Matérias | Entrevistão


André Meirinho (PP)

"O custo de Balneário Camboriú é muito alto, porque tem o metro quadrado mais caro do país. Os serviços públicos têm que ser referência”

Vereador e pré-candidato a prefeito em BC

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

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Aos 41 anos, André Meirinho aparece como um novo nome da política de Balneário Camboriú. Meirinho tem um lastro de experiência que engloba passagens como servidor público no Banco do Brasil, atuações no executivo e há oito anos é vereador pelo PP. Além da trajetória pública que vem construindo, Meirinho traz “de berço” o gosto pela política. Seu tio-avô foi vereador de Camboriú e prefeito de BC. Neste Entrevistão à jornalista Franciele Marcon, Meirinho explicou porque quer ser prefeito de BC, como vem se preparando na vida pública e na acadêmica. Como vereador, criou a lei do direito à denominação de espaços e eventos públicos como alternativa para que o município aumente sua arrecadação sem onerar a população (naming rights), Lei de Segurança Hídrica e a lei que institui o programa de adoção de praças públicas, áreas verdes, áreas públicas de esporte, educação, cultura, lazer e mobilidade. Autor da CPI do Saneamento, Meirinho bate na tecla de que um município que tem uma arrecadação de R$ 5 milhões ao dia pode fazer mais pela economia da cidade, para o bem-estar da população e para a gestão do município. O vereador critica o que chama de “estado catastrófico da estacão de tratamento da Emasa”  e a falta de balneabilidade da praia Central nos dois últimos anos. A entrevista completa, em áudio e vídeo, você confere no portal DIARINHO.net e em nossas redes sociais. As imagens são de Fabrício Pitella.


 

 

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DIARINHO – O senhor é natural de Concórdia, mas sua família tem forte ligação com Itajaí e com a história de Camboriú e Balneário: seu tio-avô, Gilberto Américo Meirinho, foi vereador em Camboriú e prefeito em BC. O incentivo pra entrar na política foi familiar?

Meirinho: De fato, a família da minha mãe é do oeste, de Concórdia. Meu pai é aqui de Itajaí, da rua Vicente Meirinho, que é meu trisavô. Depois passou para Balneário Camboriú. Meu avô Alípio construiu sua casa na década de 60 e depois Gilberto Meirinho foi prefeito na década de 70. Tinha sido, no final da década de 50, vereador em Camboriú quando foi criado o Distrito da Praia, antes da emancipação. Ele foi o autor do projeto do Distrito da Praia. O legado dele me inspira muito na administração pública. O sistema viário, abertura, alargamento para seis metros da calçada da Atlântica, abertura da Terceira, da Quarta avenida, o planejamento e início da Quinta, alargamento da avenida do Estado Dalmo Vieira e abertura da estrada Costa Brava. Para mim é uma grande inspiração de quem veio para a política para se doar e não para tomar. Eu sempre gostei da administração pública. Estudava no colégio sobre isso, quem eram os presidentes, estudava na faculdade, no  movimento estudantil.


DIARINHO – A sua formação é em Administração e fez carreira no Banco do Brasil. Por que decidiu largar o serviço público e depois entrar na política?

Meirinho: Em 2008, eu decidi ser candidato a primeira vez. Eu trabalhava, já tinha trabalhado no Banco do Brasil em Blumenau. Comecei em Blumenau, depois Itapema e Balneário. Foi uma boa votação na eleição, embora não atingindo o coeficiente eleitoral, chegamos a 733 votos. Tive a possibilidade de trabalhar no governo Edson Piriquito como diretor da Fundação de Esportes de 2009 a 2012. Fui candidato novamente, acabei ficando como suplente. No segundo mandato do prefeito Edson Piriquito, eu assumi um período como secretário de Fazenda. Depois acabei conseguindo a eleição. É um processo de participação, de querer fazer a diferença, de querer entregar resultados. E foram muitos que a gente conseguiu fazer tanto como diretor administrativo-financeiro na Fundação de Esportes como secretário da Fazenda.


DIARINHO – O senhor já teve atuações na Fundação de Esportes, mas foi como secretário da Fazenda de BC que se tornou conhecido. O que fez de diferente?

