Na última sexta-feira a casa da atendente Eliane Souza Nunes, 37 anos, foi invadida pela quarta vez em um ano na localidade conhecida como Morro da Caixa D’Água, no começo da avenida Contorno Sul, pertinho do posto da PRF, em Itajaí. Segundo ela, os furtos são frequentes no local e faltam rondas da polícia Militar. Até mesmo quando a viatura é acionada, demora a chegar, denuncia. Ela e o marido saíram para trabalhar de manhã cedo e quando voltaram, à tarde, encontraram a porta arrombada com um pé de cabra e a casa toda revirada. “Roubaram comida da geladeira, relógios, as chaves reservas das motos minha e do meu marido. Tentaram levar a televisão, mas acho que não conseguiram, por isso deram um murro na tela da TV, que não tem mais conserto. A tela custa R$ 2600, enquanto uma TV nova custa R$ 3000”, relata o prejuízo. Eliane conta que a PM foi acionada, mas levou cerca de três horas para chegar até o local. Para tentar se proteger, a família instalou uma câmera de segurança e está investindo em mais cadeados e trancas, e em breve terá também alarme na casa. Nos outros furtos, já foram levados pertences da família como bicicleta, TV e roupas. Os vizinhos também têm sofrido com o mesmo problema. “Estou cansada de chegar em casa sempre com medo, a gente abre a porta pensando que alguém invadiu a casa. Tenho uma filha de cinco anos e um filho de 15, não posso mais deixá-los em casa quando vou trabalhar. A gente vai no mercado com medo, pensando que vai voltar e encontrar a casa arrombada de novo”, comenta. A polícia Militar de Itajaí foi questionada pela reportagem sobre os atendimentos à comunidade do Morro da Caixa Água, mas não respondeu aos questionamentos até o fechamento da matéria.