Rogério Tomaz Corrêa
"Hoje nós não temos um litro de esgoto tratado em Navegantes”
Pré-candidato a prefeito de Navegantes pelo PL
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O empresário Rogério Tomaz Corrêa nasceu e vive em Navegantes há 55 anos. Trinta anos dessa jornada são dedicados à sua empresa, a Equilíbrios Camisetas Promocionais – que trabalha com a reutilização de garrafas pet na confecção de roupas. Através dela, Rogério destacou Navegantes no mundo empresarial e promove ações sociais semanalmente. Para a jornalista Franciele Marcon, Rogério contou sobre os dois incêndios que destruíram sua empresa – um deles quando a Equilíbrios ainda não era segurada. Pensou que ele ia desistir? Não! Rogério reconstruiu a empresa e a colocou no livro dos recordes ao fabricar a maior camiseta do mundo. Rogério ainda foi presidente da CDL, ajudou na fundação da Credifoz e este ano decidiu que vai entrar para a política partidária. Escolheu o PL e anuncia que teve o aval do governador Jorginho Mello. Mas para ser o candidato do partido precisa vencer a disputa interna. Ele já recebeu a negativa do prefeito Liba Fronza para compor chapa com o PSD. Com a filosofia “até pé na bunda te joga para frente”, Rogério diz que não desistiu da disputa. As imagens são de Fabrício Pitella. A entrevista completa, em áudio e vídeo, você confere no Portal DIARINHO.net e em nossas redes sociais.
DIARINHO - O senhor é um empresário de sucesso na região. Por que decidiu entrar na política?
Rogério: Eu resolvi entrar na política para devolver a Navegantes um pouquinho daquilo que colhi até hoje. São 30 anos de empresa em Navegantes. São 30 anos de sucesso, mas também de muitos obstáculos e muitas adversidades. Há 20 anos, a minha empresa foi acometida por um incêndio. Eu perdi a empresa inteira. Não tinha seguro. Foi a segunda vez que eu tive que recomeçar. Uma quando eu comecei em 1994 e depois em 2004, quando pelo terrível incêndio a empresa ficou só nas cinzas. Eu perdi tudo nessa época. Dependi de amigos, de fornecedores, de clientes, de funcionários e dos parentes que ajudaram a me levantar. Curiosamente, naquela época, não ficamos um dia parado. Era uma Quinta-Feira Santa, véspera de Páscoa. Nós começamos a trabalhar e já na segunda-feira eu saí para atender clientes mesmo com as mãos cheias de cinzas. Nós tínhamos um pedido grande que queimou. Muita gente veio ajudar a embalar, a estampar. Todos os departamentos públicos de Navegantes me ajudaram. Muitas vezes não é o dinheiro que resolve, é você ter as amizades e as pessoas sinceras do teu lado para te ajudar.
DIARINHO – Falam que sua esposa é a grande comandante das empresas, mas que ela prefere se manter longe dos holofotes...
Rogério: Tudo aquilo que eu tenho de obstáculo ou alguma coisa para participar, que eu vou colocar à frente tem um propósito, ela sempre está do meu lado. Ela não gosta de ficar em frente aos holofotes, mas ela está sempre me acompanhando e me incentivando. Em 2010, eu fui presidente da CDL em Navegantes. Foi uma época também bastante turbulenta. Porque em 2010, nessa época, a CDL e Acin estavam juntas numa mesma sede. Foram dois anos de presidência que eu assumi, juntamente com uma diretoria que pegava junto comigo. Naquela época, nós já tínhamos muito claramente que a CDL tinha um propósito e a Acin outro. A Acin mais ligada à indústria e às empresas. A CDL ao comércio. Como tinham propósitos diferentes, nós queríamos que cada uma seguisse o seu segmento e atendesse ao seu público. Fui muito contrariado, fui muito criticado, foi bastante tenso fazer esse rompimento. Alguns diziam que nós íamos ter duas despesas, dois telefones, duas águas, duas energias, dois custos de aluguéis... Não viam pelo outro lado, que você poderia se dedicar mais aos lojistas e o outro poderia se dedicar mais as empresas e aos empresários. [Deu certo a separação?] Deu muito certo. Hoje, a Acin está com uma sede maravilhosa, alugada, e a CDL está com uma sede própria que vai de vento em popa.