Meirinho: Eu diria até que foi um desafio. Na Fazenda o que a gente precisa? Sempre aumentar a arrecadação. Mas como a gente vai aumentar a arrecadação sem onerar a população? Esse foi o desafio que o prefeito colocou. Eu trouxe uma solução, que foi a primeira do Brasil nesse caso, que é através da vinculação do nome de marcas, de empresas, ao nome de espaços e evento públicos. Como tem no futebol, o nome do estádio do Palmeiras é Allianz, o nome do estádio do São Paulo é Morumbis. Eu trouxe, pela experiência na Fundação de Esportes, uma legislação pro município. A lei de ‘naming rights’, naming de nome, rights de direito, para que a gente aplique na área pública. Nome de ginásio, nome de teatro, nos eventos, vincular a marca. Por exemplo, Réveillon BC DIARINHO. O DIARINHO paga o município, o município arrecada, daqui a pouco paga os fogos e deixa de ter outras despesas. Fiz a norma na época e aprovei depois enquanto vereador suplente. Acabou virando uma grande referência que está sendo replicada em todo Brasil. Por exemplo, São Paulo tem a estação do metrô paulista Pernambucanas. No Rio, a estação Botafogo Coca-Cola. É uma grande ferramenta que a gente apresentou. No meu doutorado pesquisei e descobri que foi a primeira lei do Brasil normatizando isso. E, lógico, pela questão de ser bancário, de ter controle. O Banco do Brasil é uma grande escola de visão de várias áreas e de possibilidades de entrega. Na Fundação de Esportes também a gente conseguiu fazer o Sistema Municipal de Esportes que criou a Bolsa Atleta que fez o dinheiro chegar direto para o atleta.

 

"A questão do saneamento de Balneário Camboriú é um caos”

 

DIARINHO – Quais os principais problemas de Balneário Camboriú? Quais os acertos do atual prefeito?


Meirinho: Vou começar a falar pelos erros que é muito mais fácil. A questão do saneamento de Balneário Camboriú é um caos. O impacto na cidade, duas temporadas sem balneabilidade, a questão do rio cinza, do odor na Barra Sul. A estação de tratamento de esgoto chegou a uma situação catastrófica. O prejuízo é para o meio ambiente e para saúde pública; as pessoas pegando virose na praia Central. Na reputação de Balneário Camboriú, na economia... Uma questão que impactou tantas outras e vem impactando. Eu sou autor do pedido de CPI desde 22 de fevereiro de 2023. Agora as atividades estão acontecendo. Essa é uma das questões, mas a gente poderia falar do prefeito que fechou escolas, ao invés de abrir. Poderíamos falar dos problemas da saúde, da falta de continuidade de obras de mobilidade. Falar que foi dada continuidade à Quarta avenida; isso foi importante. Embora já estivesse tudo pronto do governo anterior, mas foi dada continuidade à Quarta, foi dada continuidade ao elevado da Quarta que, inclusive, recebeu o título de prefeito Gilberto Américo Meirinho. Lógico, o alargamento da faixa de areia foi um importante marco para Balneário Camboriú. O projeto sonhado há tanto tempo que vem desde a época do prefeito Gilberto Américo. Mas eu faço uma reflexão sobre o alargamento: você tem um dente cariado e você faz o clareamento do dente cariado. Essa é a questão!  A praia está toda imprópria, sem balneabilidade e foi feito o  alargamento da faixa de areia. Era importante fazer? Era. Mas questões básicas não foram resolvidas...

DIARINHO – O senhor emplacou a CPI do Saneamento. O prefeito fala que ela é politiqueira e com interesses eleitorais. Porque a CPI foi instalada tanto tempo depois do problema no Emasa e quando já havia uma solução prevista e com anuência do MP?

Meirinho: Como eu já falei antes, foi em 22 de fevereiro de 2023 que eu protocolei o pedido. Logo depois da temporada que já tinha dado impactos grandes na balneabilidade. O prefeito passando informações falsas para a população, dizendo que tinha balneabilidade quando não tinha. Fora a má gestão. Mais de R$ 100 milhões deixados de ser investidos em água e esgoto, e que foram passados para a prefeitura investir em outras áreas. Há indícios de detonar a estrutura da Emasa para baixar o preço e privatizar - e as mesmas pessoas comprarem. Fora o impacto na reputação. O trade turístico demora tanto tempo para vender a imagem da cidade, dizer que tem equipamentos novos e as pessoas chegam e a balneabilidade, como é que está?!  Um orçamento de R$ 170 milhões por ano. O nosso trabalho na CPI é apurar esses quatro anos de omissões, de má gestão. O prefeito tem que arrumar a casa e tomar providências no momento que ele deveria ter tomado. Dizer que a CPI é politiqueira porque está atingindo o governo dele... Foi há um ano e quatro meses protocolado o pedido. O que faltou foi gestão dele. A nossa parte como vereador é fiscalizar. Isso que nós estamos fazendo, procurando fazer, porque estamos com dificuldades já que o governo ainda ficou com maioria na CPI e está tentando dificultar o trabalho. Estamos o vereador Lucas e eu como membros que assinaram o pedido da CPI. Mas nós temos o apoio da população que tem nos ajudado muito. Ela só saiu agora, mês de junho, mais ou menos, porque a gente conseguiu a sétima assinatura. Inclusive, uma semana antes de sair a sétima assinatura nós recebemos a comunidade do Nova Esperança com um abaixo-assinado de mais de 500 pessoas indignadas com o odor que queima o nariz. Eles não aguentavam mais. O prefeito tem que fazer a sua parte de gestão, que não fez. A Câmara tem que fazer o seu papel de fiscalizar e cobrar - e tem que dar transparência e resultados. Isso que a gente está procurando fazer.

