Uma quadrilha acusada de falsificar documentos no Rio Grande do Sul para oferecer terrenos “fakes” em Itapema está na mira da Polícia Civil. Cinco ordens de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão foram cumpridas em Viamão e Porto Alegre (RS) nesta quinta.
Os líderes do bando são dois irmãos que, se passando por corretores de imóveis e advogados, enganavam as vítimas oferecendo terrenos no litoral de SC com valores abaixo do mercado. Eles ...
Os líderes do bando são dois irmãos que, se passando por corretores de imóveis e advogados, enganavam as vítimas oferecendo terrenos no litoral de SC com valores abaixo do mercado. Eles negociavam terrenos em Itapema que já tem donos.
A operação foi coordenada pelos delegados Max Otto Ritter e Luciane Bertoletti. Os suspeitos usavam documentação falsa, como carteiras de identidade, procurações e contratos de compra e venda de imóveis.
As vítimas, a maior parte idosos e empresários de outros estados brasileiros, faziam transferências iniciais para garantir o negócio e depois percebiam que tinham caído no golpe. Elas descobriam que os criminosos não eram os verdadeiros proprietários dos terrenos e as identidades, procurações e contratos usados nas negociações eram falsos. A polícia estima que ao menos 10 pessoas foram lesadas pelo golpe.
Na operação desta quinta, além da prisão dos cinco envolvidos, a polícia apreendeu celulares, computadores e documentos, como escrituras públicas, procurações outorgando poderes e certidões de casamento. Os documentos serão periciados.
Além das prisões e das buscas, houve sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias, com o objetivo de ressarcir as vítimas e combater os crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa.
Fichas sujas
A polícia apurou que as procurações para a venda dos imóveis eram feitas pelos criminosos no tabelionato de Eldorado do Sul (RS). Dois bandidos presos nesta quinta-feira já respondiam a inquéritos policiais por outros crimes. A polícia também apurou que eles usavam dados dos sistemas do IPÊ-Prev, através da violação de sigilo funcional, para praticar várias formas de crimes contra a fé pública, incluindo falsificação de CNH, boletos bancários, procurações e escrituras públicas.