Vários pontos de Itajaí sofreram com alagamentos na última semana, por causa da chuva forte que encheu os rios Itajaí-açu e Itajaí-mirim. A cena já é comum nas regiões ribeirinhas da city, já que os dois rios deságuam por aqui, e muitas famílias peixeiras têm convivido com a lama e a água invadindo a porta de suas casas. Mas o que estas pessoas não sabem é que um projeto da Univali pode ajudar a aliviar a ameaça das cheias. A proposta já foi apresentada pra prefa peixeira e, segundo os pesquisadores, não demoraria mais de dois anos pra ser concretizada. A defesa civil avalia que a ação poderia amenizar o impacto das cheias em Itajaí.
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O projeto da equipe de pesquisadores do centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali começou a ser pensando após a enchente de 2008. A ideia inicial seria a construção de ...
O projeto da equipe de pesquisadores do centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali começou a ser pensando após a enchente de 2008. A ideia inicial seria a construção de um pequeno molhe na margem esquerda da foz do Itajaí-mirim, exatamente na junção com o Itajaí-açu, o que ajudaria a escoar mais rapidamente o aguaceiro das cheias. Mas, como isso poderia prejudicar a navegabilidade no local, a proposta foi modificada.
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A solução foi propor a construção de um muro, uma espécie de corredor pra água do Itajaí-mirim não ficar represada e escoar numa boa pelo Itajaí-açu. Quando os dois rios estão cheios, a água do Itajaí-mirim fica impedida de escoar por causa da força do Itajaí-açu. O nosso projeto prevê a construção de uma espécie de pista. Esse corredor seria paralelo ao rio Itajaí-açu e teria uns 200 metros de comprimento, explica o pesquisador João Luiz Baptista de Carvalho, diretor do CTTMar, que ainda conta como isso poderia ajudar a city. Não iria ser um milagre que evitaria todas as cheias, mas alagamentos como o da última semana, provavelmente, não causariam transtornos pra população, conclui o sabichão. João não soube precisar o custo da obra, já apresentada pra prefa de Itajaí, mas ressalta que o valor não é alto, em se tratando de projetos de prevenção contra enchentes.
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Pra quem lida diariamente com a desgraceira que as cheias causam à população, o projeto seria um alívio. Na quarta passada, tivemos que abrigar mais de 20 moradores da Vila da Miséria no abrigo da Murta. Isso, fora os outros bairros que foram atingidos, como o Imaruí e Carvalho. Então, qualquer ação que possa amenizar os efeitos que as cheias causam na população seria bem-vindo, desabafa o agente da defesa civil, Marinho Stringari.
A reportagem tentou falar ontem com o prefeito Jandir Bellini, pra saber se ele pretende transformar o projeto em realidade, mas o mandachuva da city não atendeu as ligações.