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Crônicas da vida urbana

Por Crônicas da vida urbana -

Tá quente, tá frio...


A meteorologia só em tempos recentes começou a ocupar o merecido lugar nos noticiários e preocupações cotidianas. Isso na vida urbana – na rural, sempre esteve entre os fatores de júbilo e angústia dos produtores. Lá, eles desenvolveram uma série muito interessante de leituras do que consideram indícios, avisos amigáveis ou não, do clima, com objetivo de prever como será a produção. Mas o que hoje tratamos, é mais para a questão vocabular, de como nos referimos ao que acontece ou pode acontecer na atmosfera. Ficam para outra hora as expressões sugeridas pelo organismo – precisaria um médico para conferir se são procedentes. Tipo: “vai chover, meu reumatismo está avisando”. Ou: “parece barata tonta quando vai chover, não sabe se corre ou se voa”... Por exemplo, está em desuso a expressão “chovendo canivete” – ou, mais dramática, “chovendo canivete aberto”. Talvez porque o próprio canivete está em desuso: no meu tempo de piá, todos andavam com um no bolso – indispensável para muita tarefa cotidiana. Além do mais, não há mais tarefas cotidianas que não tenham sido substituídas por uma chamada de celular... Não é menos esquisito o jeito dos anglo-saxões se referirem a um chuvão: “está chovendo cães e gatos”... Ao contrário, chuvinha insignificante, os mineiros chamam de “chuvinha de molha-bobo”. A riqueza idiomática da língua italiana também está presente nessas expressões referentes ao clima: - Diz-se “caldo boia”, isto é, calor carrasco, quando os ventos do Saara passam sobre o Mediterrâneo e chegam à Bota Italiana. Como planaltino que não se dá bem com o calor excessivo, acho a expressão pertinente: por aqui, dizemos “estou morrendo de calor”, e esse “morrendo” implica, é claro, na presença de um carrasco executor... - O que não chego a entender – e acho que nem eles, visto que perguntei a várias pessoas e nenhuma me deu uma explicação aceitável – é o “freddo becco”, isto é, “frio de bico”... Minha imaginação sugere que há referência às estalactites que o gelo da neve forma nos beirais das casas, pontudos e, por extensão, bicudos... O que por aqui chamamos “veranico de maio” – e que deixou de ser diminutivo e pode-se chamar “verãozão” de abril, maio e junho – no Canadá é conhecido por “été des indiens”, verão dos índios... também ninguém me explicou a razão. E por aí vai, essa riqueza que são as expressões idiomáticas e que a globalização quer exterminar.


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