 

A estação de tratamento de esgoto chegou numa situação catastrófica”

 


DIARINHO – O senhor e seu partido já apoiaram o governo do prefeito Fabrício de Oliveira (PL), mas acabaram virando oposição. O que aconteceu para a ruptura?

Meirinho: Nunca houve. Isso eu posso falar com tranquilidade. Dos vereadores que estão nos oito anos em que o Fabrício é prefeito, o único que nunca fez parte da base do governo fui eu. Eu sempre fui independente na Câmara. Qual o meu compromisso com o eleitor? O que é certo eu defendo, o que é errado eu combato. Nunca estive na base do governo. O nosso partido não esteve com o Fabrício em nenhuma das eleições. Inclusive no primeiro mandato eu tinha como parceiro na câmara o vereador Leonardo Piruca, o nosso presidente municipal, e que sempre foi um grande opositor. Teve um vereador que era do partido, na época, que teve algum vínculo com o governo, mas foi uma atitude dele, nunca teve apoio do partido. Foi isolado. Aliás, um era líder do governo e outro da oposição. O partido sempre esteve fora do governo. Por isso que a gente tem construído alternativas com partidos que fazem parte da oposição, buscando um novo cenário para Balneário Camboriú. A cidade tem um orçamento de R$ 1,83 bilhão para esse ano. Se a gente dividir por 365 dias, dá R$ 5 milhões por dia. Evidente que dá para fazer muito mais e melhor, mas precisa de gestão.

DIARINHO – O seu partido foi o primeiro do estado a fazer as convenções. O senhor se lançou como pré-candidato a prefeito com o apoio do senador Amin. É uma decisão definitiva ou pode voltar atrás ser vice ou apoiar outra chapa?

Meirinho: Eu sou pré-candidato há mais de um ano. Eu estava esperando muito esse momento da convenção. Por isso a gente já procurou antecipar o quanto antes. Eu fico feliz de poder ter o apoio do senador Espiridião Amin, do Fábio Flor, Piruca, que foram candidatos nas outras eleições. Não tem briga dentro do PP. Está tudo certo. O que a gente quer é dar exatamente a oportunidade de a população ter o nosso partido à frente, como cabeça de chapa, algo que não ocorre desde a década de 80. Já lançamos também o time de vereadores para a gente antecipar os processos e dar alternativa para o nosso povo. [Com quem hoje vocês estão dispostos a coligar?] Hoje, a nossa conversa principal é com o Partido Novo, que tem o pré-candidato Lucas Gotardo. Mas nós temos conversas também com outros partidos que fazem parte da oposição.

DIARINHO – Todos os pré-candidatos a prefeito de BC, com exceção de Marisa Zanoni e Claudir Maciel, se apresentam como “bolsonaristas desde criancinhas”. Numa eventual vitória sua, como pretende se relacionar com o governo Lula?

Meirinho: Olha, quem está no mandato e vai ter a responsabilidade de estar à  frente, tem que procurar os recursos necessários, os recursos que estão lá na União, porque os recursos são do povo brasileiro. O povo brasileiro que paga o imposto. Não é do Lula, não é do Jorginho Mello, é do povo brasileiro, do povo catarinense, do povo de Balneário Camboriú que paga e paga muito imposto. Tem que se buscar esses recursos independentemente de onde estejam. Além do orçamento que nós já temos no município, a gente pode trazer recursos do Governo Federal, a gente pode trazer do Estado e a gente pode contar com a iniciativa privada. O senador Espiridião Amin, que é oposição ao governo Lula, sempre deixou isso muito claro. Pela questão das emendas, que são impositivas, trouxe para Balneário Camboriú R$ 500 mil para a gente aplicar no Ruth Cardoso e mais R$ 500 mil junto com a Udesc para pensar na questão de inovação, ciência e tecnologia. O recurso é do povo brasileiro, não é de quem tá lá à frente, não.

