Convocar os despertos para lutar contra os espertos. Assim definiu o jornalista Miral Pereira dos Santos, 73 anos, a sua cruzada solitária pelas principais cidades do Brasil. Ele está em Itajaí para conversar com os sindicatos e pessoas interessadas em debater três temas: corrupção, preconceito e violência, considerados por ele a Trindade do Mal. O viajante chegou na quarta e ficará aqui até hoje. Daqui, vai a Blumenau.
Desde 1992, Miral viaja pelas principais cidades do Brasil em uma cruzada contra inúmeros temas polêmicos. A primeira aventura levou-o de Sapucaí do Sul (RS) até Brasília (DF). Na época, o jornalista ...
 
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Desde 1992, Miral viaja pelas principais cidades do Brasil em uma cruzada contra inúmeros temas polêmicos. A primeira aventura levou-o de Sapucaí do Sul (RS) até Brasília (DF). Na época, o jornalista estava indignado com o presidente Fernando Collor. Desde então, ele já saiu em viagens contra os transgênicos, ALCA e até contra o desemprego.
De 2000 para cá, Miral briga contra a Trindade do Mal: corrupção, preconceito e violência. Ele passa pelas cidades conversando com sindicatos, associações, sempre expondo suas ideias. Acho que os sindicatos são grupos que estão mais despertos para lutar contra essas três causas. Consigo conversar com o pessoal e mostrar meus objetivos. A gente debate e mostro meus ideais, explicou.
Fã de Gandhi, Martin Luther King, Nelson Mandela e Zumbi, Miral vê que esses líderes foram pessoas que se rebelaram contra o sistema. Não quero ser famoso, mas tenho que fazer minha parte. Cada pessoa vale o quanto se rebela. Sempre temos algo que nos está afligindo e tomamos providência para que mude. Temos que sair da passividade. Sair da indiferença e fazer algo. Ação é tudo, discursou.
Com 23 anos de aventuras, ele acredita que conseguiu, no mínimo, provocar a reflexão nas pessoas. Joguei a semente. A plantação da floresta começa pela semente. A sociedade aprende pelo exemplo. O Henfil [jornalista e cartunista carioca] tinha uma frase que resume isso: se não houver frutos, valeu o perfume das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente. É isso, finaliza.