Fenômeno
Ufólogo analisa vídeo de OVNI flagrado sobrevoando Itapema
Pesquisador descartou imagem, mas revelou presença de disco voador em Florianópolis
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]
O Grupo de Pesquisas Ufológicas de Santa Catarina (GPU-SC) descartou a veracidade dos vídeos de discos voadores em Itapema que circularam pela internet. Um objeto luminoso flagrado nos céus da cidade no último dia 20 foi filmado por várias pessoas, mas, segundo Luiz Prestes Júnior, coordenador do grupo – um dos maiores pesquisadores do fenômeno no Brasil – há indícios de edição do vídeo.
“Um dos objetos registrados em Itapema trata-se de um saco plástico inflado como um balão e lançado no ar, brincadeira comum no litoral”, detalhou ao DIARINHO. O outro objeto voador não identificado, ou OVNI, também filmado na cidade, teve sua imagem editada.
Não conseguimos confirmar a data da filmagem”, completou ele. Mas nossa análise aponta que o vídeo foi manipulado de alguma forma”, acrescenta. Segundo Luiz, num dos vídeos foi possível verificar um logotipo inserido por edição – nestes casos, o GPU descarta o fenômeno.
O descarte das imagens de Itapema, entretanto, não desanima os ufólogos. Segundo Prestes, há cenas consistentes que mostram a circulação de OVNIs no litoral norte de Santa Catarina. Um dos casos é um vídeo filmado em Florianópolis.
“Nesta imagem, [há] várias anomalias. Acreditamos inicialmente que poderia ser uma aeronave da terra. Como não conseguimos confirmar, foi considerado então um OVNI, por não ser possível identificar”, completou. Luiz afirma que a análise é melhor embasada quando analisados os vídeos originais.
Avistamentos em Barra Velha
“Um OVNI é qualquer coisa que esteja no céu e que não haja resposta para o que seria”, pontua ele. O GPU-SC analisa imagens e também relatos de testemunhas de discos voadores. Em fevereiro deste ano, Prestes teve acesso à experiência de pescadores no litoral de Barra Velha.
O caso foi registrado quando dois pescadores estavam num barco, inicialmente em frente à orla central barra-velhense, e se deslocando em direção à praia do Grant, em Itajuba.
Os homens avistaram um objeto em formato de disco, do tamanho de um ônibus, de cor metálica. Esse OVNI, segundo eles, saiu de dentro do mar a 200 metros dos navegadores, depois da Ilha do Grant. Na ocasião, o objeto permaneceu parado no ar a poucos metros acima do mar. Em seguida, ganhou altitude e, em grande velocidade, sumiu em direção ao oceano.
Além de Barra Velha, nos últimos anos, o GPU-SC registrou relatos de objetos estranhos entrando ou saindo do mar no litoral do Paraná, e ainda em cidades catarinenses como São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Florianópolis, Garopaba e Imbituba. O grupo reúne várias fotos e filmes. Prestes estuda o fenômeno há 20 anos.
Segundo ele, 2022 começou com um índice de avistamento superior comparado com o mesmo período de 2021, em Santa Catarina. Já são mais de 400, validados após entrevistas com testemunhas, análise de fotografias e vídeos. Mas há critérios do GPU-SC que resultam também em relatos descartados, pela falta de informações ou por se tratar de aviões, helicópteros, drones, satélites e até mesmo pássaros ou balões – como o caso de Itapema.