A Polícia Civil de Itajaí investiga a morte de G.E.C.M., que faleceu na noite de terça-feira, um dia antes de completar dois anos, em uma unidade de saúde de Itajaí. O padrasto e a sogra da mãe da criança deram entrada na UBS São Francisco alegando que a criança se engasgou com pirão de feijão. A investigação apura a suspeita de violência doméstica contra o menino, pois o laudo apurou uma causa da morte diferente do que alegou a família.
G. morava com a mãe e o padrasto no bairro Santa Regina, e estava matriculado no Centro de Educação Infantil (CEI) professora Diva Vieira Abrantes, no bairro Espinheiros. Ele foi velado ...
G. morava com a mãe e o padrasto no bairro Santa Regina, e estava matriculado no Centro de Educação Infantil (CEI) professora Diva Vieira Abrantes, no bairro Espinheiros. Ele foi velado na Capela Athenas e sepultado no Cemitério Municipal do bairro Fazenda.
A informação inicial foi que a morte teria ocorrido após o engasgamento. Com a divulgação da notícia, parentes da criança passaram a acusar o médico de plantão de suposto erro. Outras pessoas próximas à família levantaram a hipótese de violência doméstica, que também passou a ser investigada pela Polícia Civil de Itajaí.
A certidão de óbito atesta “morte por anemia aguda, traumatismo torácico abdominal e ação contundente” – causa diferente do suposto engasgamento, como relatou inicialmente o padrasto da criança.
A Delegacia de Proteção à Mulher, Criança e Adolescente, responsável pela investigação, informou que o caso está sendo apurado e que os familiares da criança estão prestando depoimento.
Desmente negligência
A Secretaria Municipal de Saúde informou que não abrirá procedimento administrativo para checar a conduta do médico, porque teriam sido feitos levantamentos na unidade e confirmado que não houve qualquer negligência no atendimento da criança.
“Foram analisados o prontuário, horário de chegada e de atendimento; todos os procedimentos realizados. Foi constatado, com base na apuração, que a conduta adotada pelos profissionais de saúde estava correta, não havendo indícios de negligência, nem de demora, inclusive com interrupção do atendimento que estava em andamento para priorizar de imediato a criança”, informou a secretaria.
A Polícia Militar e o Samu acompanharam o caso. O corpo de G. foi levado para o IML de Balneário Camboriú, onde foram feitos exames. O laudo deve ficar pronto em 10 dias e será anexado ao inquérito policial que investiga a morte de G.
O Conselho Tutelar de Itajaí informou que não foi acionado.