Carlos Chiodini
"Independentemente de governo, de ideologia política, nós temos que colocar o porto para funcionar”
Pré-candidato a prefeito pelo MDB
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
Carlos Chiodini é político de berço. Seu avô era apaixonado por política e ligado às causas sociais. Sua mãe sempre foi ligada ao MDB, seus tios foram vereadores e candidatos a prefeito. Iniciou na política aos 17 anos com grande incentivo do falecido governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira. Chiodini foi administrador do Porto de São Francisco do Sul, secretário de estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), duas vezes deputado estadual e outras duas vezes deputado federal. Um dos poucos nomes já confirmados para concorrer à prefeitura de Itajaí e que curiosamente tem a história de vida e trajetória profissional ligadas a Jaraguá do Sul, cidade onde nasceu, foi criado e iniciou na política. Nesta entrevista à jornalista Franciele Marcon, Chiodini explicou como lida com as críticas de quem o chama de “forasteiro”.
O deputado ainda falou do momento delicado do Porto de Itajaí e o que tem feito como deputado pra auxiliar na volta da movimentação do terminal. Apontou acertos e erros nos grupos ...
 
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O deputado ainda falou do momento delicado do Porto de Itajaí e o que tem feito como deputado pra auxiliar na volta da movimentação do terminal. Apontou acertos e erros nos grupos políticos que comandaram Itajaí nas últimas três décadas, na dobradinha Bellini e Morastoni, e destacou a importância de Itajaí para a economia do estado e do Brasil.
As imagens da entrevista são de Fabrício Pitella. O conteúdo completo, em áudio e vídeo, você confere no Portal DIARINHO.net e em nossas redes sociais.
DIARINHO – O senhor é deputado federal pelo MDB e eleito com votos da região norte de Santa Catarina, mas será candidato a prefeito de Itajaí. Aqui costumam chamar esse tipo de candidato de “paraquedista”. Como rebate as críticas por ser “estrangeiro”?
Chiodini: Primeiro, qualificar Itajaí. Itajaí é uma cidade especial, uma cidade que cresceu muito e uma cidade acolhedora. Acho que tá no DNA da cidade. Nesse exato momento tem pessoas chegando em Itajaí para buscar novas oportunidades. Eu tenho uma trajetória política que se inicia como um deputado estadual. Tive o orgulho de exercer esse mandato por três vezes. Fui secretário de estado, fui deputado federal já reeleito. Agora entendi que um novo momento da minha vida seria uma passagem pelo executivo. Eu adoro Itajaí, amo Itajaí. Acho que é uma cidade que tem muitas potencialidades e também atravessa muitos desafios. Muitos desafios que já estão acontecendo e que virão. Imagino que com a minha experiência, a minha caminhada, a minha trajetória, eu possa somar em Itajaí. Já estou morando aqui, tenho meu título de eleitor aqui, estou juridicamente perfeito para participar das eleições. Tenho negócios em Itajaí. Entendo que a minha liderança política possa somar com o município e acrescentar no debate das eleições municipais.
DIARINHO – O Porto de Itajaí está há quase um ano e meio sem receber navios por uma confusão política que teve como protagonistas o ex-presidente Bolsonaro (PL) e o governo municipal, do MDB. Somente uma nova eleição resolverá o problema do porto?
Chiodini: Itajaí não pode esperar, não tem tempo para esperar. Independentemente de governo, de ideologia política, nós temos que colocar o porto para funcionar. Nós já pagamos um preço muito caro por ideologia política. Por entender que esse é um modelo, que aquele é outro modelo. Todo mundo sabe, quem tem o mínimo conhecimento da área portuária, está tudo registrado pela imprensa ao longo dos últimos anos: passaram governos de outras ideologias e sempre o município de Itajaí pediu a renovação da concessão, para que pudesse renovar o arrendamento, à época com a APM, que era um parceiro que tinha carga, que fazia o porto funcionar e que deixava a cidade em ordem. Não foi renovado. Essas grandes empresas trabalham com planejamento de anos muito adiante. Eles pegaram e decidiram por outros investimentos, desmobilizaram linhas, e quem pagou? A cidade de Itajaí, o povo de Itajaí. Nós temos que parar com essas brigas políticas, parar de querer achar culpados, é muito claro já quem é o culpado. A cidade está pagando um preço imensurável e nós temos que resolver. [...] Tenho conversado semanalmente com o ministro Sílvio Costa Filho, meu colega e deputado federal; tenho pedido para cobrar de forma mais enérgica a empresa que venceu o último edital precário de dois anos de licitação, que até agora também não movimentou carga nenhuma, que é a empresa Mada. Tenho pedido para que dê um ultimato: ou vem a carga e a gente coloca o porto a funcionar, ou se busca um outro caminho.