DIARINHO – Essa polarização política não prejudica institucionalmente Balneário Camboriú e projetos que precisam do patrocínio do governo federal?

Meirinho: Balneário tem uma grande autonomia de recursos. Eu fui secretário da Fazenda, lembro que na época, praticamente 65% das nossas receitas, e isso lá por 2015, eram de recursos próprios. Nós temos autonomia. Mas nós não podemos ficar só com os nossos recursos. Nós temos que buscar o que é do nosso direito, tanto do estado como da União. O prefeito e a sua equipe têm que buscar esses recursos, têm que buscar que eles sejam aplicados. A gente tem deputado, tem senador, tem que defender, dentro da federação, que o recurso seja aplicado aqui.

DIARINHO – Como pretende tratar a questão da saúde pública e especialmente o hospital municipal Ruth Cardoso que atende regionalmente com baixa contrapartida financeira das cidades vizinhas e do estado?

Meirinho: Balneário Camboriú tem os seus diferenciais de orçamento e a gente pode ampliar os orçamentos como já foi dito. Agora têm questões legais, tanto do estado ter que contribuir com Balneário e, recentemente, teve uma decisão que Bombinhas, Porto Belo, Camboriú e Itapema precisavam fazer a sua contrapartida para Balneário. Acreditamos que em breve vai ter esse hospital de Itapema, que vai pegar a demanda de Bombinhas, Porto Belo e de Itapema. A gente vai ficar nessa questão com Camboriú. Balneário é uma cidade turística, recebe gente de todos os lugares. Tem que dar estrutura na questão da saúde. Tentaram, no passado, fechar o atendimento, bloquear para as pessoas de outros lugares. É saúde! Saúde é uma questão de vida, de sobrevivência. Deveria o estado contribuir mais? Deveria! Agora também está há oito anos sem um modelo de gestão no hospital. Ia ser terceirizado, não terceiriza, não acontece, não resolve. Precisa gestão. Precisa melhorar o atendimento, tem que ter médico, tem que ter remédio. Pegar fila para pegar senha no posto de saúde, tanta coisa para melhorar. É o serviço para a população que tem que chegar.

 

“A questão do voucher na educação não pode ser a política pública principal do município”

 

DIARINHO – Quem prefere enfrentar nas urnas numa eventual candidatura: Peter, Marisa ou Juliana Pavan?

Meirinho: A gente tem um projeto para Balneário Camboriú. É isso que a gente pretende apresentar. Não tenho nada contra nenhum deles. Cada um tem sua linha, suas diretrizes. Eu tenho uma proposta de cidade. Essa proposta de cidade de quem quer pensar no presente e no futuro, que se preocupa com a população crescente. Tem que estudar esse Plano Diretor, que está atrasado 18 anos, já tem que prever que a população possa chegar, se for construir em todos os lugares, a 600 mil pessoas. Nós temos preocupação com a falta d’água no próximo governo. Preocupação com o esgoto do jeito que está e com a mobilidade. As questões partidárias, o mais importante para a população é a realidade. Ou algum partido concorda com o caos que deixaram chegar a estação de tratamento de esgoto e a balneabilidade? O foco é gestão. A gente vai procurar, em breve, apresentar as nossas propostas. Como vereador eu já fiz a lei de segurança hídrica e desenvolvimento sustentável de BC, tratando de abastecimento de água, de despoluição e drenagem, de gestão e risco de desastres.

DIARINHO – A compra de vagas na rede privada mascara a falta de investimentos em novas escolas e creches. Como encarar essa questão num eventual governo seu?

Meirinho: A questão do voucher na educação não pode ser a política pública principal do município. Ela é importante, principalmente para resolver o tempo de espera por uma vaga. As escolas privadas são parceiras. Ok, é importante. Mas a principal função da administração pública é educação. O recurso público que vem do orçamento é para educação e tem que ser aplicado. As escolas estão todas quebradas, muitas goteiras, um monte de problema. O uniforme não chega ou chega atrasado. Até a questão de material para limpeza, a gente vai ouvindo reclamações. Tem o problema de sarna, recentemente. A condição de trabalho dos professores. Tudo isso precisa ser refletido. Eu entendo que é possível inclusive contar com o apoio da iniciativa privada para melhorar as estruturas das escolas. Por exemplo, um dos meus projetos como vereador foi a possibilidade da adoção de espaços públicos pela iniciativa privada. Isso possibilitaria que fizesse a manutenção. Sobraria mais recurso no orçamento para investir, por exemplo, na qualificação, nos materiais para educação. (...)

