O DIARINHO recebeu a notícia de que o proprietário da empresa Tagartha, Claudemir Felício, estaria aprontando agora no Rio de Janeiro. Claudemir já foi notícia no DIARINHO em setembro passado, quando funcionários da empresa teriam caído na porrada com o cara, porque estavam trabalhando sem receber salário, mesmo prestando serviços aos big estaleiro Detroit.
Agora um grupo de funcionários da mesma empresa teria passado pelo mesmo problema, mas lá no Rio de Janeiro. Geraldo Ripoll, diretor Industrial do estaleiro Eisa, no estado fluminense, confirma ...
Agora um grupo de funcionários da mesma empresa teria passado pelo mesmo problema, mas lá no Rio de Janeiro. Geraldo Ripoll, diretor Industrial do estaleiro Eisa, no estado fluminense, confirma a informação.
Ele disse ao DIARINHO que Claudemir sumiu do mapa em outubro deixando pra trás 100 funcionários com salários atrasados. Situação idêntica a que rolou por aqui. A Tagartha foi contratada pelo Eisa para prestar serviços ao estaleiro Eisa. Contratou os funcionários e pegou um dinheiro do Eisa como adiantamento do contrato, mas não concluiu o serviço e ainda desapareceu sem dar satisfação aos funcionários, informou Geraldo.
De acordo com ele, após o sumiço, o estaleiro Eisa só conseguiu contato com o dono da Tagharta através de e-mail. Claudemir respondeu que não tinha como vir ao Rio, pois passava por problemas financeiros. Segundo o diretor do Eisa, durante os três meses de trampo a Tagartha só causou problemas. A obra para a qual a empresa foi contratada nem saiu do lugar. Com isso, o estaleiro amargou o mó preju e ainda teve que adiantar uma grana pra Claudemir pagar os funcionários. Duas vezes antecipamos valores do contrato pra ele pagar os trabalhadores, afirmou Geraldo.
Segundo o grandão do estaleiro Eisa, durante o trampo a Tagartha reclamou que o local onde faziam as chapas era desalinhado. Mas em nenhum momento nos negamos a adequar qualquer coisa. O problema, de acordo com Geraldo, é que a Tagharta quis cobrar 100 mil reales mesmo não entregando nada pronto.
A reportagem localizou Claudemir por telefone. Segundo ele, o perrengue rolou há dois meses, quando recebeu uma proposta de prestar um serviço ao o Eisa. Vi aí uma oportunidade de salvar o mercado naval em Santa Catarina, conta. Porém, alega, o estaleiro teria agido de má fé. O Eisa estava quebrando regras do contrato, alega.
Quando percebi que o Eisa tava prejudicando o andamento das obras, cancelei o contrato com eles. Claudemir lascou que vai meter um processo no estaleiro.
Alvo de denúncias
Em setembro, a Tagharta foi alvo de denúncias de funcionários que prestavam trampo ao estaleiro Detroit, em Itajaí. Os trabalhadores alegaram que Claudemir, teria atrasado o salário dos montadores e soldadores. Indignados, meteram pau no chefe, que apareceu com o olho roxo. Na época, a Detroit alegou ter dado o dinheiro pra Claudemir, que disse não ter recebido nenhum tostão. Hoje, as duas empresas estão na dona justa respondendo por ações trabalhistas.