“Tenho pedido um ultimato: ou vem a carga e a gente coloca o porto a funcionar, ou se busca um outro caminho.”
DIARINHO – O senhor já comandou o porto de São Francisco do Sul. Pela sua experiência, qual o tempo médio para reverter essa paralisação em Itajaí?
Chiodini: Ao mesmo tempo que nós temos um desafio, encontra-se a oportunidade. O porto de carga geral tem movimentado normalmente, mas nós temos que trazer contêineres. Os contêineres que abastecem toda a cadeia da retroárea dos terminais que processam exportações e assim por diante. O tempo necessário seria ontem, o ideal também seria ontem. Mas eu acho que é possível nós vermos uma expectativa de carga até o mês de julho. [Isso com a Mada fazendo a movimentação ou trazendo outra solução?] A Mada tem datas a serem cumpridas. A próxima data é 15 de junho. E 15 de junho precisa ter movimentação, ou seja, melhor, além de ter a movimentação, estar alfandegada. Para isso se exige investimentos, equipamentos e tudo mais. Nós só não podemos esperar até 15 de junho e receber uma notícia de que não foi feito nada. Essa é a cobrança que eu tenho feito ao ministério: para que haja uma fiscalização. Para não se chegar até lá, ou com data próxima de lá, e a gente ver que não vai funcionar, e o contrato ser rompido. Ou que a Mada seja adquirida por outro player do mercado que tenha capacidade de movimentação, que seria talvez o caminho mais rápido. Esse é o grande X da questão que nós estamos trabalhando. Mas eu sou otimista, eu acho que é possível superar esse momento tão difícil.
DIARINHO - O MDB é aliado do PL no estado e do PT no governo federal. Por que, politicamente, nem o estado e nem o governo federal estão ajudando a resolver esse problema que prejudica Itajaí e toda a região?
Chiodini: Quando tem um problema ninguém quer ser dono do problema. Mas, como a gente sabe, esse último processo licitatório foi feito pelo governo federal, pela Antaq; foi um processo frágil e permitiu que empresas sem a devida expertise participassem. Nesse momento eu vejo que é necessário sim, para outras demandas que incorrem disso, a participação efetiva do governo federal e do governo de Santa Catarina. Como, por exemplo, o canal de acesso. Estamos num momento que é necessário fazer dragagem, pois a falta de dragagem não compromete só o porto público de Itajaí, compromete o porto de Navegantes, todos os terminais à montante, a indústria naval, pesqueira e tudo mais que nós temos na foz do rio Itajaí. Estamos cobrando. A última reunião que nós fizemos com essa pauta, com a presença da Secretaria Nacional de Portos, do Ministério de Portos e Aeroportos, teve a presença do governo de estado, do secretário Beto Martins, teve a presença do prefeito, das empresas que utilizam; teve a presença do governo federal, e cobramos uma solução para essa questão da dragagem e também auxílio na busca de um arrendatário que de fato traga cargas e faça a roda movimentar.
“Itajaí nos últimos 28 anos só teve dois prefeitos e foi a cidade que mais cresceu de Santa Catarina”
DIARINHO - O senhor ingressou na política muito cedo. Aos 17 anos estava à frente do MDB Jovem. De onde veio essa paixão pela política?
