Pegou mal
Senador Seif apaga post afirmando que homem deveria ter sido jogado de penhasco
Jorge Seif Jr. fez o comentário sobre o caso de violência policial em São Paulo, mas apagou a postagem
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
O senador catarinense Jorge Seif Junior (PL) provocou mais polêmica esta semana ao fazer uma publicação nas redes sociais elogiando o caso de violência policial em São Paulo. No X (antigo Twitter), Seif afirmou que os policiais militares envolvidos deveriam ter jogado o suspeito de um penhasco, em vez de uma ponte. A publicação gerou asco em todo o Brasil e foi apagada pelo senador.
O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira, no bairro Vila Clara, em São Paulo. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra um policial militar jogando um homem de uma ponte. O suspeito sobreviveu. Jorge Seif, ao comentar o ocorrido no X, escreveu:
“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque, com essa justiça sem-vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio. Minha solidariedade e apoio incondicional aos PMs e ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O ‘filósofo’ Sivuca já dizia em 1986: ‘bandido bom é bandido morto’. Tá com pena das vítimas da sociedade? Leva pra casa!”
O DIARINHO procurou a assessoria do senador para esclarecer o que motivou a postagem e sua exclusão, mas até o fechamento desta matéria não teve resposta.
PM foi preso
O policial que aparece no vídeo jogando o homem da ponte foi identificado como o soldado Luan Felipe Alves Pereira. Ele foi preso e está detido na Corregedoria da PM de São Paulo. Desde terça-feira, ele estava afastado das funções junto com outros 12 agentes envolvidos na operação. O pai da vítima informou que seu filho está bem.
Em depoimento, o policial afirmou que não pretendia jogar a vítima do muro, "mas apenas no chão", como forma de imobilizá-lo. Segundo ele, o homem resistiu à abordagem policial.
Este não é o primeiro caso polêmico envolvendo o soldado. Luan foi acusado anteriormente de matar um suspeito com 12 tiros durante uma perseguição em Diadema, na grande São Paulo. O caso foi investigado pela Justiça Militar e transferido à Justiça comum, mas foi arquivado em janeiro deste ano.