Segundo a nota divulgada pelo PT, Marcelo celebrava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT e com cartazes de homenagem a Lula, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, quando Jorge, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o abordou no estacionamento.
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Jorge teria, minutos antes de disparar três tiros contra Marcelo, feito ameaças aos participantes da festa, alegando que mataria “todo mundo, e "aqui" que é Bolsonaro, seus filhos da puta”. Ele estava em um carro com a esposa e o filho bebezinho e teria voltado na festa para atacar Marcelo minutos depois.
Após receber os disparos de Jorge, Marcelo conseguiu sacar a arma e atirar. A delegada Iane Cardoso informou, na noite de domingo, que somente Marcelo morreu, e que Jorge está internado.
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A delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu investiga o crime de ódio. “Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou na vítima, que se defendeu. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos”, diz a nota oficial do PT. O ex-presidente Lula também se solidarizou com a família de Marcelo. “Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda.... Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz”, disse.
Marcelo foi candidato a vice-prefeito de Foz pelo PT em 2020. Ele era diretor do Sindicato de Servidores Públicos e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Ele deixa a mulher e quatro filhos. Marcelo era servidor da guarda municipal há 28 anos.
Lideranças políticas se manifestam sobre a tragédia
“Uma tragédia anunciada, num país dirigido por um governo que incentiva a cultura armamentista e o discurso de ódio. Um governo sob o qual o registro de armas de fogo aumentou 474%. Nós precisamos de paz. O Brasil precisa de diálogo. Que a democracia, a tolerância e o respeito ao próximo abram suas asas sobre nós”
Décio Lima, presidente do PT em SC
“Não são só as famílias das vítimas da tragédia de Foz do Iguaçu que estão enlutadas: é o Brasil, que vê seus filhos em conflito, tratando-se como se inimigos fossem, numa luta que deveria se manter no campo das ideias, da civilidade e das propostas por um país melhor”.
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Vinicius Lummertz, ex-secretário de Turismo de SP
“Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso”, disse o ex-ministro da Justiça."
Sergio Moro, União Brasil.
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“O discurso de ódio e intolerância feito por Bolsonaro, e reivindicado por Ratinho Jr, aliado de primeira hora no Paraná, ajudou a puxar o gatilho e vitimizar Marcelo, um brasileiro exemplar, um pai de família, um guarda municipal respeitado, um militante admirado.”
Roberto Requião, ex-governador do Paraná
“O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas. Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda, sem sentido e sem propósito”.
Ciro Gomes, pré-candidato à presidência PDT
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“Não existe dois lados quando um deles é a barbárie! Um bolsonarista assassinou um pai de família, líder do PT, em Foz do Iguaçu durante sua festa de aniversário. Isso é inconcebível! Intolerável em qualquer sociedade!”
Randolfe Rodrigues, Rede