Matérias | Entrevistão


Carlos Humberto

"Nós já éramos PL antes do Bolsonaro entrar no PL. Nós não somos aproveitadores que entramos agora”

Pré-candidato a prefeito de BC pelo Democracia Cristã

Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

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O empresário Carlos Humberto Silva vive há 48 anos em Balneário Camboriú. Chegou ao litoral norte de Santa Catarina com o diploma de engenheiro civil e disposto a empreender. Ao lado do então colega de faculdade, Nelson Nitz, iniciou a carreira na construção civil e fundou o Sindicato da Construção Civil de Balneário Camboriú. Da construção das casas “por empreitada”, os sócios partiram para a construção de arranha-céus. Conforme a cidade ia crescendo, a altura dos prédios também aumentou. Com 70 anos, Carlos Humberto decidiu se apresentar como pré-candidato a prefeito de Balneário Camboriú. Como gestor, a decisão não foi por acaso. À jornalista Franciele Marcon, Carlos Humberto diz que decidiu se colocar à disposição da vida pública porque seus negócios não dependem tanto de sua atuação direta e porque seu filho, o deputado estadual Carlos Humberto, foi colocado de escanteio dentro do PL, partido que ele ajudou a fundar em BC. O empresário chama de traição o fato de o filho não ter sido escolhido para disputar a eleição e o fato de o grupo liderado pelo prefeito Fabrício Oliveira ter “tomado” a executiva do PL. Carlos Humberto falou da importância de se voltar a olhar para a BC “Dubairro”, de chamar a construção civil para ajudar a reformar as escolas e de se resolver, urgentemente, a poluição da praia Central, além de dar atenção à saúde. As imagens dessa entrevista são de Fabrício Pitella. A entrevista completa, em áudio e vídeo, você confere no portal DIARINHO.net e nas nossas redes sociais.

 



DIARINHO – O senhor é de fato pré-candidato ou sua ascensão à política partidária é uma espécie de linha auxiliar para aproximar seu filho, o deputado Carlos Humberto, da pré-candidatura de Juliana Pavan, depois que as pretensões dele em ser candidato (CH) foram minadas dentro do PL?

Carlos Humberto: Primeiramente, gostaria de falar que eu cheguei em Balneário Camboriú em 1976. Estou há 48 anos em Balneário. Eu vim com um pequeno diploma, ou um grande diploma, que consegui graças a muito esforço, de engenheiro civil. Vim para Balneário Camboriú, nasceram os meus filhos, fiz a minha vida, eu cresci em termos econômicos… Eu sinto muito orgulho de ser pré-candidato a prefeito. Meu nome, nesse momento, está muito aceito. Eu recebo todos os dias apoio muito grande de pessoas. Nós fizemos pesquisas e a ideia é de ter um gestor, ter uma pessoa que conheça Balneário Camboriú. Eu conheço Balneário Camboriú lá do seu nascedouro, acompanho todo o seu crescimento, participei de toda sua evolução, eu sei das características, das necessidades, principalmente, da população. Eu trabalho com construção civil e vejo a necessidade da população. Converso quase todo dia com pessoas que estão trabalhando. As suas necessidades, as suas carências. Um bom gestor para Balneário Camboriú é uma pessoa que conheça a cidade. Acredito que o meu nome tem muito para crescer. [Existem alguns burburinhos de que o senhor já teria desistido da pré-candidatura para apoiar a Juliana Pavan...] De forma alguma. Eu continuo pré-candidato. O Democracia Cristã tem como número 27. No dia 27 de julho vamos fazer a nossa convenção. Lá vai ser discutido, vamos chamar todos aqueles que participam democraticamente e o partido vai decidir. Não é como outros partidos que “eu sou candidato porque o prefeito disse que eu sou candidato”; imposição, o prefeito é que escolhe, o prefeito é quem manda. No Democracia Cristã nós vamos sentar, vamos discutir o nosso futuro. O meu passado a população de Balneário Camboriú conhece, o meu futuro vai ficar na mão de quem vai decidir.


 

"A gente não pode ter uma visão só da Dubai. Eu quero ter uma visão também da ‘Dubairro’”

 


DIARINHO – Como o senhor avalia o fato do PL de Bolsonaro e de Jorginho Mello não apoiarem o nome do seu filho para prefeito de BC?

