GUERRA NO RJ

Jorginho oferece apoio ao RJ; SC monitora fuga de criminosos

Possível fuga de criminosos do RJ pra SC não é descartada

Governo de SC lamentou mortes de policiais na megaoperação no estado fluminense (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Governo de SC lamentou mortes de policiais na megaoperação no estado fluminense (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Em manifestação pelas redes sociais na manhã desta quarta-feira, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se colocou à disposição do governo do Rio de Janeiro para eventuais reforços na segurança após a megaoperação contra o Comando Vermelho, cujo resultado é de ao menos 128 mortes, sendo quatro de policiais, na terça-feira. O governador não comentou as mortes de possíveis inocentes durante a operação que é a mais letal já comandada pela polícia carioca. 

“Meus sentimentos aos familiares dos quatro agentes de segurança do Rio de Janeiro que perderam suas vidas na operação de ontem. Que o Rio de Janeiro e o governador Cláudio Castro (PL) mantenham uma posição firme contra o crime. Santa Catarina se coloca à disposição como parceira, caso necessitem de reforços”, escreveu Jorginho.

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O estado mantém contato com as forças de segurança do Rio de Janeiro e monitora possível fuga de criminosos da capital fluminense para Santa Catarina. O Comando Vermelho tem braços no estado, com criminosos que dão apoio no fornecimento de drogas e armas para a facção carioca. Foragidos do grupo já foram presos em Santa Catarina e em outros estados durante operações policiais.

Ainda na terça-feira, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, lamentou as mortes de policiais na operação no Rio de Janeiro, entre eles dois policiais civis, e criticou que não viu manifestação de entidades dos direitos humanos. “E aí vem a pergunta: Os direitos humanos para quem? Só para bandidos?”, questionou.

Já nesta quarta-feira, ele fez postagem com provocação ao governo federal. “A proteção aos bandidos sob o verniz dos direitos humanos, a lei e a ordem enfraquecidas, o pacote pelo crime, a legislação branda, a descarceirização, a corrupção, o sucateamento da segurança pública, a omissão do Estado e os anos de governo da esquerda. Os resultados estão aí para todos enxergarem”, argumentou.

Militante dos direitos humanos, o atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo, lamentou o uso político das mortes pelo governo Cláudio Castro. Ele rebateu a alegação do governador de que a culpa do caos na segurança pública do Rio de Janeiro seria por falta de ajuda do governo federal, apontando que o estado deixou de usar mais de R$ 174 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Freixo ressaltou que o tema deveria ser tratado com diálogo, parceria e planejamento com o governo federal. Para ele, a operação na terça-feira, a mais letal da história do Rio de Janeiro, foi “desastrosa e mal planejada”. “Evidente que o crime tem que ser combatido, seja tráfico, seja milícia, mas não como uma operação desastrosa e mal planejada como essa”, criticou.

Reunião de emergência nesta quarta-feira

Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, farão uma reunião de emergência com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nesta quarta-feira para discutir medidas de segurança. O encontro foi chamado na terça-feira, após os desdobramentos da operação policial no Morro do Alemão e na Penha, no Rio de Janeiro.

Inicialmente, o governo fluminense tinha contabilizado 64 mortes, das quais 60 seriam de criminosos. Nesta quarta, mais 64 pessoas foram encontradas mortas numa área de mata, onde houve confronto entre policiais e traficantes, elevando o total para 128 mortes após a megaoperação até o momento.

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Entre as medidas já adotadas, o governo federal atendeu a pedido do governador para a transferência de 10 detentos das penitenciárias do Rio para presídios federais. O grupo faz parte da cúpula do Comando Vermelho e teria liderado de dentro da cadeia as ações que levaram ao caos na cidade do Rio de Janeiro, com barricadas, bloqueio de ruas e sequestro de ônibus.

O governo federal reforçou em nota que não houve consulta ou pedido de apoio do governo estadual do Rio de Janeiro para fazer a operação. O trabalho envolveu 2500 policiais civis e militares. Além do número recorde de mortes, a operação terminou com mais de 100 presos e 93 fuzis apreendidos, além de pistolas e granadas.

Comando Vermelho

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Alvo da operação policial no Rio de Janeiro, o Comando Vermelho é a facção mais antiga do estado fluminense e vem expandindo seus territórios de atuação. Segundo o Mapa dos Grupos Armados, estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF) em parceria com entidades, entre 2022 e 2023, a facção teve um aumento de 8,4% nas áreas sob seu controle e retomou a liderança que era das milícias na região metropolitana.

O grupo conta com apoio de criminosos e de facções em outros estados, como em Santa Catarina, onde o Comando Vermelho tem braços de apoio logístico para entrega de drogas e de armas. Em razão disso, o estado pode ser destino de bandidos foragidos da megaoperação do Rio de Janeiro.

A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina ainda não respondeu sobre medidas que poderão ser tomadas no estado contra a possível chegada desses criminosos. Em operações contra o tráfico, a Polícia Militar já prendeu homens ligados à facção carioca no estado, como em ações em Florianópolis, em 2025, e em Navegantes, em 2022.

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