Navegantes, hoje, tem uma arrecadação de quase um milhão e meio por dia – dinheiro tem e precisa ser bem usado”
DIARINHO – A sua empresa usa garrafas pet na produção de camisetas e materiais com uma pegada sustentável. Como surgiu essa ideia inovadora? Ela é sustentável, também, economicamente?
Rogério: Nós fomos pioneiros, desde 2001, em Santa Catarina, em utilizar as camisetas derivadas da garrafa pet. Tudo que é reciclado acaba tendo um pouquinho mais alto o custo, mas esse custo compensa lá na frente. Você reciclar, reutilizar e reduzir também o lixo no meio ambiente. [A prática sustentável, além da sua empresa, é uma filosofia de vida?] Eu sempre gostei de proteger a natureza, os animais. Respeitando cada um, cada espaço, tenho isso no meu dia a dia. Hoje, não sai uma folha da nossa empresa, a menos que seja um documento muito confidencial, que a folha sulfite não seja usada dos dois lados. Só para dar um exemplo. Nós temos reaproveitamento da água da chuva, nós temos a Quarta Zero, quando nós deixamos a nossa frota dentro de casa para evitar a emissão de carbono. Nós temos a Carona Solidária. Nós temos o Sap desde 2010. O programa trouxe a rede escolar particular e pública para visitar a empresa, ver os produtos que são feitos a partir de garrafas pet, como é o nosso processo produtivo. Eles têm uma aula de como preservar o meio ambiente, de comportamento. No final, a gente faz um teste muito bacana com eles, que é distribuir uma balinha no pátio da empresa. Qual o intuito da balinha? É de realmente ver se eles aprenderam. Tem os coleguinhas que pegam, abrem a balinha e jogam o papel no chão. E os outros: “Oh, não pode jogar o papel no chão; tem o lixo ali”. É muito legal. Depois a gente recebe um relatório da professora, se mudou o comportamento deles na escola.
DIARINHO – O senhor confeccionou a maior camiseta do mundo e colocou sua empresa e Navegantes no Guiness Book. Esse recorde ainda é da Equilíbrios?
Rogério: Nós tivemos esse obstáculo para transpor em 2004, do incêndio. Em 2012, fomos acometidos pelo segundo incêndio. Nessa época, a empresa tinha seguro, tudo certo. Mas esse incêndio me atingiu psicologicamente e emocionalmente. A gente dava algumas palestras nas faculdades, em Biguaçu e Balneário Camboriú. E me desmotivou muito de dar essas palestras motivadoras para jovens, logística, administração e tudo mais. Eu fiquei com muitas interrogações. Por que a segunda vez? Por que eu? Será que eu tenho que parar, será que eu tenho que desistir? Muitas interrogações na minha cabeça. Isso foi superado, graças a Deus. Em 100 dias recuperamos tudo, colocamos tudo novamente do jeito que era e tocamos em frente. Em 2014, eu tive a ideia de fazer uma ação no Outubro Rosa para ajudar as mulheres a prevenir o câncer de mama. Tive a ideia de fazer uma camiseta grande. Ela podia ser do tamanho de um carro, já é uma camiseta grande. Eu tinha a ideia de fazer do tamanho de um caminhão, alguma coisa assim. Era justamente o ano em que a empresa completaria os 20 anos. Eu disse, ótimo, vai emplacar: 20 anos de empresa e a gente pode fazer essa ação. Quando eu comecei a falar com umas pessoas da empresa, nós vimos que a camiseta que eu queria fazer ficava muito perto da maior camiseta do mundo, que estava no Guiness. A minha camiseta seria a sexta do mundo. No Brasil, seria a primeira. Até hoje é a primeira que foi levantada na vertical. Todas as camisetas que foram para o Guiness foram estendidas na horizontal, em campos de futebol ou em aeroportos. Pensei: tudo bem, vamos aumentar um pouco a camiseta. Nós tivemos a notícia de que a China tinha batido o recorde dos Estados Unidos. Nós precisávamos bater a China. Precisávamos aumentar uns 10%, mas 10% de 2800 quilos de malha dá 280 quilos de malha. Isso dá mais 3500 camisetas. Eu encontrei dois parceiros, um eu paguei do meu dinheiro, outro veio prontamente. Eles fizeram o içamento da camiseta. No dia 11 de outubro de 2014, a gente acabou fazendo a maior camiseta do mundo com quase três mil quilos de malha. [E ela ainda é a maior camiseta do mundo?] A Índia bateu, mas ela fez na horizontal; na vertical seguimos com o título. No Brasil, ainda é o recordista. [Qual a destinação da camiseta?] Essa camiseta foi desmontada, cuidadosamente, e foram produzidas 11 mil camisetas. Dessas 11 mil camisetas nós doamos 40% para a Rede Feminina de Combate ao Câncer de todo o Brasil.