Carlos Humberto: Eu realmente fiquei muito surpreso. Abrir mão de um candidato como o Carlos Humberto, que tinha conhecimento da cidade, estava preparado para administrar a cidade, acho que foi um tiro no pé muito grande. O que aconteceu eu não posso responder. Eu faço certas avaliações. O prefeito Fabrício, ele sempre se mostrou, eu dei muito apoio a ele, tenho um certo respeito por ele. No primeiro governo eu acho que se buscou, de uma maneira geral, cumprir com aquilo que tava no nosso plano de governo. Não faço críticas. A crítica que eu faço é que ele é muito indeciso e demora muito para tomar decisões. Mas é um menino bom. Por esse defeito, nós começamos a ter certo comprometimento. Hoje, em Balneário Camboriú, isso é falado à boca pequena na cidade, nós temos uma “república de Curitiba” que tem uma fatia muito grande do governo; nós temos o pastor, que manda numa parte do governo; e tem um grupo muito forte politicamente ligado a ele que também tem uma parte do governo e uma série de cargos nesse governo. Quando eu falo que ele [FO] demora muito para tomar decisão, dou o exemplo da Emasa. Demorou muito para tomar a decisão de tirar o gerente da Emasa. E o que aconteceu? A Emasa tava dando problema e problema... A pessoa não tinha capacidade técnica para administrar. O prefeito demorou muito para tirá-lo. O que aconteceu? Dois anos de poluição, dois anos poluindo o rio Camboriú, dois anos que o meio ambiente foi altamente agredido, praia poluída, em diversos pontos, que o próprio DIARINHO, a imprensa toda denunciou. Nós estávamos lá com diversos pontos de poluição na praia Central. Isso é muito grave. Não é só a agressão ao meio ambiente. Também prejudica o faturamento e a renda daquelas pessoas que trabalham na praia. O cara que vende milho, o rapaz do quiosque, que dependem do grande movimento, o comerciante da Atlântica. Essas pessoas que dependem do verão, dessa economia, dessa grana. Isso já foi muito prejudicado nas duas temporadas e a gente não sabe como será nessa temporada, porque corre à boca pequena que a praia de BC está poluída.

 

"Não sento pra conversar com o atual governo e não sento pra conversar com o PT”

 

DIARINHO – Como o senhor avalia o fato de Peter Lee ter sido escolhido pelo prefeito Fabrício?


Carlos Humberto: Foi escolhido por ter essas três divisões, ele atende a essa necessidade. Ele atende esses três compromissos. Ele atende ao pastor, ele atende ao grupo de Curitiba e ele atende àquele grupo político que quer continuar mandando. Ele é uma pessoa que entrou em Balneário Camboriú agora, se mudou para Balneário Camboriú em fevereiro deste ano. Isso é um contrassenso. Ele se filiou ao PL lá no apagar das luzes, no último dia que podia se filiar ao PL. Ele não tem nenhuma relação com a cidade. Está entrando de gaiato nessa corrida para a prefeitura. Não posso fazer crítica a ele porque não o conheço, mas está aceitando muito passivamente aquele troço: bota a camisinha igual ao Fabrício, bota a calcinha igual ao Fabrício, toca violãozinho lá na praia. Isso não está pegando bem. Balneário Camboriú é muito evoluída politicamente. Eu tenho certeza que o nome dele não vai crescer.

DIARINHO – Como o senhor vê o relacionamento do grupo ao qual pertencem o senhor e seu filho, deputado CH, em relação ao grupo do prefeito Fabrício Oliveira depois desse racha? Vocês caminharam juntos desde 2016. Ainda há possibilidade de selar a paz?

Carlos Humberto: Ah, não. Isso não dá. Nós fomos traídos! Nós tínhamos uma história dentro do PL. O próprio prefeito entrou no apagar das luzes do segundo turno já, de apoio ao Bolsonaro e ao Jorginho Mello. Nós já éramos PL antes do Bolsonaro entrar no PL. Nós não somos aproveitadores que entramos agora, só por esse momento. Perdemos a participação política dentro de um partido que é político. No momento que a gente perde o poder de decisão, eu graças a Deus consegui sair ainda e criamos um grupo. Fizemos o Democracia Cristã, que tem a mesma linha: “Deus, pátria, família”. Temos os mesmos valores. Conseguimos sair e formar o Democracia Cristã, que eu tenho certeza que todas aquelas pessoas que estão descontentes com a traição que houve, com a puxada de tapete que houve, vão nos apoiar nessa pré-candidatura e vão nos apoiar numa futura candidatura a prefeito. [Por que traição?] Traição por exemplo: se eu entro depois, se eu não dou oportunidade àquele grupo que já tá lá, se eu digo que mando e desmando no grupo, não ouço as pessoas que fazem parte e derrubo a antiga executiva, formo uma executiva em cima da hora, até com pessoas que não são de direita. Se você olhar toda a executiva do PL hoje, ela não tem um histórico de direita. Não tem um histórico de direita! Nós perdemos e fomos traídos. A maior indignação das pessoas do PL é exatamente isso: nós éramos de direita, estávamos num partido de direita e perdemos para um partido que tem um histórico que não é de direita.

