Tenho certeza de que estás mostrando para os eleitores as barbaridades que acontecem em BC. As rádios não reclamam mais da sujeira que a cidade está. No passado, sempre reclamavam da Ambiental. Qual a minha surpresa? Estão alugando caminhão da mesma empresa pra recolher o lixo. Reclamam que estava muito caro e não tinha estrutura, mas alugam veículo da mesma empresa. A administração Edson Piriquito está a cada dia mais desastrosa, e quem perde é a população.
Pois é...
... pois bem. Muita gente mistura alhos com bugalhos tentando levar o debate para o campo político. Quem critica o governo é oposição. Não se dá a chance aos cidadãos moradores de BC também pensar e se manifestarem. A manifestação é uma crítica ao governo que partiu de um cidadão preocupado com a cidade e não pensando em quem comanda o governo. Na prática, a prefeitura não dá respostas às demandas da população. Muitas ações e intervenções públicas revelaram-se desastrosas e não preciso aqui fazer uma retrospectiva de tudo que aconteceu em BC este ano.
No deserto
Respondi ao leitor que estava de saco cheio de discursar no deserto, mas vou levando. Levando não para servir de palanque a qualquer oposição partidária ao governo. Eu critico aqui por texto e imagem o que entendo como errado para a cidade. E quero mais que se faça certo, como torço que dê certo a ciclofaixa que, espero, seja transformada em ciclovia o mais rápido possível. Procuro exercer minha cidadania. Só isso.
Ranzinza
Como o meu meio é o do jornalismo, exerço minha cidadania escrevendo. Dia desses, vi um debate no Facebook perguntando se todo jornalista é ranzinza. Eu digo que todos deveriam ser ranzinzas. Só não é quem está na zona de conforto. Eu sou ranzinza!
Ciclofaixa I
Feito o desabafo de final de ano, vamos conjugar o verbo ranzinzar. A ciclofaixa já está criando divergências. Vi um comentário de uma biker reclamando das pessoas que correm e os skatistas utilizando a área da ciclofaixa. Fiquei de cara. Bikers, corredores, rollers, skatistas têm mesmo é que se unir e mostrar às autoridades o quanto é importante aquele espaço. Convivam em harmonia e tolerância para, quem sabe, reivindicar um espaço maior para os sem-carros na beira-mar.
Ciclofaixa II
Dá para perceber que aquele corredor criado é um paliativo para uma cidade sem espaços. Uma improvisação que deve ser vivida intensamente. Um espaço de lazer, desacelerado. Então, se bikers, corredores, rollers e skatistas tiverem esta compreensão, tem tudo para dar certo. E para que isso possa acontecer, a prefeitura tem que democratizar a sinalização que está sendo implantada. Sem exclusividades.
Ciclofaixa III
O governo pode nem se dar conta, mas a implantação do corredor livre de carros na Atlântica foi seu grande feito até aqui. Talvez eles entendam como uma encheção de saco de quem anda de bicicleta. Mas a ciclofaixa representa muito mais do que isso. Com aquele espaço, a rotina da Atlântica será diferente de todos os tempos que BC se conhece como gente. Pela primeira vez, as pessoas podem ver a praia e não carros estacionados; as pessoas ficarão livres daqueles ridículos exibicionistas com seus sons de carro no talo - eu disse no talo - e as pessoas acabarão pensando duas vezes se para frequentar a praia central será uma boa ir de carro. Enfim, existem mais coisas boas para acontecer. Será uma questão de mudança de hábitos.
Ciclofaixa IV
Digo que talvez o governo não se dê conta porque protelou o que pode para criar o corredor. Foi uma pregação de mentiras com promessas vazias que começou antes da temporada passada e prosseguiu por todo o ano de 2013 até que, na boca da temporada, finalmente entregam à população o que eles chamam de ciclovia.