Chiodini: Acho que nasceu comigo. Eu sempre participei da política, minha mãe sempre foi muito ligada ao MDB, meu pai também. Quando criança participava de comícios e acabou sendo uma coisa natural. Em 2006, nós tínhamos um deputado lá em Jaraguá do Sul que ficou inelegível. Eu tinha 24 anos e numa reunião do diretório perguntaram: “quem quer ser candidato a deputado estadual?” Ninguém levantou a mão, eu levantei a mão e decidi concorrer pela primeira vez. Já participava como militante, desde colar cartaz até organizar reuniões, os movimentos do partido. Eu tive a oportunidade de concorrer e fiz uma grande votação. Fiquei numa suplência que me levou a assumir o mandato de deputado estadual. Na segunda eleição, a gente quase dobrou a votação, na terceira aumentou, na quarta aumentou, já para deputado federal... Assim foi ao longo da trajetória. Eu gosto de política. Eu acho que quem não gosta de política é comandado por quem gosta. É importante trazer as pessoas a participarem. Eu acredito também que é a grande força de transformação social. Nós podemos ter ideias diferentes, mas nós temos que sempre procurar melhorar nas diversas áreas. Eu não tenho vergonha de dizer que “no momento eu sou político”. Eu tenho meus negócios, sou empresário, mas nunca escondo que sou político por gostar de política e por acreditar na política. Acho que esse é o caminho de transformação e de mudança que nós precisamos.
DIARINHO – O senhor foi deputado estadual e federal. Se sua trajetória foi ligada ao legislativo, qual sua experiência administrativa para comandar uma cidade?
Chiodini: Primeiro que passar pelo legislativo nessas duas esferas deveria ser quase que um pré-requisito para ser prefeito de uma cidade tão importante quanto Itajaí. Veja bem, nós estamos falando do maior PIB de Santa Catarina, uma das cidades que mais arrecada, a cidade que mais importa do Brasil, a 12ª que mais paga tributos federais dentre os 5500 municípios brasileiros. [...] A minha experiência administrativa foi como diretor da autarquia do Porto de São Francisco do Sul. Tive experiência administrativa como secretário de estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável. Hoje são três secretarias. [...] Isso nos deu uma amplitude de visão. A nossa experiência de vida traz experiência administrativa para vencer os desafios postos. Eu tenho certeza que isso soma, ajuda, encurta distância, traz soluções. Eu conheço Brasília como a palma da minha mão. Sei na porta onde bater, sei quem procurar, sei como resolver. Eu vejo também que o momento de vida é de se conectar com a sociedade local. Se conectar com um grande desafio e buscar fazer um grande trabalho.
“A falta de dragagem não compromete só o porto público de Itajaí, compromete o porto de Navegantes, compromete todos os terminais à montante e a indústria naval”
DIARINHO – SC vive uma onda conservadora com apoio expressivo ao ex-presidente Bolsonaro. Como o governo federal tem tratado SC depois que Lula assumiu?
Chiodini: Eu vejo que, em termos de obras federais, tem tratado muito bem. A questão eleitoral, que a gente fala “de direita, de esquerda, de conservador, liberal ou progressista”, como nós quisermos chamar... Ela esquece muito a parte das obras... Em 2022 [governo Bolsonaro], o DNIT investiu em torno de R$ 270 milhões em Santa Catarina. Em 2023 [governo Lula] R$ 1,3 bilhão. O número foi muito superior. Eu vejo que não há preconceito do governo federal com Santa Catarina em termos de investimentos, pelo contrário, há um superlativo de investimentos, maior da história recente, dos últimos anos, no ano de 2023. Isso é bom. Nós temos que deixar Santa Catarina, em termos de investimentos, fora dessa briga de “direita e esquerda”, que é uma briga que não constrói a saúde, é uma briga que não melhora o atendimento das pessoas no SUS, é uma briga que não resolve a questão do porto, é uma briga que não duplica rodovia. Se voltarmos na história recente, lá em 2002, o presidente Lula fez a maior votação do Brasil em Santa Catarina. Não foi no Piauí, não foi em Alagoas, não foi no Maranhão, não foi no Nordeste. Foi em Santa Catarina. E na eleição seguinte ele já não fez mais. Eu vejo que a política nacional toda vai se redesenhar para a próxima eleição. No momento há ainda que saber quem serão os candidatos, é muito cedo, esse governo acaba de completar um ano. O governo federal tem que melhorar muita coisa, o governo tem que se aprimorar, tem que se aproximar da sociedade brasileira. E eu vejo que lá terá um outro cenário que talvez não é nada disso que a gente está prevendo ou vendo ainda hoje.