 

“Eu fui contra a apresentação do Plano Diretor às pressas em Balneário Camboriú”

 


DIARINHO – O PL tinha, há um ano, a possibilidade forte de fazer um governo de sucessão, haja vista a aceitação do governo atual. Desenhava-se um cenário quase ideal para o PL se manter no poder. Essa possibilidade foi posta em terra com a insistência do deputado CH em ser candidato e a resistência de FO em manter o acordo para que ele não fosse o candidato nesse momento. A briga abriu um racha no PL que pode minar a sucessão. O desacerto prejudicou os dois lados ou só um grupo sai enfraquecido?

Carlos Humberto: Eu acredito que vá prejudicar. O Carlos continua no PL. O Carlos continua no governo, o Carlos continua deputado. O Carlos não aceitava o status quo que queria ali dominar. O Carlos não atendia nem a “república”, nem o pastor e nem aquele grupo político que dominou o PL. Como ele não atendia esses grupos, ele foi descartado, infelizmente. Perdemos a oportunidade de ter um grande administrador. Por isso que nós estamos aqui. Nós fizemos um trabalho muito grande ouvindo as pessoas. Um trabalho muito grande, um estudo e um plano de governo que seria o plano de continuidade. Todo governo faz coisas boas e todo governo deixa de fazer algumas coisas. Eu não concordo com a reeleição. Se eu vencer a prefeitura de Balneário Camboriú, eu não irei à reeleição. Nunca participei de reeleição na minha vida. Eu fui presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, o Sinduscon de Balneário Camboriú, e não fui à reeleição. Eu fui presidente da Intersindical, não fui à reeleição. Fui presidente do União Ariribá, não fui à reeleição. [Por quê?] Porque eu acho que sempre tem pessoas novas, com novas ideias melhores... Toda reeleição contamina, você desestimula. Você vê as prefeituras, se fizer um estudo do segundo mandato sempre é muito pior que o primeiro. Eu acredito que você tem que fazer um bom mandato e entregar para outras pessoas. Elas vão vir com ideias, com mais energia, com mais vontade. O mundo sempre tem que estar em evolução. Eu não gosto de reeleição.

 

“O futuro prefeito de Balneário Camboriú vai movimentar nos próximos quatro anos R$ 8 bilhões”

 

DIARINHO – Um dos temas que veio à tona nesta pré-campanha foi o da moradia social – imóveis mais baratos acessíveis à população trabalhadora de BC. O senhor é do meio da construção civil. Como vê a proposta e onde ela se encaixaria no plano diretor de BC?

Carlos Humberto: Eu tenho falado isso também. Isso é extremamente importante, e a oportunidade é agora. Eu fui contra a apresentação do Plano Diretor às pressas em Balneário Camboriú. Tem que dar essa possibilidade para a pessoa que trabalha em Balneário Camboriú ter a oportunidade de morar em Balneário Camboriú. Isso só vai ser possível se nós destinarmos algumas áreas nos bairros com uma possibilidade, uma vantagem que você dê para aquela pessoa que vai construir lá. Do jeito que tá o plano, você não tem como fazê-lo. Tem que criar umas áreas para que se façam moradias sociais para atender aquelas pessoas que trabalham, que geram renda, riqueza para Balneário Camboriú. A gente tem que ter um olhar muito positivo para essas pessoas. Eu tenho construído muito, não na Atlântica, mas entre a Brasil e a Terceira avenida. O imóvel ali é muito caro para acesso das pessoas que trabalham, principalmente com comércio. Fica difícil, porque os terrenos são caríssimos e impactam muito no custo da construção. O terreno sempre pertence a alguém e você não tem como diminuir o valor. O valor é de mercado. Os terrenos vão diminuindo, vai aumentando o preço. Nós temos que criar, agora, essa oportunidade nessa revisão do Plano Diretor para dar oportunidade às pessoas que trabalham, que geram renda, morar em Balneário Camboriú. [Nesse mesmo espaço do Entrevistão, um pré-candidato falou que existe uma reserva de mercado do Plano Diretor nos bairros para as construtoras. Hoje é impossível construir nos bairros, que não se pode construir acima de dois pavimentos e meio. É isso mesmo?] Não existe uma reserva das construtoras porque elas não são donas dos terrenos. Muito pelo contrário, se elas fossem donas dos terrenos elas queriam que construíssem cada vez mais. O que tem que dar possibilidade, o que tem que mudar no Plano Diretor é certas áreas serem destinadas a esse tipo de construção social.

