído no Ginásio Salesiano, muitos de nós tivemos que sair de Itajaí para estudar fora. Aqui havia o curso técnico de Contabilidade e o Curso Normal para as moças. Não existiam na época os cursos científico e clássico ...
28/03/2024
Ano de 1956. O ginásio Itajaí foi adquirido pelos padres salesianos e nós iniciávamos aí nossa formação como cidadãos: foi um ano pré-ginasial e quatro de ginásio, até 1960. Não cursamos a quarta série do primário; foi nos dado um curso de Admissão ao ...
22/03/2024
Fiquei surpreso com a repercussão que teve meu artigo sobre a aviação em Itajaí. Julgava ser um dos poucos aficcionados pelo tema, mas pelos comentários e histórias que me contaram, chego à conclusão de que o avião tem muitos fãs. O Gunter Deeke, piloto ...
15/03/2024
Sempre fui um apaixonado por avião. Mesmo hoje, muito depois dos setenta, quando viajo interesso-me pelo tipo, modelo, capacidade, velocidade do avião e devo ser uma das únicas pessoas que lê, com atenção, aquele cartão que está na “bolsa da frente”. ...
01/03/2024
Naquela época, certas brincadeiras obedeciam a um determinado ciclo. Todo ano, na mesma época, elas viravam mania: nos meses ventosos se fabricavam e se empinavam pandorgas. Havia a época do pião, da bola de gude. Esta, adotava uma terminologia muito ...
23/02/2024
Ao lado do prédio antigo da Prefeitura tínhamos o ponto dos carros-de-mola. Eram uma opção mais barata que o carro-de-praça (que era como se chamava o táxi) e, por terem cobertura, bancos estofados e molejo, bem mais confortáveis que qualquer carroça ...
16/02/2024
Em junho, uma festa. Íamos ao ginásio do Salesiano também à noite. Rifas, sorteios e de uma vez, um misterioso jogo de espelhos montado pelo padre João Chiarot, que fazia uma moça se transformar em um esqueleto. Tudo isso em uma sala escura e com narração ...
10/02/2024
A cantina do Salesiano vendia um sanduiche delicioso: pão do Patiño com mortadela (com direito a borda de celofane) além da Laranjinha; Maria-mole; paçoquinha de amendoim (Q-Big); Embaré e, de quebra, material escolar. No pátio, numa cesta de palha ...
02/02/2024
Um dia desses, tive que explicar para um jovem o que queria dizer “subversivo”. Coisas que, pelo desuso, neste caso, felizmente perderam o sentido. Ao folhear o livro de Juventino Linhares _ “O que a memória guardou”, lá estava descrita a fundação de ...
⛔️🚧 O finde e início da próxima semana estarão repletos de interdições no trânsito da região: BR 470 ...