Outras 11 pessoas foram indiciadas. Todos responderão por associação criminosa, sete por peculato, nove por lavagem de dinheiro e uma por advocacia administrativa, que ocorre quando um funcionário público usa seu cargo para se aproveitar para interesses privados.
A PF enviou o relatório ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que é o relator do caso. Moraes encaminhará o documento à Procuradoria-Geral da República, que avaliará as provas e decidirá se denuncia os indiciados ou arquiva o caso.
Se a PGR decidir pela denúncia, caberá ao STF decidir se os acusados se tornam réus, se o caso é arquivado ou enviado à primeira instância.
Bolsonaro recebeu joias e presentes enquanto era presidente. Segundo a PF, os itens começaram a ser negociados em junho de 2022 nos EUA. O conjunto de joias incluía um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico, dados a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.
As joias deveriam ter sido entregues por Bolsonaro em março de 2023, conforme determinação do Tribunal de Contas da União. Segundo a PF, os itens já haviam sido vendidos em duas lojas nos EUA. Após o escândalo, assessores trouxeram as joias de volta ao Brasil.
Os indiciados:
- Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia: apropriação de bens públicos e associação criminosa.
- José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia: apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
- Julio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita: apropriação de bens públicos, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.
- Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência: apropriação de bens públicos e associação criminosa.
- Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro: lavagem de dinheiro.
- Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque: apropriação de bens públicos e associação criminosa.
- Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
- Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
- Frederick Wassef, advogado do ex-presidente: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
- Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
- Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro: lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Caso das joias
Bolsonaro recebeu joias e presentes enquanto era presidente. Segundo a PF, os itens começaram a ser negociados em junho de 2022 nos EUA. O conjunto de joias incluía um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico, dados a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.
As joias deveriam ter sido entregues por Bolsonaro em março do ano passado, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que deu prazo de cinco dias para a devolução ao acervo da presidência da República. Segundo a investigação, os itens já haviam sido vendidos em duas lojas nos EUA. Depois do escândalo, Wassef e Cid buscaram as joias para trazer de volta ao Brasil.