Eu sou católico, mas eu estando na posição de prefeito, estarei com os braços abertos e não tem católico, não tem evangélico, não tem nada; você precisa abraçar a todos”
DIARINHO - O senhor colocou seu nome à disposição do PL como pré-candidato a prefeito, mas a vereadora Lu Bittencourt também está na disputa. O que faria o PL escolher o senhor e não a vereadora?
Rogério: Algumas coisas precisam ser ditas: eu já sou tentado a cair na política há mais de 10 anos. Só que sempre estou envolvido com projetos, eu tenho três recordes mundiais, que levei o nome de Navegantes, o nome da minha querida cidade para o Brasil inteiro e para fora do Brasil. A maior camiseta do mundo, o maior manto de Nossa Senhora dos Navegantes do mundo, que é o santuário de Nossa Senhora dos Navegantes, e a maior máscara do mundo. A maior máscara a gente não teve intenção de ir pro Guiness, foi só para prevenção, na época, usar máscara para enfrentar a covid. Ela também foi desmontada e deu 12 mil máscaras, que distribuímos para todos os municípios da Amfri. [E sobre o fato de o PL ter dois pré-candidatos a prefeito. O que faria o partido escolher o seu nome e não o da vereadora?] Me convidaram em março para me filiar no PL. O governador queria me conhecer porque eu era um nome forte para concorrer às eleições em Navegantes. Fui lá, me filiei e o governador falou: “Você é o nome que nós queremos como candidato do PL em Navegantes”. Comecei a entender de política. Eu voltei para a executiva, obviamente que eu não falei isso, não vim para tirar o lugar de ninguém, quebrar sonho de ninguém. Não vim para botar fogo no parquinho. Não era essa a minha pretensão. Fui o nome indicado, muito bem. Vamos ouvir e vou dar as minhas mãos a Navegantes. Um retorno de tudo aquilo que eu conquistei na cidade. Há uns 15 dias, foi passada a demanda para a executiva: “vocês vão escolher quem é o candidato do PL”. A executiva foi lá e votou no meu nome. Quatro votaram a favor, só um contra. O meu nome foi escolhido pela executiva e avalizado pelo governador. [O pré-candidato oficial do PL é o senhor?] Sim, sou pré-candidato a prefeito de Navegantes.
DIARINHO – Comenta-se que o senhor tem apoio do deputado Jorge Goetten e também de parte do grupo do ex-prefeito Roberto Carlos. Esses são os seus aliados nessa pré-campanha?
Rogério: Não, eu não tenho esse apoio. Até porque nós fizemos uma conversa com o atual prefeito e pelas razões dele, ele recusou o meu nome. Pelas razões dele, que respeito e entendo, o meu nome não foi aceito. Nós vamos ter uma candidatura própria. [E por que o prefeito recusou o seu nome?] Eu não sei. Ele tem os motivos dele e eu respeito. Agora, o PL tem uma candidatura própria. [O PL não vai ser vice do PSD, ou vice-versa; não vai compor chapa com o PSD?] Agora nós temos que seguir outro caminho. Todos os outros partidos: MDB, PRB, todos os outros partidos nos ofereceram apoio e eu agradeço imensamente. Eu costumo dizer, no meio empresarial, quando dou mentoria para jovens empreendedores: “meu amigo, quando te dão um chute no traseiro já tá bom, porque tá te levando pra frente”. Até chute no traseiro tá sendo aceito. Estão te ajudando, estão te levando pra frente. Eu não posso recusar apoio. Essas alianças não foram feitas, ainda não foram fechadas. Nós estamos dispostos a conversar. Eu não tenho compromisso com partido político nenhum. Eu tenho compromisso com o PL. Eu tenho compromisso com Navegantes, em fazer o melhor para a cidade onde eu moro. A cidade onde moro há 55 anos. Nasci nos Salseirinhos, que muita gente não sabe nem onde fica, que é dentro do bairro Volta Grande, no interior. Eu quero fazer pela cidade. Tenho condições de fazer e espero que a população confie em mim. [Em que momento foi dito que o prefeito Liba não aceitaria o seu nome?] Essa semana e diretamente para mim. Eu tive uma conversa muito franca com ele, uma conversa muito aberta, tranquila. O prefeito Liba foi o meu vice-presidente da CDL, quando eu fui presidente. Ele me apoiou enormemente naquela época que eu fui fazer a separação da Acin e da CDL. [Ele tem compromisso com a vereadora Lu?] Eu imagino que seja isso. Só que é um compromisso dele que sobrepõe um compromisso do governador. Eu não tenho compromisso com nenhum partido político. O meu compromisso é com Navegantes, com o PL e com o governador Jorginho Mello. Esse é meu compromisso. O apoio deles eu jamais vou recusar. Eu jamais vou recusar apoio, mas o meu objetivo é fazer por Navegantes. O saldo positivo, no final, tem que ser para Navegantes.
