A advogada Dora Lúcia de Lima Bertulio, natural de Itajaí, morreu aos 77 anos na sexta-feira. Ela fez carreira na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde atuou como procuradora e foi uma das principais vozes na defesa das cotas raciais.

O velório de Dora foi na capela do cemitério Jardim da Saudade, em Curitiba, na sexta-feira, e o sepultamento no sábado. Filha de José Adil de Lima e Teodora de Lima, a advogada se destacou pela luta pelos direitos da comunidade negra e pela implementação de políticas raciais.

Em Itajaí, foi homenageada em 2022 no evento “As pioneiras”, que celebrou mulheres negras de destaque na cidade. Em 2023, Dora contribuiu para as discussões sobre o Dia da mulher negra e caribenha, reforçando sua constante dedicação à valorização e ao reconhecimento da cultura afro-brasileira.

A presidente do Conselho da Comunidade Negra de Itajaí (Coneg), Márcia Guimarães, destacou a importância de Dora para a causa racial no Brasil, enfatizando sua atuação firme e serena, capaz de influenciar positivamente aqueles que a ouviam.

Segundo Márcia, a advogada foi peça-chave na formulação e implementação de políticas inclusivas na UFPR e sempre esteve presente em momentos importantes para a comunidade negra de Itajaí.