DIARINHO – Qual a avaliação o senhor faz do governo Morastoni, que neste final de mandato tem sofrido críticas por supostamente estar dividido em alas e ter disputas internas que engessam o último ano de mandato? O senhor não teme absorver a rejeição ao governo Volnei?
Chiodini: Eu faço uma análise justa a esse caso. São dois momentos: o prefeito Volnei Morastoni e o governo Volnei Morastoni. Quando você tem um governo de oito anos [...] é natural que seja um governo que não tenha mais o vigor do primeiro dia. É um governo que tem algumas dificuldades, essas dificuldades precisam ser corrigidas [...] porque acabam gerando prejuízo ao cidadão em algumas áreas. Vamos apresentar propostas pontuais e que vão fazer mudanças, mas mudanças exequíveis a Itajaí. Nós não somos uma candidatura, uma pré-candidatura, que quer representar toda a continuidade. A composição será diferente, será com nomes diferentes, nós não temos compromissos com grupo político, nós não temos compromissos para dizer assim “nós somos contra aquele grupo e nunca vou estar com esse aqui”. Não! A nossa bandeira nunca vai ser, em primeiro lugar, não estar com aquele ou estar com aquele. A nossa bandeira vai ser o melhor para Itajaí. Se precisar dialogar, conversar com todo mundo, nós vamos conversar. Quanto ao governo Volnei Morastoni, o que tiver errado nós vamos procurar consertar e o que tiver certo nós vamos admitir. Tem áreas que Itajaí é exemplo. Itajaí nos últimos 28 anos só teve dois prefeitos e foi a cidade que mais cresceu em Santa Catarina. Foi culpa dos prefeitos? Não sei. Acho que no momento a gente vive uma certa dificuldade. Mas tem muito mais acertos do que erros ao longo dessa história. Agora é um momento da gente parar, reavaliar e replanejar. Necessariamente virá um novo prefeito. Depois de quase três décadas terá um momento de renovação. Talvez também no momento mais difícil desses 28 anos, com a questão do porto e outras demandas importantes que nós temos para a cidade. [...] Esse também é um dos motivos que eu estou aqui como pré-candidato em Itajaí.
“Nós temos que deixar Santa Catarina, em termos de investimentos, fora dessa briga de “direita e esquerda”, que não constrói saúde, não melhora o atendimento no SUS, não resolve a questão do porto, não duplica rodovia”
DIARINHO – Quais foram os principais acertos e erros dos governos municipais?
Chiodini: Eu acho que o principal acerto foi oferecer estrutura e, junto com a demanda que aconteceu ao longo dos últimos anos, proporcionar esse crescimento. Porque a gente tem um crescimento em lacunas de tempo. Tem uma mudança do perfil econômico, muito com a questão do comércio exterior, a partir do benefício fiscal que Santa Catarina ofereceu com o então governador Luiz Henrique, que viabilizou os terminais privados como Portonave, Porto de Itapoá. As cidades portuárias foram altamente beneficiadas. Também veio junto com isso um grande crescimento populacional que talvez não fosse previsto. Veio um aumento muito grande de arrecadação, que talvez nós não tenhamos mais nessa proporção ao longo dos próximos anos. [E os erros?] Os erros, os erros são vários... Acho que os erros a gente vê. Por exemplo, é inegável. E eu não estou criticando o prefeito Volnei ou o ex-prefeito anterior [Jandir Bellini]. Falta infraestrutura, por exemplo, de água e esgoto em Itajaí. Nós temos que investir, praticamente, R$ 1 bilhão em água e esgoto para deixar essa cidade, que tenha talvez o metro quadrado mais caro do Brasil de área construída na beira-mar, e que um determinado dia você liga a torneira e não tem água. Porque faltou por N motivos: é rede antiga, melhoria na estação, acho que são questões que não tiveram o devido cuidado. Nós temos que tratar com muita seriedade a questão da saúde. Eu abro as fronteiras de Itajaí e remeto para a Amfri. Essa região cresceu muito, e nós não falamos a mesma língua. Na questão hospitalar, nós temos que dar uma estruturada em toda cidade para o SUS, atendimento mais rápido. Eu tenho estudado bastante isso. [...] Eu não admito a espera de pessoas para fazer uma cirurgia, para ter um atendimento. Às vezes a pessoa vai no PA ou na UPA e fica oito horas lá sentada para ter um atendimento médico. Acho que esses são os grandes desafios e que são os “erros” talvez.
