Marcha em Balneário
Bolsonaro relembra atentado, se manifesta contra o aborto e a favor de armas em BC
Bolsonaro disse que tem o apoio de um exército de “200 milhões de pessoas”
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A Marcha Para Jesus em Balneário Camboriú, evento evangélico que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado, atraiu cerca de 25 mil pessoas, segundo estimativa do comando do batalhão de Polícia Militar.
O ponto alto evento foi o discurso de cerca de 20 minutos do presidente no palco montado no Pontal Norte, após o trajeto que fez pela faixa de areia desde a praça Almirante Tamandaré, acompanhado pela multidão e sob forte esquema de segurança.
O discurso iniciou por volta das 11h30. Bolsonaro lembrou do atentado que sofreu durante a campanha eleitoral em 2018, quando foi atingido por uma faca. Ele destacou que sua sobrevivência foi um milagre e que a sua própria eleição também foi “quase um milagre”.
“É muito bom estar entre aqueles que tem Deus no coração. Agradeço a Ele minha segunda vida. A missão não é fácil, é muito difícil. Vivemos em um país cristão, que no passado se livrou de quem queria tirar nossa liberdade. Medidas tomadas lá atrás fizeram com que a gente entrasse mais tarde na crise. É uma guerra do bem contra o mal”, disse.
Bolsonaro ainda relatou as dificuldades que passou pra formar seu ministério no começo do mandato, falando de “pressões das mais variadas”. “Fizemos o contrário, apostamos, porque sempre devo lealdade a este povo que está aqui à minha frente”, comentou.
Segundo ele, “nessa luta do bem contra o mal, há um lado que defende o aborto e, outro, a vida”. “Um lado a família, o outro a ideologia de gênero”, completou. Já indo para o fim de seu discurso, Bolsonaro voltou a falar do armamento da população, uma de suas principais bandeiras, citando um de seus lemas: “O povo armado jamais será escravizado”.
Fazendo referência às eleições, o presidente ressaltou ter apoio popular. "Sempre tenho falado das quatro linhas da Constituição. Tenham certeza, se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque cada vez mais eu tenho um Exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas nos quatro cantos deste Brasil", afirmou.
O presidente finalizou o discurso perto do meio-dia. “Não podemos aceitar passivamente aqueles que querem pintar nossa bandeira de vermelha”, concluiu.
Bolsonaro ainda ficou no palco até às 12h30, quando embarcou no carro oficial que o esperava. Na saída pela avenida Atlântica, ele ficou com o corpo fora do carro pra se despedir do público.
Almoço com empresários
Antes de voltar para Brasília, no início da tarde, o presidente participaria de um almoço com empresários, pastores e políticos, somando cerca de 250 pessoas, no restaurante do Complexo Cristo Luz. Bolsonaro chegou à região às 8h50, quando desembarcou do avião presidencial no aeroporto de Navegantes com a filha caçula e a esposa.
Ainda no terminal, ele foi recebido pelos prefeitos Liba Fronza (UB), de Navegantes, e Fabrício Oliveira (Podemos), de Balneário, entre outras lideranças e apoiadores. Bolsonaro foi de carro até Balneário Camboriú, onde chegou perto das 10h, acompanhado primeira-dama, Michele Bolsonaro. No carro com Bolsonaro só foi autorizado estar o dono das lojas Havan, Luciano Hang.
O percurso da praça Almirante Tamandaré até o Pontal Norte durou quase uma hora. Em meio a um cordão de isolamento, o presidente fez saudações a multidão e fez fotos com crianças. O comandante da PM de Balneário Camboriú, tenente-coronel Daniel Nunes, informou que não foram registrados incidentes durante o evento.
“Foi tudo tranquilo. Desafiador em razão da quantidade de público, todavia, como se tratava de evento religioso, foi espetacular”, opinou.