DIARINHO – Assim como o senhor, o prefeito Liba é um empresário conceituado na cidade e optou por entrar para a política partidária. O eleitor tem preferido votar em pessoas bem-sucedidas na iniciativa privada do que em políticos tradicionais?
Rogério: A política envolve muita gestão. Porque você tem o dinheiro que não é público, é o dinheiro das pessoas, e você tem que fazer a gestão. Aplicar bem esse recurso. Isso precisa ser aproveitado. Você não pode ver recurso público sendo jogado fora. Máquinas, equipamentos, móveis ou imóveis da prefeitura sendo deteriorados, com pintura por fazer, escolas com carteiras quebradas e manutenções por fazer. Todo mundo precisa aproveitar disso, porque é o dinheiro das pessoas. Pode ser um real ou pode ser um milhão. Navegantes hoje tem uma arrecadação de quase um milhão e meio por dia – dinheiro tem e precisa ser bem usado.
“Navegantes não precisa de sobrenome. Navegantes tem nome, tem um porto, aeroporto, tem uma BR-101 ao lado. Navegantes tem 13km de praia. Navegantes tem tudo”
DIARINHO - O prefeito Liba é evangélico e o senhor católico. O estado é laico, mas muitos católicos reclamam, nos bastidores, que até a festa de Nossa Senhora dos Navegantes tem sido desprestigiada pelo atual governo. O senhor, como católico, concorda com essa reclamação sobre o governo Liba?
Rogério: A reclamação é deles. Eu trabalho na igreja de São Domingos, onde nós realizamos vários acampamentos. Participei de um retiro, de um acampamento de homens, onde estávamos lá em quase 150 homens, num trabalho muito bonito realizado pela matriz Nossa Senhora do Carmo, em São Domingos, que é onde eu participo. Eu sou católico, mas eu estando na posição de prefeito da cidade estarei com os braços abertos e não tem católico, não tem evangélico, não tem nada, você precisa abraçar a todos. [Mas o senhor acha que tem um desprestígio aos católicos hoje?] Eu tenho ouvido... Mas acho que todos deveriam ser prestigiados. Até porque a festa de Nossa Senhora dos Navegantes não se prende só em uma festa católica, mas sim uma festa religiosa que atrai turismo para Navegantes. Ela sai ainda do âmbito católico e precisa ser bem prestigiada.
DIARINHO - O ritmo das obras públicas em Navegantes tem provocado queixas da comunidade. A reforma da praça da beira-mar, as mudanças no trânsito, as obras da orla do Gravatá, todas acabam se estendendo mais que o previsto. Qual o motivo dessa demora?
Rogério: O motivo da demora a gestão atual deve saber. Eu te falei aqui de dois episódios que aconteceram comigo, que foram dois incêndios que a empresa ficou nas cinzas. O primeiro incêndio destruiu tudo, eu fiquei um dia parado. Os meus clientes não ficaram sem retorno. Eu não deixei um cliente na mão. Nós agimos muito rápido. Claro que eu tive apoio de fornecedores, colaboradores, comunidade, o município inteiro. Mas eu fui atrás de apoio para que eu pudesse atender rapidamente. Nós não ficamos nem um dia parado. O segundo incêndio, muito menos. Em 100 dias nós estávamos com tudo montado. Eu tenho uma característica de agir muito rápido com as condições que eu tenho para fazer o melhor possível. Na hora que tiver condições melhores, a gente faz melhor ainda. Eu tenho um jeito de me adaptar àquela situação e trabalhar com agilidade, muito rápido. [Na sua visão então falta gestão, falta celeridade nos processos públicos?] Talvez, talvez. Teria que fazer um raio-x para ver onde que está o gargalo.
