Lotisa
Construtora itajaiense modernizou mercado com projetos arrojados e multifuncionais
Empresa criada pelo engenheiro Fábio Inthurn comemora quase 2 mil unidades vendidas e seis prédios em construção
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Tudo parecia suave na vida de Fábio Inthurn em 2005. Ele tinha uma casa confortável, cargo de chefia no serviço público, uma companheira adorável e um filho recém-nascido. Mas uma coisa o incomodava: Fábio sentia que podia ir além e convenceu os pais a vender a própria casa no bairro Cordeiros para construir um prédio. Assim nascia a Lotisa, a construtora que se consolidou no mercado com projetos tão ousados quanto o seu idealizador.
“O negócio era arriscado, meus pais foram morar de aluguel. Se desse errado, eu dava minha casa pra eles, mas passei tanta segurança que apostaram em mim. E pude retribuir o apoio trazendo pais e avós para morar no primeiro prédio de alto padrão que construí”, comemora.
Fábio conta que o país vivia um momento de boom econômico e ele não quis perder a oportunidade para empreender. Primeiro, abriu um escritório ao lado da casa e conseguiu um sócio para construir o Gran Ville Residence, um prédio no São Vicente. O apartamento tinha 50 m² e as 40 unidades foram rapidamente vendidas. Na mesma rua eles construíram o Gran Ville 2 graças a permuta de um terreno em troca de quatro apartamentos. “A entrega aconteceu após a enchente de 2008, quando havia a necessidade de habitações mais seguras”, relembra.
O sucesso dos primeiros prédios o motivou a estruturar a empresa para construir no São João, financiando a obra direto com a Caixa. “Ali eu comecei a entender a dinâmica do mercado e me especializei em engenharia financeira. Percebi que o mais difícil é viabilizar o negócio, respeitar prazos, direcionar recursos para a construção e conquistar credibilidade”, ensina.
Em 2010, a construção civil estava em alta por causa das obras do PAC e Fabio decidiu utilizar o conhecimento na área abrindo outra empresa, a Cenisa. “Tinha licitação todo dia e eu participei de pregão eletrônico por cinco anos. Fiscalizei obras até no Amapá, isso me deu fôlego financeiro”, relata. Foi aí que Fábio resolveu comprar a parte dos sócios e partiu para seu primeiro grande projeto pessoal: o prédio onde mora com a família, no bairro Fazenda.
O Maison D’Lourdes, entregue em 2014, com apartamentos de 112 m², foi um divisor de águas na empresa. Agora, o perfil dos clientes havia mudado e era preciso apostar mais alto. Para satisfazer compradores de fora, ele pesquisou terrenos com vista privilegiada e colocou em prática um projeto arrojado: o Lotisa Home Club, com 212 unidades distribuídas em duas torres de 32 andares. Como o próprio nome diz, dotado de todos os equipamentos de lazer: piscina térmica, academia e até boate. “Terceirizamos o projeto arquitetônico em Curitiba. Cada fornecedor é escolhido a dedo. Estabelecemos um novo padrão de qualidade”, completa.
Fábio explica que o diferencial de quem compra um apartamento em Itajaí é que a pessoa compra para morar, ao contrário de Balneário Camboriú, cujos imóveis são para a temporada. Já na Brava, o perfil é mais parecido com Balneário. Aliás, é na Brava que será lançado seu projeto mais ambicioso: um colosso com três prédios de 35 andares, o Torres da Brava. E ele não quer parar por aí. “Ainda tenho muitos projetos na cabeça e todos em Itajaí. Eu nasci aqui, amo essa cidade, entendo sua dinâmica e quero continuar crescendo junto com ela”, garante.