A Secretaria Municipal de Educação de uma prefeitura de região repassou à Polícia Civil um caso de suspeita de assédio sexual ocorrido dentro de um órgão da secretaria de Educação que mantém atendimento ao público. O material foi analisado pela assessoria jurídica da secretaria.
O caso, denunciado por testemunhas ao DIARINHO, ocorreu no final do ano passado e, segundo apurou a reportagem, envolveu um servidor do município e uma auxiliar de serviços gerais ligada a uma empresa de serviços terceirizados – a moça acabou afastada do setor após denunciar a situação.
Ainda segundo informações encaminhadas à redação, é possível que uma câmera de segurança do setor tenha flagrado o assédio. Na ocasião, a trabalhadora levou a situação à diretora do local, que repassou ...
O caso, denunciado por testemunhas ao DIARINHO, ocorreu no final do ano passado e, segundo apurou a reportagem, envolveu um servidor do município e uma auxiliar de serviços gerais ligada a uma empresa de serviços terceirizados – a moça acabou afastada do setor após denunciar a situação.
Ainda segundo informações encaminhadas à redação, é possível que uma câmera de segurança do setor tenha flagrado o assédio. Na ocasião, a trabalhadora levou a situação à diretora do local, que repassou a denúncia à Educação. “Na época, não houve mais retorno”, informou uma testemunha.
A funcionária terceirizada acabou transferida para outro setor, mas o servidor seguiu trabalhando. A própria secretaria de Educação confirmou ao DIARINHO que o jurídico da pasta analisou a denúncia, situação que ficou paralisada durante licença médica do servidor.
A Educação confirmou à reportagem que a denúncia já foi repassada à Polícia Civil – o que teria ocorrido no início deste ano. “Assim que se concluir essa investigação, a secretaria de Educação poderá tomar medidas administrativas, se for o caso”, frisou a pasta, via assessoria.
A reportagem tentou apurar mais detalhes sobre essa situação junto à denunciante – e também se ela registrou a situação em um boletim de ocorrência e se de fato foi transferida em razão da denúncia. Ela preferiu não se pronunciar sobre o caso.
“É boataria”
A redação também foi procurada pelo servidor suspeito. Segundo ele, o fato simplesmente não ocorreu, porque ele teve “mínimo contato com a moça”. Ele também assegura que possui uma trajetória de serviço público exemplar. “É boataria, não sei por qual motivo”.
De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o assédio sexual pode ser por chantagem, em troca de benefícios ou para evitar prejuízos, ou por intimidação. A prática é crime no Brasil, com pena de detenção de um a dois anos.