Itajaí supera São Paulo e avança no ranking de valorização de imóveis
Cidade agora está no top 5 nacional, junto com Balneário Camboriú, Itapema e Floripa
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Itajaí registrou alta de 1,02% nos preços dos imóveis e tem valor médio de R$ 10.814 o m2
(foto: João Batista)
Cidade agora está no top 5 nacional, junto com Balneário Camboriú, Itapema e Floripa (Foto: João Batista)
Itajaí alcançou nova posição no ranking da construção civil, superando São Paulo na valorização de imóveis. Conforme dados do FipeZap, que mede o preço médio dos imóveis residenciais em 50 cidades, Itajaí entrou para o top 5 do ranking com a aceleração dos preços em março.
No levantamento anterior, a cidade estava na 6ª posição. No último mês avaliado, Itajaí registrou alta de 1,02% nos preços dos imóveis, ultrapassando a capital paulista, com o metro quadrado ...
No levantamento anterior, a cidade estava na 6ª posição. No último mês avaliado, Itajaí registrou alta de 1,02% nos preços dos imóveis, ultrapassando a capital paulista, com o metro quadrado no valor médio de R$ 10.814. Na valorização acumulada nos últimos 12 meses, a cidade registrou alta de 12,1%, a sétima maior variação entre os municípios pesquisados.
Com a nova posição de Itajaí, SC passa a ter quatro cidades entre as cinco com os imóveis mais caros do Brasil. A lista segue liderada por BC, com o preço médio do metro quadrado em R$ 12.903. Itapema vem logo depois, com valor de R$ 12.766. A capital Florianópolis aparece em 4º lugar, atrás de Vitória (ES). O estado ainda tem outras duas cidades no ranking: São José (18º) e Joinville (25º).
Santa Catarina também ganha destaque nacional com a cidade que registrou a maior valorização dos imóveis nos últimos 12 meses. A liderança ficou com São José, na Grande Florianópolis, com alta de 17,94% no período, o que representa cerca de R$ 1,1 mil a mais no preço do metro quadrado. Na lista, a cidade figura na 18ª posição, com valor médio de R$ 7382.
Na região da Amfri, Itapema lidera a alta de preços em 12 meses, com valorização de 15,8% em março, a 3ª maior do país. No acumulado em 2024, a cidade registra alta de 2,2% e se aproxima do preço médio de Balneário Camboriú, que soma 0,64% de valorização neste ano e 6,98% nos últimos 12 meses e se mantém na liderança no ranking.
A avaliação do índice FipeZap considera as 50 principais cidades do país a partir do anúncio de imóveis residenciais na internet. Na média ponderada entre as cidades, o preço médio ficou em R$ 8.845, 0,64% maior que o mês anterior, em fevereiro. Imóveis com um dormitório têm valor mais elevado, de R$ 10.435 o metro quadrado.
Diferencial é a qualidade de vida
O corretor de imóveis Léo Rostro, de Itajaí, comenta que a alta na valorização imobiliária está ligada à escassez de imóveis diante de uma demanda cada vez maior. Ele observa que a procura tem a ver com um “êxodo urbano” nas grandes cidades, com as pessoas buscando mais qualidade de vida. “O litoral catarinense tem uma vantagem, por ser um estado muito próspero, a gente tem a questão de segurança, que é um dos primeiros itens que as pessoas procuram hojer”, avalia.
O corretor considera que Itajaí está em amplo desenvolvimento, apesar de seguir com o porto parado, mas tem a expectativa de dobrar a população nos próximos 20 anos. “Hoje, a gente tem 300 mil habitantes e chega a 600 mil; isso dá uma média de 20 mil pessoas por ano. Quando eu tenho uma maior busca e uma menor disponibilidade, acaba impactando nos valores”, completa.
Ele contrapõe o cenário com a situação de SP, que já tem muitos imóveis e vive uma emigração. Ele lembra que, para estimular a moradia e a ocupação comercial, o governo de SP prevê incentivos fiscais no centro da cidade. Também há um projeto pra revitalizar a região que se degradou nos últimos anos. “Já em Itajaí, contando com Brava, Fazenda, centro e todos os outros bairros, eu não consigo dar conta de entregar com a mesma velocidade”, diz.
O corretor ressalta que a escassez afeta os imóveis pra locação. “Além de não ter imóveis para locação, o que eu tenho fica muito caro. Um imóvel de um dormitório chega a custar R$ 4500 só o aluguel, mais as taxas de condomínio e outras despesas”, relata.
Temporada de verão aqueceu mercado
Em Balneário Camboriú, a construção civil celebrou o fim da temporada de verão no dia 20 de março, com resultados positivos para o setor. O presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú e Camboriú, Carlos Haacke, lembra que a época é considerada de maior aquecimento para o mercado de imóveis.
“Historicamente, são períodos em que os empreendimentos imobiliários registram maior procura, e que temos alta nas vendas de lançamentos, imóveis em fase de acabamento e recém-colocados no mercado”, comenta. Os atrativos turísticos da cidade são vistos como um dos grandes impulsionadores no mercado imobiliário, colocando BC na vitrine nacional.
Além disso, a qualidade de vida, segurança, limpeza e a diversidade do comércio e gastronomia estimulam o setor. “O resultado é uma força motriz que impulsiona não somente a construção civil, mas inúmeros outros segmentos econômicos que mantêm nossa cidade próspera e atrativa”, completa.
Conforme dados da prefeitura, mais de 1,5 milhão de turistas passaram por BC durante o verão. Janeiro foi o mês com mais visitantes, com quase 600 mil pessoas. No mês de maior fluxo, a cidade recebeu 40 mil passageiros de ônibus de turismo, 60% de turistas estrangeiros.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.