Economia

Brasileiros viajam mais de avião do que de ônibus pela 1ª vez desde 2020

Crescimento da renda do brasileiro é um dos principais fatores do avanço do transporte aéreo

Governo Federal aposta em programas para ampliar voos e reduzir custos (Foto: Divulgação/MPor)
Governo Federal aposta em programas para ampliar voos e reduzir custos (Foto: Divulgação/MPor)

Pela primeira vez desde 2020, o avião superou o ônibus como meio de transporte coletivo mais usado nas viagens pelo Brasil. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Turismo 2024, divulgada na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, 14,7% das viagens foram feitas de avião, enquanto 11,9% foram de ônibus. O carro particular segue como o principal meio de deslocamento do país.

Em 2024, o Brasil registrou 20,6 milhões de viagens domésticas — número estável em relação ao ano anterior, mas bem acima do período da pandemia, quando o turismo interno caiu para 12,1 milhões em 2021. A retomada da aviação é considerada o símbolo da recuperação do setor de turismo e transporte no país.

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Mais aviões, menos ônibus

O aumento do uso do avião tem várias explicações. O primeiro fator é econômico: a renda média do trabalho subiu 4,7% em 2024, segundo o IBGE, o que permitiu a mais famílias escolher o transporte aéreo em viagens de lazer ou trabalho. O perfil das viagens também mudou — as viagens a trabalho representaram 28,8% do total, um tipo de deslocamento que normalmente prioriza o avião pela agilidade e otimização do tempo.

No turismo de lazer, o carro continua liderando, mas o avião ganhou espaço em trajetos longos, impulsionado pelo crescimento do turismo cultural e gastronômico, em alta em várias regiões do país. Mesmo com a alta de 11,7% nos gastos gerais com turismo, o avião se tornou mais competitivo em relação ao ônibus nas longas distâncias, oferecendo economia de tempo e mais conforto.

Avanço da aviação

Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o resultado reflete o impacto de políticas públicas voltadas à ampliação da conectividade e à democratização do transporte aéreo. “Com mais conectividade, tarifas acessíveis e infraestrutura adequada, a aviação civil brasileira avança não apenas como um meio de transporte, mas como vetor de integração nacional, que eleva o turismo, aumenta os negócios e gera empregos e oportunidades”, afirmou.

O ministério também destaca medidas que vêm fortalecendo o setor. Entre elas está o acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para reduzir a judicialização no setor aéreo e diminuir os custos operacionais das companhias.

Outro pilar é o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que terá R$ 4 bilhões disponíveis em 2025 para financiar projetos e ampliar voos em aeroportos regionais. Além disso, o programa AmpliAR, conduzido pelo ministério, busca modernizar e expandir aeroportos de cidades médias e pequenas, aumentando a oferta de assentos e a capilaridade do transporte aéreo.

A redução no custo do querosene de aviação (QAV) — que representa cerca de 40% das despesas das empresas — também contribui para tarifas mais acessíveis e aumento da competitividade do setor.

Integração e futuro

Com a retomada da aviação e o crescimento do turismo interno, o governo federal aposta na integração entre os modais de transporte para consolidar o Brasil como destino acessível e conectado. A meta é que, até 2028, o país tenha uma malha aérea regional mais ampla e com voos regulares em mais de 200 municípios.



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