DIARINHO - Navegantes ainda depende da água do Semasa, concessionária de Itajaí, pra abastecer a cidade. Falta de água na temporada de verão também é um problema recorrente. Faltam recursos para investir em abastecimento de água próprio de Navegantes?
Rogério: Hoje, o município arrecada quase R$ 1,5 milhão por dia. Eu penso que recurso tem, mas o dinheiro não resolve tudo. Você tem que saber onde aplicar e aplicá-lo bem. Se teu tiver a oportunidade de fazer, eu farei. Eu conheço há muito tempo o problema da água. Como também é o problema do saneamento básico. Hoje, nós não temos um litro de esgoto tratado em Navegantes. Vai chegar uma hora que precisa ser tratado. Quando chegar esse momento, nós vamos ter que fazer e onde vamos fazer a estação de tratamento? Lá tem um prédio, no outro local tem um campo, no outro local tem um cemitério, no outro local tem um galpão. Isso precisa ser planejado. Claro que é um dinheiro, é um investimento da prefeitura que vai ser colocado embaixo da terra, não vai aparecer. Mas eu não estou preocupado em aparecer, mas sim deixar algo bem feito para as gerações futuras. [A hora já chegou: pelo Marco Regulatório do Saneamento Básico tem até 2035 para o prazo ser cumprido....] Não vou nem a fundo, não vou nem a fundo.
DIARINHO - Navegantes tem o maior porto privado de SC e o maior movimentador de contêineres do Brasil. Isso fez da cidade um importante polo econômico, mas ainda tem bolsões de miséria em alguns bairros e um problema crônico de violência nessas comunidades. Se o senhor for prefeito, como pretende resolver essa questão social?
Rogério: Primeiro que nós temos que colocar a tecnologia, a inteligência artificial generativa, que tem tudo a nosso favor. Não é caro. Você tem quatro entradas na cidade, pelo lado norte, duas através do rio Itajaí-açu, através do aeroporto e através da BR 101. Você coloca câmeras para fazer reconhecimento facial em tempo real. Você tem como monitorar toda essa violência. A saída e a entrada. Isso rapidamente você faz. Isso não é um investimento muito grande e vai dar um retorno muito bom. A mesma tecnologia precisa ser usada na área social, na educação e segurança.
DIARINHO - Por que o senhor quer ser prefeito de Navegantes?
Rogério: Eu quero fazer algo pela minha cidade. Uma cidade que eu amo, uma cidade onde eu nasci, cresci e me desenvolvi. Tenho vários negócios e tenho paixão pela cidade. Tenho condições de fazer essa gestão tranquilamente. Ela não é uma cidade grande, mas ela não pode ser uma cidade entre Penha e Balneário Camboriú. Uma cidade que só tem o aeroporto. Eu vejo no bilhete de passagem e fico decepcionado quando eu olho que você não está indo para Navegantes. Não sei quem observou, está lá: Navegantes-Balneário Camboriú. Navegantes não precisa de sobrenome. Navegantes tem nome. Navegantes tem um porto, Navegantes tem aeroporto, Navegantes tem uma BR 101 ao lado. Navegantes tem 13km de praia, de orla marítima. Navegantes tem tudo. Nós precisamos aproveitar isso. Não precisamos de sobrenome. Obviamente, toda a região ajuda, precisamos nos unir, mas não precisamos de sobrenome. Navegantes ao lado de Penha, Navegantes-Balneário Camboriú. Não precisa! Navegantes tem potencial para crescer, para aproveitar e para valorizar seu povo.
Raio X
Nome: Rogério Tomaz Corrêa
Natural: Navegantes
Idade: 55 anos
Estado civil: casado
Filhos: dois
Formação: Estudos Sociais, Direito, Administração de Empresas, MBA em Gestão Empresarial e Act Coach
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL: proprietário da Equilíbrios Camisetas Promocionais desde 1994; presidente da CDL (2010); cofundador da Credifoz; coordenador da Festa de Nossa Senhora de Navegantes; detentor de três recordes Mundiais no Guiness Book: maior camiseta do mundo (2014), maior manto do mundo (2018) e a maior máscara do mundo (2021).