Um dos responsáveis pela construtora curitibana Camaiore procurou o DIARINHO para sisplicar sobre as denúncias de irregularidades na obtenção de licenças ambientais para a construção do residencial Buganvília, que fica na rua Fermino Vieira Cordeiro, nos Espinheiros, em Itajaí. A construtora foi a responsável pela obra polêmica, que foi denunciada e está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo a denúncia, o terreno onde as casas foram construídas seria um banhado e a construtora ainda teria usado R$ 2,7 milhões em financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) pra bancar o empreendimento.
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O engenheiro civil Fábio Souza, 28 anos, afirma que participou das obras de construção do residencial e que a empresa cumpriu todas as exigências legais. Tiramos todas as licenças para a realização ...
O engenheiro civil Fábio Souza, 28 anos, afirma que participou das obras de construção do residencial e que a empresa cumpriu todas as exigências legais. Tiramos todas as licenças para a realização da obra. O que aconteceu ali é que quando começamos as obras, ninguém imaginava que aconteceria a enchente de 2008. Até aquela data, nada inundava naquela região. Se a gente não tivesse as licenças, a Caixa não financiaria, se defende o engenheiro. Ele não se manifestou sobre a denúncia de que as licenças concedidas pela Fatma seriam fajutas. Em março, o problema foi o ribeirão da Murta. Depois, ele foi limpo pela prefeitura e nem na enchente de setembro o local alagou, conclui.
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A bronca
Na semana passada, o fiscal da fundação do Meio Ambiente (Fatma), Roberto Carlos Zenzeluk, revelou que a obra foi permitida, mesmo estando em área alagadiça e sem constar no processo de licenciamento ambiental um documento chamado cota de inundação, que indicaria se a área alaga ou não. tal documento poderia sugerir obras de engenharia para melhorar o terreno antes da construção.
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Roberto Carlos ainda informou que a construtora responsável pela obra, a Camaiore, sacou indevidamente os quase três milhões de reais em financiamento da Caixa. Atualmente, 118 famílias peixeiras moram no local e a maioria tá cabreira com os alagamentos constantes. Roberto Carlos entregou uma denúncia no MPF, que abriu uma representação sobre o caso.