O Ministério Público de Santa Catarina denunciou por homicídio culposo o médico de 34 anos que atuou num procedimento de tatuagem em Itapema, no litoral norte, no qual um paciente de 45 anos morreu logo após receber anestesia geral. O caso foi em janeiro deste ano.
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De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Itapema, o médico teria agido com negligência ao aplicar a anestesia sem consulta prévia e sem solicitar exames clínicos exigidos por protocolo ...
De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Itapema, o médico teria agido com negligência ao aplicar a anestesia sem consulta prévia e sem solicitar exames clínicos exigidos por protocolo médico, como eletrocardiograma e raio-X de tórax. A vítima, que era hipertensa, sofreu parada cardiorrespiratória e morreu no local.
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O Ministério Público também destacou que o profissional só conheceu o paciente no momento do procedimento, o que contraria normas estabelecidas pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina.
A Promotoria informou que na última sexta-feira foi feita uma audiência para proposta de acordo de não persecução penal, mas o médico recusou os termos sugeridos. “Diante disso, não restou alternativa senão o oferecimento da denúncia”, declarou o promotor de Justiça Leonardo Fagotti Mori.
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Com base em laudos periciais e depoimentos colhidos, o MPSC pede que o médico seja citado para responder à ação penal, que haja audiência sobre o caso e, ao fim do processo, que seja condenado com reparação dos danos causados à família da vítima.
Quem era a vítima?
Ricardo Godoi, de 46 anos, era influenciador digital e empresário do ramo automotivo de luxo. CEO do Godoi Group, ele comandava uma empresa especializada na importação de supercarros como Porsche, Ferrari e Lamborghini. Com mais de 200 mil seguidores no Instagram, Ricardo se destacava nas redes sociais por compartilhar fotos e vídeos ao lado dos veículos de alto padrão e publicar frases motivacionais sobre sucesso, conquistas e negócios.
Natural de São Paulo, o empresário estava em Itapema para realizar uma tatuagem quando sofreu uma parada cardiorrespiratória logo após o início da sedação. O procedimento ocorreu em um hospital particular da cidade. O caso segue sob investigação do Ministério Público de Santa Catarina.