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Carnaval: um mundo imaginário de liberação chegou ao fim


Carnaval: um mundo imaginário de liberação chegou ao fim

A festa mais esperada do ano por grande parte da população chegou ao fim. Mas o que diz a psicologia sobre este evento, suas fantasias e brincadeiras? Qual a relação de Carl Jung (um estudioso da psicologia) com o tema?

O pai da sociologia moderna, Émile Durkheim, analisou os ritos desta manifestação popular e chegou à conclusão que os rituais do carnaval são uma forma encontrada pela sociedade de esquecer o mundo real e viajar para outro mundo onde quem manda é a imaginação. Para Jung, os rituais facilitam a conexão entre a realidade interior e exterior, assim como os mundos desconhecidos e conhecidos. Desde que o homem era primata, ele utilizava rituais como a dança e cantos para se liberar e expressar determinado sentimento. Jung chamou este comportamento de “arquétipo”. Para ele, a linguagem que é feita a matéria dos sonhos e fantasias é “pensamento não dirigido”. Aqui o que é lógico e físico ficam de fora.

A psicologia e o carnaval: hoje em dia as pessoas vivem em um ritmo de vida pesado, tentando conciliar a vida profissional com a pessoal. Estamos constantemente pagando contas e lidando com os desafios do dia a dia. Porém, para muitos, quando chega o carnaval a racionalidade deixa espaço para alegria e prazer tomarem conta. Para Freud, é neste momento que o ID, uma instância psicológica que cada indivíduo possui, é tomado pelos impulsos do prazer e conduzido pelos desejos, não mais pelas consequências.

Fantasiados se sentem protegidos dos julgamentos e possíveis críticas. É exatamente nesta festa democrática que grande parte da população se liberta, sem se preocupar com a censura. Alguns especialistas afirmam que o carnaval é importante para ajudar a vivenciar outros aspectos psicológicos. É a hora em que o indivíduo se permite extravasar (no bom sentido) e ser diferente do que é nos outros dias do ano (rotina).

Quando chega a quarta-feira de cinzas é hora de voltar à vida real. Durante o resto do ano os momentos de lazer vividos neste período ficarão guardados na memória dos foliões.

A psicologia e o carnaval: ao contrário do que muitos pensam, o carnaval não é uma festa tipicamente brasileira. O carnaval começou na Grécia, entre os anos 600 e 520 a.C. O povo realizava cultos para agradecer aos deuses a fertilidade do solo e a colheita. Depois de algum tempo, os romanos e gregos passaram a consumir bebidas alcoólicas e a ter relações sexuais durante os dias de festa, o que foi mal visto aos olhos da Igreja.

Em 590 d.C., a própria Igreja Católica incluiu o evento em seu calendário, comemorando com cultos oficiais onde os “atos impuros” foram eliminados. Porém, esta mudança foi vista com estranheza pelo povo, já que a origem do carnaval era festejar a alegria e conquistas.

Alguns anos se passaram e o carnaval voltou a ser o que era. O Brasil conheceu a festa da fantasia em 1723, sob a influência europeia. Nesta época, as pessoas desfilavam com máscaras pelas ruas. No século XIX apareceram os blocos carnavalescos, que se mantêm até hoje. Os brasileiros não tiveram dificuldades para adotar o carnaval em seu calendário, se transformando em pouco tempo na maior festa do país, que arrasta milhões de pessoas atrás dos blocos e atrai turistas de todo o mundo.

"É exatamente nesta festa democrática que grande parte da população se liberta, sem se preocupar com a censura”


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