Por JC - redacao@diarinho.com.br
O zum-zum-zum da política e o ti-ti-ti dos políticos
Publicado 17/09/2024 17:21
Olha essa qualidade do ar que temos experimentado nas últimas semanas. O Brasil está pegando fogo, o mundo vive uma crise climática sem precedentes e a coisa, daqui pra frente, vai ser só pra trás.
Ninguém liga
É o capitalismo finalmente acabando com o planeta, coisa já prevista desde a década de 1970. Cientistas e ambientalistas vêm falando disso faz um caralhão de tempo, mas ninguém liga.
A ilusão das redes
Com a chegada das redes sociais, o que se vendia é que com elas causas mundiais ganhariam fórum e força. Ganharam poioca nenhuma, nada. As redes sociais só produziram uma horda de idiotas raivosos e burros. Que seguem cegos o discurso do mundo paralelo das fake news criadas pela ultradireita para distrair a plateia enquanto acaba com tudo.
A força da grana
A grande causa mundial, atualmente, e vem desde sempre, é ganhar dinheiro rápido a qualquer custo. Nisso até as potências mundiais adversárias estão juntas: Estados Unidos, China e União Europeia estão acabando com o planeta numa megaoperação conjunta. E é uma coisa que não tem solução. Afinal, quem vai contra eles? Ninguém, né?
Por aqui
Voltando ao Brasil, me chegou um vídeo do ex-ministro de Lula e atual ministro do Supremo, Flavio Dino, dizendo que o fato de 60% do Brasil estar sentindo os efeitos das queimadas é um absurdo, que isso é uma pandemia e tem que ser tratado como tal, com todas as medidas cabíveis, todo empenho dos poderes, e muito mais. Ele está absolutamente certo.
Certas vozes
Dino é uma dessas pouquíssimas vozes que têm que ser ouvidas. Ele é, na minha opinião, um cara que tem coerência e não tem pudores em falar o óbvio ululante. Prova disso ter se destacado como ministro de Lula à frente da Justiça e Segurança e, por isso, ter sido “premiado” com cargo no STF rapidamente.
Pega isso e some
Minha leitura é que com o destaque no governo que Flávio Dino obteve, o petismo tratou de se livrar dele rapidamente. Esse é o lema do partido: não deixar ninguém se destacar além da mediocridade que compõe os quadros do PT atualmente. Que já foi um grande partido, mas hoje é um partido como outro qualquer, que não traz novidade nenhuma para o país. Enfim.
A velha canção sem esperança
Mas não adianta reclamar. A péssima qualidade do ar que estamos sentindo nos pulmões é resultado de um mundo caduco e decadente, de um Brasil que não se reinventa nunca, que não tem solução. Impressão é que perdemos todas as chances, que só piora. Crianças e velhos são os primeiros a sentir os efeitos da crise climática mundial. Mas quem se importa? E pensar que já houve esperança de um mundo melhor...
Foto (Divulgação)
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