Cordeiros
Conveniência segue perturbando vizinhos
Responsável pela empresa foi intimado pela prefeitura
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Um caso já noticiado duas vezes pelo DIARINHO ainda não foi solucionado. Segundo as reclamações, a conveniência “Disk-Gole” continua perturbando a vizinhança da rua José Francisco Matheus, no bairro Cordeiros, em Itajaí. A reclamação segue a mesma: barulho alto à noite e também durante o dia. Porém, a denunciante aponta que agora nem a polícia vai mais ao local.
Até agosto, a PM já teria ido ao estabelecimento quatro vezes, mas sem o flagrante não pode fazer nada em relação à perturbação do sossego. Na ocasião, a PM reforçou o pedido para que os vizinhos acionem a polícia ou façam um BO na Civil.
O capitão Robson Joubert dos Santos explica que, só no último final de semana, a PM registrou 326 ocorrências em Itajaí, sendo 84 delas de perturbação do sossego. “Então suponhamos que temos uma viatura disponível, entre atender uma ocorrência de violência doméstica e uma de perturbação, damos prioridade pra aquela em que há risco à vida da vítima. Especialmente nessas perturbações em que os interessados não querem representar contra os responsáveis pelo som”, justifica.
De acordo com a denunciante, os moradores nunca chegaram a registrar um boletim de ocorrência por alegarem terem medo das consequências. Isso porque para fazer um BO é preciso se identificar. Em 2020, a PM também foi chamada e fechou o local duas vezes, mas logo depois o comércio voltou a abrir e a incomodar os vizinhos.
A prefeitura de Itajaí, por meio do setor de Auditoria Fiscal, informa que a conveniência está com o cadastro ativo desde 2019, com atividade de comércio varejista de bebidas, e foi constatado que as atividades são distintas do que está descrito no CNPJ. Por conta da nova denúncia, o responsável pela empresa foi intimado e deve regularizar a situação e adequar as atividades conforme o alvará no prazo de 60 dias, com a possibilidade de ser prorrogado por mais 60 dias.
Ao DIARINHO, a Disk Gole negou todas as acusações. Também acrescentou que a barulheira vem da própria “arruaça da rua”, e não da loja. “A polícia passa aqui na frente, e não para porque não tem nada de ilegal na empresa”, afirma a direção.