SANTA CATARINA
"Não há onde comprar jornal", lamenta deputado Napoleão sobre fim de banca de revistas
Bernardes citou a transformação das bancas de revista e a perda do hábito de leitura no Brasil
Laura Testoni [lauratestoni16@gmail.com]
O deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) usou o espaço da tribuna da Alesc para expressar sua indignação e preocupação quanto ao hábito da leitura no Brasil. Ele usou como exemplo a região de Blumenau.
A fala do deputado foi compartilhada nas redes sociais. “Não há onde comprar uma revista ou um jornal. Simplesmente não existe. As bancas de revistas deram lugar a tabacarias. Isso pra mim é um negócio doído e emblemático”, disparou.
Uma pesquisa feita pela Nielsen BookData, a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em dezembro de 2024, revelou que 84% da população não comprou nenhum livro em 12 meses. Para 60% das pessoas, a leitura é uma atividade importante, mas reclamam do preço, ausência de lojas e falta de tempo como os maiores fatores para desmotivar a compra de livros.
Entre as pessoas que não compram livros, 56% confirmaram que recorrem a PDFs gratuitos, acesso à bibliotecas, empréstimos de algum amigo ou que ganharam livros de presente. Para a Nielsen BookData, esta informação é um exemplo de que há um potencial para aumento na venda de livros no Brasil.
O deputado Napoleão frisou os benefícios da leitura, como estímulos ao raciocínio, à criatividade, ao pensamento crítico e à imaginação. Para o deputado, a tecnologia é uma ferramenta indispensável, mas não pode substituir o hábito da leitura. Garantir e estimular o consumo de livros, para Napoleão, é responsabilidade da família, da sociedade e do Estado.