DIARINHO – A falta de moradias para a classe trabalhadora é outra dificuldade de quem quer viver e trabalhar em BC. O que prevê de investimentos nesse setor?

Meirinho: Eu entendo que realmente tem uma questão que envolve mercado. É possível trabalhar questões no Plano Diretor, previsões diferentes, mas o Plano Diretor já é uma lenda. Não vem acontecendo. A gente pretende também colocar em prática. Agora, o principal:  “ah, porque vai ter o incentivo para mudar o que pode construir mais ou um apartamento menor, ou o que vai utilizar”. Ficou uma série de questões. O principal, que precisa funcionar e vem para superar muitas dessas questões é: o custo de Balneário Camboriú é muito alto, porque tem o metro quadrado mais caro do país. O custo é muito alto, então os serviços públicos têm que ser referência. Saúde tem que ser referência, educação tem que ser referência. A mobilidade urbana tem que funcionar. Porque mesmo que a pessoa esteja morando um pouco mais distante, ela tem que poder chegar rápido, não pode ficar passeando na cidade. Os serviços públicos precisam funcionar também para compensar isso. Eu penso em uma política habitacional dentro da região metropolitana, em parceria com os municípios da Amfri. Balneário é o segundo menor município territorial. Nós precisamos pensar em questões habitacionais dentro da Amfri. As cidades são conurbadas, os problemas são conjuntos. Balneário Camboriú custa mais caro, mas os serviços públicos têm que ser bons para compensar todo o custo que se tem.

 

“As escolas estão todas quebradas, muitas goteiras. O uniforme não chega ou chega atrasado. Até a questão de material para limpeza, a gente vai ouvindo reclamações. Tem o problema de sarna. A condição de trabalho dos professores. Tudo isso precisa ser refletido”

 

DIARINHO – Por que o senhor quer ser prefeito de BC?

Meirinho: Primeiro, a população precisa. As pessoas nos pedem há muito tempo. O meu nome aparecia em pesquisas espontâneas em 2020. Lógico, já falei do apoio do partido, do senador Amin, mais o Fábio e Piruca que estavam na majoritária nos outras eleições. Não tem briga no PP, o nome foi definido em harmonia. Formação, me preparei muito. Formação em administração, especializações, mestrado e doutorado. Experiência: funcionário do Banco do Brasil, secretário da Fazenda, diretor da Fundação de Esportes. Experiência no Legislativo, saber como é que se conduz com o Legislativo, com o Executivo. Os reconhecimentos: prêmio do Conselho Regional de Administração e da Unoesc. Também, lógico, a inspiração do governo Gilberto Américo Meirinho. Foi há 50 anos e [obras] que estão aí até hoje. Imagina há 50 anos abrir uma avenida com 26 metros de largura, com três metros no meio para passar toda a infraestrutura de cidade. Nós precisamos ter esse pensamento de presente e futuro. Planejar aonde a gente quer chegar. Visão de cidade, não visão de poder. Por isso me coloco como, ainda tem que falar pré-candidato, embora já aprovado em convenção. E por isso que coloco como alternativa. E mais uma vez a reflexão: R$ 5 milhões por dia - é evidente que dá para fazer melhor, mas que precisa de gestão.

 

Raio X

Caption

 

NOME: André Meirinho

NATURAL: Concórdia

IDADE: 41 anos

ESTADO CIVIL: Casado

FILHOS: Um

FORMAÇÃO: Graduado em Administração (Univali), é doutor e mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental (Udesc), possui pós-graduação em Direito Público Municipal (Univali) e MBA em Desenvolvimento Regional Sustentável (UnB).

TRAJETÓRIA: Funcionário de carreira do Banco do Brasil;  atuou também como diretor da Fundação de Esportes de Balneário Camboriú, de 2009 a 2012, e como secretário da Fazenda, de 2014 a 2015. Foi filiado ao Partido Verde (PV) de 2005 a 2011 e filiou-se ao Partido Progressista (PP) em 2011. Em 2012, conquistou 860 votos e ficou como suplente, chegando a exercer o mandato legislativo de dezembro de 2015 a março de 2016. Nas eleições municipais de 2016, fez 1247 votos e foi eleito para o mandato de 2017 a 2020. Em 2018, disputou as eleições para deputado estadual conseguindo 3.533 votos. Foi eleito vereador para o período 2021-2024 com 836 votos.




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