O consumidor catarinense vai sentir no bolso o aumento de 13,53% na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou o reajuste tarifário anual da Celesc a partir desta sexta-feira, válido para toda a área de concessão da distribuidora em Santa Catarina.
Nas residências, que representam mais de 90% da clientela da companhia, o reajuste será de 12,3%. Para os grandes consumidores, como indústrias (Grupo A), o aumento é de 15,8%. Já para ...
Nas residências, que representam mais de 90% da clientela da companhia, o reajuste será de 12,3%. Para os grandes consumidores, como indústrias (Grupo A), o aumento é de 15,8%. Já para pequenos comércios e áreas rurais (Grupo B), o percentual será de 12,41%.
Continua depois da publicidade
A tarifa da Celesc continua abaixo da média nacional, mas o reajuste supera a inflação acumulada no último ano. Segundo a empresa, sem os chamados encargos setoriais — valores que não ficam com a distribuidora e são apenas repassados a outros agentes do setor elétrico — o aumento seria de apenas 5,67%.
O principal fator pro aumento foi a alta de 36% na Conta de Desenvolvimento Energético, um fundo federal que financia programas como Tarifa Social pra famílias de baixa renda, subsídios pra regiões isoladas e incentivos a fontes renováveis.
Medidas provisórias recentes do Governo Federal também ampliaram os custos repassados à CDE, como a MP 1232 (novos custos), a MP 1300 (ampliação da Tarifa Social) e a MP 1304 (mudança na forma de arrecadação). A Celesc explica que sua parcela no reajuste foi mínima: apenas 1,04% referente a despesas operacionais.
Quanto vai pesar no bolso
Com o reajuste médio de 13,53%, a conta de luz dos catarinenses vai ficar assim:
• Conta de R$ 100 passa para R$ 113,53
• Conta de R$ 200 passa para R$ 227,06
• Conta de R$ 300 passa para R$ 340,59
Continua depois da publicidade
Ou seja, uma família que hoje paga R$ 200 por mês terá um gasto extra de R$ 324 por ano só com a luz.
Histórico de reajustes
Nos últimos dois anos, os reajustes foram bem menores: em 2023, aumento de 3,64% para residências e em 2024, 4,19% para residências e pequenos comércios. Com o aumento deste ano, a Aneel reforça que os encargos setoriais federais são os principais responsáveis pela elevação das tarifas, valores que não ficam na Celesc, mas são repassados aos catarinenses.
Continua depois da publicidade