Pingando nos Is
Por Pingando nos Is -
Rumo à terra de Canaã
Em tempos de Bolsonaro, Dilma, Lula, Rodrigo Maia, Alcolumbre e outros a maior queixa dos metropolitanos era o fato de que, por força da violência, assaltos, balas perdidas, etc, as famílias estavam sendo obrigadas a se enclausurarem em suas casas para ficarem a salvo da bandidagem.
Mesmo assim, “todos eram felizes e não sabiam”, pois agora por força do “coronavírus”, todos estão obrigados a permanecerem enclausurados em suas residências não só para se salvarem da violência mas, também da pandemia do ”vírus chinês” que pega mais do que o piche derramado nas praias do nordeste deste país.
A coisa por aqui anda de um jeito que faz lembrar a passagem bíblica das “pragas do Egito”, como são conhecidas as 10 calamidades que, de acordo com o livro bíblico do Êxodo, o Deus de Israel infligiu ao Egito para convencer o Faraó a libertar os hebreus, maltratados pela escravidão. O Faraó aceitou as condições de libertação de Deus (desistiu) após a décima praga, provocando o êxodo do povo hebreu, que seguiu pelo deserto a caminho da terra de Canaã.
A primeira foi a transformação da água do rio Nilo em sangue, seguida por invasões de rãs, piolhos, moscas, morte do gado, chagas, chuva de pedras, nuvens de gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos. Ao fim de tantas tragédias, Ramsés II, finalmente, concordou com a saída dos hebreus do Egito.
De fato, se considerarmos o sangue humano derramado no elevado número de assassinatos, latrocínios, acidentes de trânsito que vem ocorrendo neste país será possível dizer que a sociedade está coberta de sangue; as rãs é que andam meio escassas mas, piolhos, moscas e chagas a carência de saneamento básico está aí para incremento dos enxames, população e contágio.
No que respeita às nuvens de gafanhotos, as recentes operações do “Mensalão” e da “Lava Jato”, a instituição dos “Fundos partidário e eleitoral” demonstram as finanças públicas dizimadas e a paisagem de terra arrasada dos recursos públicos após a passagem dos insetos engravatados que se abrigam no parlamento.
Para escaparmos das trevas pagamos elevadas tarifas de luz, cujo preço é indicado por bandeiras de cores diversas, coisa de quermesse.
Finalmente a morte dos primogênitos. Esta praga talvez não se concretize já que o contágio pelo coronavirus se dá pela proximidade das pessoas, proibindo um simples aperto de mão, passando pelo abraço e condenando até o beijo, início do namoro, presente no noivado e na noite de núpcias.
É, parece que os brasilenses estão próximos de sua libertação e a caminho da terra de Canaã. Resta-nos, por isso, orar para que Deus, na sua bondade infinita, releve as nossas faltas e nos dê um guia que não seja nem de direita, nem de esquerda e muito menos do “centrão”. Amém.