ITAJAÍ
Rebelião na Canhanduba não teve mortos, feridos ou ligação com facções
Cinco presos querem transferência de cinco internos para perto das famílias
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

A Comissão de Assuntos Prisionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) está no Complexo Penitenciário da Canhanduba acompanhando o que seria uma rebelião com um agente prisional feito refém com início por volta das 13h desta sexta-feira.
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Pamela Bohon Bernardes de Souza, presidente da Comissão de Direito Criminal da subseção de Itajaí, informou que o ato não teve feridos e também não faz parte de uma ação de facções criminosas.
O ato, que ela não chama de rebelião, está restrito a um grupo de cinco detentos da penitenciária. Ela está no complexo com o advogado Lucas Bernardes, presidente da Comissão de Assuntos Prisionais.
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“O ato é isolado de cinco internos, não há ligação com facção. Eles querem a transferência em razão de proximidade familiar. Há um agente penitenciário feito de refém, sem feridos ou mortos”, informou. “Não chamo de rebelião, porque não teve adesão dos demais internos”, completou.
Sobre a informação de familiares dos presos de que o motim queria começado por conta da má qualidade da comida servida no complexo, Pamela explica que a pauta existe, mas não tem relação com o ato que aconteceu nesta sexta-feira na penitenciária.

Uma ambulância do Samu, viaturas do Corpo de Bombeiros e helicópteros estão no local, mas segundo a Secretaria de Administração Penal (SAP), trata-se de um procedimento padrão em ocorrências desse tipo.
As forças de segurança isolaram o entorno do complexo para evitar a aproximação de familiares dos presos, que chegaram assim que souberam da situação para ter informações do estado de saúde dos detentos.
A advogada informou que há negociações em andamento para tentar liberar o agente penitenciário feito refém, mas ainda não há previsão de quando isso pode ocorrer. “Nós estamos aqui caso precise de intermediação”, destacou.
Em nota oficial, a Penitenciária Masculina da Canhanduba confirmou que a Polícia Penal e o Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar foram acionados e já estão no local. Todas as medidas legais já foram adotadas, e um procedimento administrativo interno vai apurar a situação, mas não há informações de quando o agente será liberado.
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