A sexta-feira foi marcada pela primeira operação de embarque com carga de celulose, no berço 4 do Porto de Itajaí. A operação ocorreu pelo navio Tian Le, com bandeira da China, três anos após a última atracão com celulose no cais público de Itajaí.
A embarcação com 189,99 metros de comprimento e 28,5 de largura, atracou no último dia 31 de março, iniciando a operação. A embarcação, com origem de Punta Pereyra, no Uruguai, recebeu, de acordo ...
A embarcação com 189,99 metros de comprimento e 28,5 de largura, atracou no último dia 31 de março, iniciando a operação. A embarcação, com origem de Punta Pereyra, no Uruguai, recebeu, de acordo com o setor de operações da superintendência do Porto de Itajaí, um volume de 14 mil toneladas de bobinas de celulose. Logo após deixar o porto peixeiro, o navio com a carga de celulose seguiu para Flushing, na Holanda.
O superintendente do Porto de Itajaí, Fabio da Veiga, destacou que a mão-de-obra fez um ajuste em seus valores para possibilitar a operação. “A Autoridade Portuária concedeu o benefício tarifário dos operadores que foram atrás da carga, e esse navio será o primeiro de muitos em uma rotina praticamente semanal do recebimento desse tipo de carga, vinculado a exportação. Cada navio que chega, é renda e receita que se distribui na nossa cidade e região”, comemora Fabio da Veiga.
A celulose pode ser movimentada em fardos ou em forma de bobinas. Por se tratarem de produtos frágeis, a logística nos segmentos de papel e celulose exige o uso de equipamentos específicos e cuidados especiais para proteger as cargas e evitar que sejam molhadas ou danificadas.
A primeira operação de celulose no Porto de Itajaí ocorreu em agosto de 2019 através do navio Saga Fantasy, com 6.314 toneladas de bobinas. “Abrir um mercado novo para o Porto de Itajaí, principalmente com uma carga "limpa" e de fácil operação como a celulose, em uma época de tantas incertezas, motivadas pela desestatização do nosso Porto, é muito importante, e nos traz novas perspectivas e desafios para torná-la regular. Houve um grande engajamento do poder público e da inciativa privada em tornar possível esta operação”, destaca Ricardo Amorim, coordenador de Operações e Inteligência da Fiscalização.