PENHA
Padre impediu velório de zeladora na capela de Armação
Adalgisa Gomes da Costa faleceu aos 86 anos e familiares não puderam fazer a despedida na igreja onde ela trabalhou por 35 anos
João Batista [editores@diarinho.com.br]
![Adalgisa Gomes da Costa faleceu aos 86 anos e familiares não puderam fazer a despedida na igreja onde ela trabalhou por 35 anos (Foto: Arquivo/Divulgação)](/fotos/202404/700_660c43723e2da.jpg)
![miniatura galeria](/fotos/202404/200_660c43723e2da.jpg)
![miniatura galeria](/fotos/202404/200_660c9673151a1.jpg)
O padre Josué de Brito Souza, responsável pela igreja de São João Batista, na Armação do Itapocorói, em Penha, teria impedido a realização do velório de Adalgisa Gomes da Costa, a dona Ziza, na capela da paróquia. A senhorinha faleceu no dia 1º de abril, aos 86 anos, e havia trabalhado como zeladora da igreja por 35 anos.
A recusa da secretaria paroquial ao pedido pra fazer o velório provocou a revolta. A decisão teria sido do pároco de Penha, que responde pela comunidade histórica da Armação, mas acabou desmentida pela paróquia. O pedido da família para usar a igreja seria porque a capela mortuária do município já estava com outro velório.
O pedido também levou em conta que dona Ziza sempre foi muito atuante na igreja. Ela completaria 87 anos na próxima quinta-feira. O velório foi na casa dela, na avenida São João, ao lado da igreja. O sepultamento foi no cemitério da Armação, na manhã de terça-feira.
Vindo de Blumenau, o padre Josué assumiu a paróquia em 2019, após a saída de Alcemir José Pilotto. Ele já teve outras polêmicas com a comunidade, como a prestação de contas da Festa do Divino e a associação que organiza o evento e polêmica com o fechamento do pátio da capela e cobrança de taxa para estacionamento no local.
A Secretaria Paroquial de Penha, contudo, justifica dizendo que a decisão não partiu do padre. “Padre Josué jamais recusaria um velório. É lei da Diocese de Blumenau, não fazer velório na igreja, mas na capela mortuária ou na casa da pessoa. Foi resolvido com a família, que entendeu”, disse. A secretaria ainda informou que “políticos querem aparecer usando o caso para espalhar mentiras”.