Murta
Vizinhança denuncia barulheira em conveniência
Shows ao vivo, aglomeração e festa noite adentro estão entre as reclamações
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Vizinhos de uma conveniência na Murta, em Itajaí, estão desesperados com a barulheira causada por shows ao vivo e aglomerações durante a noite. Segundo um morador próximo, o local tem movimento até depois das 22h e a Polícia Militar já foi acionada diversas vezes, mas não aparece.
O denunciante afirma que a parte onde ocorrem os shows ao vivo abriu há pouco tempo e é improvisada, então o som se espalha pela rua José Luiz Marcelino até tarde da noite. Ele gravou vídeos, em que fala a data e horário, enquanto o som da conveniência ecoa pela rua. O vizinho diz que já viu todo tipo de movimento, chegando a flagrar um casal fazendo sexo em um carro estacionado próximo à conveniência.
Nessa ocasião uma viatura da polícia passou pelo local, mas os policiais estavam a caminho de outra ocorrência e prometeram voltar, o que não aconteceu. A conveniência nega que os carros fiquem estacionados próximos ao estabelecimento.
Num final de semana, o vizinho que fez a denúncia afirma que ligou cerca de 14 vezes à PM e nenhuma das vezes resolveu o problema. Um técnico já teria ido até o local para testar a altura do som, mas os moradores nunca tiveram retorno do resultado. A dona do estabelecimento conversou com o DIARINHO e disse que mantém a música ao vivo apenas até o horário permitido que é 22h30.
A proprietária do estabelecimento também enviou uma nota negando as acusações e afirmando que o estabelecimento é “uma empresa familiar com todos os alvarás e licenças necessários”. A dona diz que a denúncia de perturbação de sossego, e as outras acusações, “são absurdas”.
A PM enviou uma viatura até o local após a apuração do DIARINHO para orientações aos proprietários do local. A corporação também prometeu enviar uma viatura no início da noite para novamente orientar a conveniência e prevenir os problemas com a vizinhança da Murta.
O major Ciro Adriano, comandante da PM de Itajaí, opina que a legislação não favorece os denunciantes de perturbação de sossego, o que desestimula a população a levar os casos à frente. Segundo ele, para registrar uma ocorrência são necessárias duas testemunhas do fato e a pena para os estabelecimentos considerados infratores é mínima.