DIARINHO – Com quem o MDB está disposto a coligar? É possível uma aliança entre PL e MDB em Itajaí? Quais outros partidos devem compor o projeto?
Chiodini: O MDB vai conversar com todo mundo. Até este 6 de abril estamos cuidando do nosso partido. Nós estamos formando a nossa nominata de vereadores. Vamos ter entre os partidos de Itajaí a melhor nominata de vereadores. Não tenha dúvida disso. E pode me cobrar: será a nominata que mais vai fazer voto para vereador individualmente. A partir do dia 6 a gente começa uma outra etapa, que é uma conversa com partidos políticos. Nós vamos conversar, se o PL quiser conversar conosco. Nós vamos conversar com todos os partidos na busca de uma composição para o bem da cidade. Ainda é muito cedo. Essas conversas e tratativas vão esquentar a partir de julho. Da minha experiência política, essas coligações e os nomes de vice saem no último dia, no último minuto. Além de conversar com partidos políticos nós estamos com uma outra preocupação: conversar com a sociedade itajaiense. [O pastor Edson Lapa está sendo cogitado como seu vice?] O pastor Edson Lapa é um querido amigo. Nós fizemos uma visita à Mevam e nós temos conversado. É uma liderança sempre lembrada, representa um importante segmento de trabalho aqui da sociedade itajaiense. E sempre é um nome lembrado com quem nós temos, evidentemente, conversado, como tantos outros.
“Eu acho que quem não gosta de política é comandado por quem gosta. É importante a gente trazer as pessoas a participarem. É a grande força de transformação social”
DIARINHO – Além da sua candidatura a prefeito, o MDB projeta eleger candidatos ao legislativo para não ficar em minoria, situação que o governo Volnei acabou passando. Essa é uma preocupação do MDB?
Chiodini: O MDB sozinho não vai conseguir. Mas [...] nós vamos construir uma maioria com respeito e critério. Nós vamos atender bem os vereadores no sentido de poder dar resposta para a comunidade. Nós vamos atender bem os partidos políticos participando do governo, [...] cobrando resultados. Nós vamos dar esse vigor de um novo governo na prefeitura de Itajaí. [...] Junto à minha experiência em tratativa e composição política. A gente viu quanto Itajaí perdeu nesses últimos anos por conta da relação câmara e prefeitura estar desgastada. Eu não sei quem ganhou com isso; não vi ninguém ganhar nada. Eu só vi a cidade perder. Mas essa é uma preocupação que o executivo vai ter. E o meu compromisso é de ter uma relação fina, próxima e que gere resultado.
DIARINHO - Por que o senhor quer ser prefeito de Itajaí e não de Jaraguá do Sul, onde tem história na política?
Chiodini: Já poderia ter sido prefeito de Jaraguá do Sul. Na última eleição fui o deputado federal mais votado lá com 18 mil votos. [...] Nasci lá, tenho negócios lá, mas entendo que eu sou muito mais útil nesse momento como prefeito em Itajaí. Já coloquei esse ponto e gosto sempre de frisar: por conhecer os caminhos e por entender que eu tenho capacidade de auxiliar na resolução desses problemas. Eu não vou ser o primeiro que vem de fora a ser prefeito de uma grande cidade catarinense. Tem outros casos na história, e bem-sucedidos. E, com certeza, o nosso projeto também será bem-sucedido e terá um caminho que já iniciou: qualificando o debate dos candidatos à prefeitura, auxiliando no diálogo com a sociedade e melhorando as propostas para o nosso município.
Raio X
Nome: Carlos Chiodini
Natural: Jaraguá do Sul
Idade: 42 anos
Estado Civil: casado
Filhos: Enzo Chiodini
Formação: superior em Gestão Pública
Trajetória: filiado ao MDB desde os 17 anos, empresário; suplente de deputado estadual; deputado estadual eleito com dois mandatos consecutivos (2008 a 2015); diretor do Porto de São Francisco do Sul (2009 e 2015); Secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável do Estado (2015); deputado federal eleito para dois mandatos seguidos (2019-2023 e 2023-2027); Vice-presidente Nacional do MDB e Presidente do MDB/SC