 

“A maior indignação das pessoas do PL é exatamente isso: nós éramos de direita, estávamos num partido de direita e perdemos para um partido que tem um histórico que não é de direita”

 

DIARINHO – O que o senhor acha que não funciona em BC e precisa melhorar? Onde o governo FO falhou?

Carlos Humberto: Primeiro a poluição que foi gravíssima nesses últimos dois anos. A saúde de Balneário Camboriú que, nesses últimos anos, estamos tendo problemas muito graves. Falta de medicamentos, equipamentos, é grave. Na educação, as escolas estão meio abandonadas, com muitos problemas. A segurança também. Um governo que eu defendo é um governo que tem um olhar para a educação, saúde e segurança. Isso é fundamental. Eu tenho dito muito, quando eu vou visitar as pessoas, a gente tem que cuidar bastante da Atlântica. O custo da reforma da Atlântica é R$ 400 milhões - uma fortuna. Agora, você não pode deixar de fazer a Atlântica, que é importante, e não pode deixar faltar remédio na UPA, deixar faltar remédio no posto de saúde. A gente não pode ter uma visão só da Dubai. Eu quero ter uma visão também da “Dubairro”. Não vai ficar com a atenção só na Dubai, “a Dubairro” também é importante. Lá que estão os nossos problemas, lá que está o nosso morador, lá está a pessoa que gera riqueza para Balneário Camboriú. Temos que ter uma visão na mesma proporcionalidade. Se eu estou investindo lá, tem que investir na mesma proporcionalidade. O futuro prefeito de Balneário Camboriú vai movimentar nos próximos quatro anos R$ 8 bilhões. Nós vamos economizar? Não muito, 10%, é possível. Primeiro a reforma administrativa, que tava no nosso plano de governo. Porque eu também apoiei o prefeito Fabrício. Tava no nosso plano de governo e não foi feita. A reforma administrativa vai dar uma economia grande. Vai valorizar o funcionário público de carreira, que está desestimulado. Ele faz o concurso, na hora de ocupar um cargo de superior, vem alguém de fora, que não tem nada a ver e vai lá e ocupa o cargo de diretor, um cargo comissionado. Você tem que privilegiar aquele funcionário que tá ali, que fez o concurso, que está trabalhando, que conhece a área. Não, vem um cara de fora que até ele se adaptar, às vezes não tem nada a ver com aquela função, e ocupa. Como é que você vai estimular o funcionalismo público? Nós vamos mudar isso. Nós vamos de cara já fazer a reforma administrativa. Vamos economizar 10%. E 10% de economia, por ano, são R$ 200 milhões. Dá para fazer tudo que há necessidade. Na educação eu vou chamar os meus parceiros da construção civil. Eu duvido que as construtoras vão se negar, porque a coisa é urgente, tem escola sem porta, telhado quebrado, entrando água. A coisa é grave. Eu vou chamar as construtoras e cada construtora eu vou pedir para adotar uma escola. Cada parceiro nosso vai adotar uma escola. Em termos de ambiente escolar, eu acho que teremos os melhores do Brasil, porque nós temos as melhores construtoras do Brasil em Balneário Camboriú. [Vocês, da construção civil, já fizeram isso no decorrer dos anos? Ou nunca foi feito? Porque vocês já estão na construção civil em Balneário Camboriú há bastante tempo...] Não, nunca foi feito. A construção civil sempre participou de diversas atividades sociais. Eu acredito que não vai se negar nesse momento. Tem que fazer o pedido. Tem que sentar e pedir. Nós vamos pedir. Porque se for fazer concorrência e tal, isso vai ficar muito difícil e as escolas... E eles vão manter, cada um vai ter uma escola. Vai ter a escola da construtora tal. O compromisso dela é manter e deixar o ambiente escolar bonito. E nós vamos nos comprometer com os professores para ter um currículo muito bom. Em educação também vamos fazer duas escolas de regime integral nos quatro primeiros anos. [A cidade tinha uma escola de regime integral...] Tinha, foi desmanchada. Vamos fazer, vai atender os bairros tanto da Vila Real, como o bairro do Municípios e o Iate Clube. Vamos fazer uma no bairro das Nações, que vai atender toda aquela região do Ariribá.

