Terminou em pizza o processo de cassação do mandato do vereador Fábio Negão (PL) por quebra de decoro parlamentar. Onze vereadores votaram pela cassação, mas com três abstenções e duas ausências, não rolou o quórum mínimo de 12 votos para que ele perdesse o mandato. Fábio está preso desde novembro de 2023 no presídio da Canhanduba.
Os votos favoráveis à cassação foram dos vereadores Adriano Klawa (Republicanos), Anna Carolina (PSDB), Beto Cunha (Republicanos), Christiane Stuart (Republicanos), Hilda Deola (PDT), ...
Os votos favoráveis à cassação foram dos vereadores Adriano Klawa (Republicanos), Anna Carolina (PSDB), Beto Cunha (Republicanos), Christiane Stuart (Republicanos), Hilda Deola (PDT), Maurílio Moraes (Progressistas), Odivan Linhares Mamão (PSD), Osmar Teixeira (PSD), Otto L. Quintino Jr. (Republicanos), Rubens Angioletti (PL) e Rubens Pacheco (PSC).
Já os vereadores Bruno da Saúde (MDB), Celia Filha do Elói (MDB) e Douglas Cristino (PDT) se recusaram a votar. Os vereadores Aline Aranha (UB) e Vanderley Dalmolin (MDB) sequer deram as caras na sessão. Rubens Pacheco votou no lugar do vereador Marcelo Werner (PSC) que se declarou impedido de votar. A vereadora Dulce Amaral (PL) também se declarou impedida. A câmara convocou os suplentes do PL, mas os vereadores da bancada dos liberais não tiveram interesse em votar.
A vereadora Anna Carolina ficou enfurecida com a “falta de coragem dos colegas que se abstiveram ou não compareceram à sessão”. “Eu sou vereadora, mas eu também sou eleitora, e o que a gente espera de alguém que foi eleito democraticamente é que ele se posicione, dizendo sim ou não. Essas abstenções, essas pessoas que também deixaram de votar, elas quiseram dizer, sou contra a cassação, mas faltou coragem de dizer. Isso é um tapa na cara da sociedade. Me deixa enfurecida e extremamente chateada. São atos como esses, que de alguns pode ter sido por interesse, outros por falta de coragem, denigrem a política como todo, mesmo para as pessoas que têm um posicionamento”, detonou a vereadora.
Sessão longa
A sessão teve início às 18h com a leitura do relatório da vereadora Anna Carolina Martins (PSDB). Conforme denúncia e a investigação do Ministério Público, o parlamentar exigia o repasse de parte dos salários dos assessores e dos cargos comissionados indicados por ele na prefeitura e confiscava até o cartão-alimentação dos indicados. Ele também é acusado de desviar dinheiro público de um projeto social no Imaruí que era bancado com dinheiro da prefeitura.
A defesa do vereador Fábio Negão foi feita pelo advogado, o juiz aposentado, Pedro Walicoski Carvalho que, em sua sustentação oral, usou dois pilares de defesa: o fato de Fábio não ter sido ouvido durante o processo e nem durante o julgamento da cassação, além de o fato de ele não ter sido condenado pela justiça e, portanto, a luz do direito, ser inocente.