Caso Pallas

Navio que afundou há mais de 130 anos pode atrapalhar obras no canal portuário

Navegantes pediu prioridade na remoção dos destroços que prejudicam obra da bacia de evolução

Destroços do navio, que partiu ao meio, estão submersos próximos ao molhe norte, do lado de Navegantes (Foto: João Batista)
Destroços do navio, que partiu ao meio, estão submersos próximos ao molhe norte, do lado de Navegantes (Foto: João Batista)
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O navio Pallas, que afundou há mais de 130 anos na foz do rio Itajaí-açu, pode ser um empecilho para o aumento da capacidade da nova bacia de evolução do canal de acesso ao complexo portuário de Itajaí. A segunda fase da obra é esperada pra operação com navios gigantes, de até 400 metros de comprimento por 60 metros de largura. 
Os destroços do navio, que partiu ao meio, estão submersos próximos ao molhe norte, do lado de Navegantes. A prefeitura pediu ao governo federal prioridade na remoção do casco para permitir o avanço da nova bacia de evolução. A solicitação foi feita durante a audiência pública para o edital do contrato definitivo de concessão do Porto de Itajaí, em elaboração pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
As manifestações da audiência serão analisadas pelo órgão no processo de consulta pública do edital, cujo prazo encerrou na sexta-feira. Na audiência, a prefeitura de Navegantes apresentou demandas ligadas ao leilão do porto. 
O secretário de Governo, Dagmar de Oliveira, tratou da necessidade de retirada do navio afundado e também apresentou o projeto do Parque Linear, que prevê a revitalização da orla, unindo preservação ambiental, proteção costeira e turismo.
A revitalização do molhe do pontal, no bairro São Pedro, foi outra demanda do município. O projeto prevê a modificação do molhe norte do rio Itajaí-açu, transformando o local com 27 mil metros quadrados de área num espaço para atividades de esporte, cultura e lazer. 
A obra, no entanto, passa pela autorização da Superintendência do Porto de Itajaí, que é a autoridade portuária. Segundo a Antaq, a nova concessão do Porto de Itajaí prevê entre os investimentos as obras de revitalização e readequação do molhe do pontal, mas ainda não há uma data prevista para início dos trabalhos.
Já as obras na bacia de evolução dependem de recursos federais. O projeto está contemplado pra receber dinheiro do Novo PAC. Cerca de R$ 250 milhões estavam previstos no Plano Plurianual, do Ministério da Infraestrutura, de 2020 a 2023, para a execução. 
Segundo a superintendência do Porto, a obra já está projetada e tem licenciamento ambiental. A extensão para manobras abrange um raio de 530 metros de comprimento, onde, de uma margem a outra, navios possam realizar giros de 180° e 360° dentro da área da nova bacia de evolução. A ampliação permitirá a entrada de navios de 366 x 51 metros até 400 x 60 metros no complexo portuário.

 

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Naufrágio do Pallas 
O navio Pallas era uma embarcação que naufragou em 25 de outubro de 1893, na foz do rio Itajaí-açu, próximo à praia de Navegantes. O navio teria batido em pedras, encalhou, foi saqueado e depois afundou. Não houve vítimas. A investigação sobre o acidente não avançou e os registros do processo se perderam.
Em 2018, a superintendência do Porto confirmou, em estudo sobre o caso após a descoberta de destroços durante as obras na bacia de evolução, que a embarcação participou da Revolta Armada. O movimento de 1893 foi liderado por revoltosos da Marinha contra a chegada de Floriano Peixoto à presidência após a renúncia de Deodoro da Fonseca. O Pallas foi um dos navios mercantes tomados pelo grupo.
O relatório do porto de Itajaí sobre o caso aponta que o navio tinha como linha Rio de Janeiro-Buenos Aires, com escala em Itajaí. Num dos trajetos para se deslocar rumo ao porto de Itajaí, o navio naufragou na praia de Navegantes, quando na época não havia o molhe norte. O estudo descobriu que o navio tinha 67 metros de comprimento. A embarcação partiu ao meio, com uma distância de 40 metros entre as partes.

 

Reunião discute ampliação de carga geral 
O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), fez na quinta-feira passada uma reunião com os presidentes dos sindicatos dos trabalhadores do porto de Itajaí. O grupo pede um terminal público para movimentação de cargas gerais. “Vamos analisar a viabilidade do pedido, e em breve traremos respostas para as reivindicações dos nossos portuários. Seguimos trabalhando para colocar nosso porto de volta em operação o mais rapidamente possível”, comentou o prefeito.
Atualmente, os berços 3 e 4 do porto são destinados pra cargas gerais, fazendo parte da área pública do cais peixeiro. Os berços 1 e 2 estão arrendados para a Mada Araújo para a movimentação de contêineres, que ainda não retomou as operações.



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