DIARINHO – O senhor é empresário da construção civil reconhecido na cidade, com mais de 20 anos de atuação no município. O que o levou a querer se afastar do comando da sua empresa para se lançar na política?

Carlos Humberto: Eu acho que o momento. Primeiro, pesquisas que dizem que tem que ter uma pessoa que conheça de gestão. Não só de gestão de custo, mas gestão de pessoas. Isso eu faço todos os dias. Gerenciamento de custos e gerenciamento de pessoas. Eu acho que o momento é muito oportuno. Eu sempre participei ativamente da política de Balneário Camboriú. O meu sócio, Nelson Nitz, sempre foi candidato. Veio a falecer já faz um ano. Ele participava e eu cuidava da empresa – minha participação política era nesse sentido. Tive muita participação em muitas entidades de Balneário Camboriú. E acredito, como foi uma cidade que me acolheu muito bem, foi uma cidade que me deu muitas oportunidades, eu possa devolver um pouco. Devolver com aquilo que eu tenho, que é conhecimento de cidade, que é o conhecimento em gestão. Chegou a oportunidade de retribuir.

DIARINHO - O senhor comentou do seu sócio Nelson Nitz, vocês fundaram o Sinduscon BC. O senhor imaginava que a construção civil de BC alcançaria esse patamar de ter o metro quadrado mais caro do Brasil?

Carlos Humberto: Balneário Camboriú é uma cidade muito desafiadora. Sempre foi uma cidade muito desafiadora e nos orgulha muito isso. Balneário Camboriú não só faz os prédios mais bonitos, mas a maior tecnologia de engenharia do Brasil está em Balneário Camboriú. Porque pra fazer um prédio alto e da altura que estamos fazendo, não é só a vontade do construtor, tem que ter um aparato tecnológico que veio avançando muito. Isso em termos de concreteira, em termos de estabilidade do prédio. Foi uma evolução em termos de engenharia muito grande. Nós estamos em nível de grandes cidades do mundo. Hoje, nós temos grandes profissionais. Para fazer um prédio desse, que é feito por pessoas, tem gente que está lá pendurada, olhando, medindo. O prédio tem que estar no prumo. Tem uma série de agressividades, como vento, pode acontecer um monte de coisa, então tem que ter essa estabilidade. Crescemos muito e me deixa muito orgulhoso por fazer parte. Não só como engenheiro civil, mas também como construtor, dessa evolução que Balneário teve.

 

“Eu posso agora me dedicar à vida pública”

 

DIARINHO – Com quem o senhor e o DC estão dispostos a coligar e com quem não formariam chapa de jeito nenhum?

Carlos Humberto: Nós não vamos formar chapa, de jeito nenhum, com o PT. Eu não vou aceitar, por diferenças ideológicas, no caso. Também não sento pra conversar por tudo aquilo que nos fizeram dentro do PL. Nos tirar, nos trair, nos tirar o partido. Não sento pra conversar com o atual governo e não sento pra conversar com o PT. De resto, todos os outros partidos que tiverem na oposição nós estamos franqueados ao diálogo dentro de um projeto, não só para ganhar eleição, mas num projeto para governo. O diálogo é a melhor coisa do mundo.

DIARINHO – Por que o senhor quer ser prefeito de Balneário Camboriú?

Carlos Humberto: Quero ser prefeito porque achei que o momento é muito oportuno. Acredito que tenho capacidade de administrar Balneário Camboriú. Sempre gostei de gerenciar. Gerenciar custos, gerenciar pessoas. Acredito que Balneário Camboriú, neste momento, tá precisando da pessoa que tenha o meu perfil. O nosso perfil, o perfil de gerenciamento. E posso me doar nesse momento, por tudo aquilo que já recebi de Balneário Camboriú, por estar num momento bom da minha vida, estar num momento que eu não preciso me dedicar muito às minhas empresas. Eu posso agora me dedicar à vida pública.

 

Raio X

 

NOME: Carlos Humberto Silva

NATURAL: Florianópolis

IDADE: 70 anos

ESTADO CIVIL: casado

FILHOS: dois

FORMAÇÃO: engenharia civil pela UFSC

TRAJETÓRIA: empresário da construção civil desde a década de 80; foi sócio-fundador e presidente do Sinduscon, presidente da Intersindical, superintendente da Fundação de Esportes, presidente do clube União Ariribá, presidente do Lions Club Leão do Mar e secretário de Turismo de Balneário Camboriú.




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