Moradores de Itajaí e Balneário Camboriú bateram panela ontem, às 19h, integrando ato do movimento “Volta às Aulas SC”, que defende a retomada das atividades presenciais nas escolas em Santa Catarina. O protesto foi divulgado por grupos em diversas cidades do estado pra chamar a atenção da população sobre a suspensão das aulas.
A batucada já foi feita durante o fim de semana em cidades como São José, Blumenau e Joinville, onde também está programa uma carreata ainda esta semana. Em Itajaí, foram ouvidas batidas vindas ...
A batucada já foi feita durante o fim de semana em cidades como São José, Blumenau e Joinville, onde também está programa uma carreata ainda esta semana. Em Itajaí, foram ouvidas batidas vindas de prédios no bairro Fazenda e do centro. O convite foi divulgado, através das redes sociais, por representantes do movimento em Itajaí e em Balneário Camboriú. As famílias foram orientadas a fazer cinco minutos de barulho.
“Vamos mostrar nossa indignação com a forma como a educação vem sendo tratada pelas autoridades do Estado. As crianças precisam da escola e a escola precisa das crianças!”, diz o manifestado do grupo, destacando que a educação é um serviço essencial e um direito fundamental.
Segundo uma das integrantes do grupo “Volta às Aulas BC”, uma nova manifestação, dessa vez nas ruas, está sendo programada, mas ainda sem data definida. O grupo promete “subir o tom” contra a proibição das aulas. Em outubro, as famílias e professores já tinham feito protestos com uma caminhada na praia em Balneário Camboriú e com uma carreata pelas ruas centrais de Itajaí.
O movimento estadual também está divulgando um abaixo-assinado online pras pessoas apoiarem o retorno das aulas presenciais no estado. Até ontem, mais de 2500 nomes já constavam na petição, organizada por pais e mães de alunos, segundo informações da página.
Até aulas de reforço estão proibidas na Amfri
Em Santa Catarina, a retomada das aulas virou queda de braço entre o governo estadual, escolas particulares e professores, após diversas mudanças nas regras nas duas últimas semanas. Pela última atualização, na sexta-feira, dia 13 de outubro, as escolas nas regiões de risco grave, como na Amfri, não podem mais ofertar aulas presenciais, sequer de reforço, que antes estavam liberadas.
A portaria 875, de sexta-feira, também revogou as portarias 853 e 854, que tinham normativas sobre a volta das atividades presenciais mesmo em regiões com nível gravíssimo pra covid-19. No momento, as aulas presenciais estão mantidas nas escolas das redes pública e particular de regiões com risco moderado e alto.
O governo estadual manteve a exigência de que as escolas obtenham homologação do plano de Contingência Escolar junto aos comitês municipais de covid-19 nessas regiões que precedam à liberação.
O sindicato das escolas particulares tinha conseguido uma liminar pra que o estado retirasse a proibição de retorno mesmo em região de risco gravíssimo. O sindicato dos professores, no entanto, contestou judicialmente a medida pra que o estado fizesse o regramento igual às escolas.
“Em razão da judicialização da questão pelos sindicatos, os alunos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio não podem gozar do seu direito fundamental à educação presencial”, critica o movimento Volta Às Aulas SC.