Com a aproximação do início de mais um ano letivo vêm os questionamentos com relação às mudanças na educação em todos os âmbitos, seja na Educação Infantil ou nos ensinos Fundamental, Médio ou Superior. A continuidade da implementação do Novo Ensino Médio, e o consequente aumento nos conteúdos, e a maior utilização de ferramentas tecnológicas devem permear as tendências para 2023. Também ganham peso o maior protagonismo do aluno e a resolução colaborativa dos problemas com criatividade.
O ano letivo de 2023 é, na realidade, o começo da consolidação do ensino no período pós-pandêmico, uma vez que o ensino presencial ainda teve algumas restrições em 2022. Atrelada a essa realidade, há a insegurança gerada pelo quadro político brasileiro. A diretora da Escola de Educação da Univali e coordenadora do mestrado e doutorado em Educação na instituição, Verônica Gesser, diz que esses questionamentos somente serão sanados com a definição da eleição presidencial e, no caso de Santa Catarina, também do novo governador.
“Estamos em meio a um processo eleitoral e isso gera uma certa insegurança, pois os destinos da educação vão depender das políticas educacionais do presidente e do governador que assumirem ...
O ano letivo de 2023 é, na realidade, o começo da consolidação do ensino no período pós-pandêmico, uma vez que o ensino presencial ainda teve algumas restrições em 2022. Atrelada a essa realidade, há a insegurança gerada pelo quadro político brasileiro. A diretora da Escola de Educação da Univali e coordenadora do mestrado e doutorado em Educação na instituição, Verônica Gesser, diz que esses questionamentos somente serão sanados com a definição da eleição presidencial e, no caso de Santa Catarina, também do novo governador.
“Estamos em meio a um processo eleitoral e isso gera uma certa insegurança, pois os destinos da educação vão depender das políticas educacionais do presidente e do governador que assumirem no ano que vem”, acredita a especialista. Indefinição que aumenta na esfera estadual, uma vez que as políticas implementadas pelo atual governo não deverão ser mantidas. O quadro econômico também é visto por Verônica com grande preocupação.
Avanço no uso das tecnologias de ensino
O uso de equipamentos, tecnologias e ferramentas sociais tende a agregar valor e conhecimento às escolas, no entanto, segundo o Sinep, os profissionais precisam estar em sintonia com essa nova realidade. O Google for Education é um exemplo dessas ferramentas tecnológicas, assim como outras plataformas de ensino disponíveis, e o ensino remoto, como forma de complementar o ensino presencial.
“As escolas que não estiverem antenadas às novas tecnologias voltadas à educação tendem a perder espaço”, informa o Sinep. No entanto, segundo o sindicato, esse aumento na utilização das tecnologias vai demandar mais investimentos por parte das escolas na formação de seus professores.
Verônica Gesser diz que a utilização das tecnologias nas salas de aula é mais do que necessária. “Ainda são poucas as escolas que se reestruturaram com relação a implementação de novas tecnologias de ensino,” pondera.
Uma boa internet banda larga nas escolas pode ser um grande diferencial, aponta Verônica. “O telefone celular é um equipamento que está na mão de todos os alunos e é uma fonte de pesquisa inesgotável. Porém, é muito pouco usado no ensino”, analisa.
“Estamos em um momento de retomada e penso que esse cenário político nos coloca em uma situação de incertezas, tanto na formação do aluno quanto na formação e capacitação do professor, impactando nas redes pública e privada, da Educação Infantil à pós-graduação”, pontua.
Os dirigentes do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinep) defendem a continuidade da implementação do Novo Ensino Médio e de outros programas já em andamento pelo presidente que assumir em janeiro do próximo ano. O sindicato representa 1,3 mil escolas particulares no estado.
“A educação é sempre uma bandeira levantada pelos nossos políticos, mas na prática pouca coisa acaba sendo feita. Isso faz com que as escolas privadas sejam as que mais investem em educação, desonerando o Estado. Portanto, a expectativa é de que, diante deste contexto, o ensino privado cresça ainda mais em 2023”, informa o Sinep, por meio de sua assessoria de comunicação.