BALNEÁRIO CAMBORIÚ

Fabrício vai ao STF pra pedir que GM possa atuar contra andarilhos

Prefeito defendeu projeto de Clínica Social após caso de comerciante esfaqueado

João Batista [editores@diarinho.com.br]

Programa em BC foi suspenso após MP classificar como “higienista”

Foto: divulgação/arquivo
Programa em BC foi suspenso após MP classificar como “higienista” Foto: divulgação/arquivo

O  prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pra tentar restabelecer o projeto da Clínica Social, que previa a condução forçada de moradores em situação de rua pela Guarda Municipal e a internação compulsória de pessoas atestadas com dependência química. O programa foi barrado pela justiça após ação do Ministério Público.

Na manifestação pelas redes sociais, o prefeito relatou que iria solicitar uma agenda com o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso. Fabrício pretende mostrar os números do programa e os dados atuais da abordagem social após a interrupção da Clínica Social. Ele comentou que a parada do serviço coloca em risco a vida do morador em situação de rua que é dependente químico e também da sociedade.

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Fabrício lembrou que, dentro da Clínica Social, o morador de rua dependente químico, disfuncional psicologicamente e dependente de álcool era internado de maneira compulsória a partir de laudo emitido por um médico. O prefeito também quer que o STF revise a decisão liminar que proibiu, em julho, que estados e municípios façam a condução forçada de moradores em situação de rua.

“Através de uma decisão local fomos proibidos de fazer esse tipo de procedimento e agora o Supremo também se manifesta em relação a isso em uma ação proposta pelo partido Psol, onde tira a condição do município ou a condição do poder executivo de enfrentar esse problema”, reclamou. Para o prefeito, a decisão é “absurda” tanto em relação “à proteção da sociedade” quanto à proteção do usuário, que deixaria de “flertar” com os vícios e a criminalidade.

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“Moradores em situação de rua com dependência química flertam com o tráfico e muitas vezes cometem crimes para sustentar os vícios em álcool e drogas. No período em que implementamos esse trabalho, de dezembro de 2022 até maio de 2023, tivemos uma queda de mais de 80% nos furtos na cidade”, informou.

Crimes geraram manifestação

O caso de um morador em situação de rua que esfaqueou um comerciante na semana passada motivou o prefeito a fazer a manifestação. A vítima foi o gerente de um estabelecimento na esquina da avenida Atlântica com a rua 1400. Ele sofreu golpes no pescoço e nas costas, sendo levado para atendimento no hospital Ruth Cardoso.

O agressor foi contido por populares, quando alegou que esfaqueou o gerente após ele ter negado um pedido de comida por já ter fechado o comércio. O homem de 30 anos foi preso, mas depois acabou liberado pela justiça.

Outras ocorrências envolvendo moradores de rua mobilizaram a Guarda Municipal nos últimos dias. Também na quarta-feira passada, um homem de 26 anos, em situação de rua, foi preso e confessou o furto de cinco bicicletas na mesma noite. Segundo a GM, o homem é usuário de drogas e é conhecido pelos furtos no centro da cidade, em prática pra bancar o vício.

 

Abordagem e condução forçada

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O prefeito argumenta que os casos de furtos envolvendo moradores em situação de rua aumentaram após a decisão que barrou o programa Clínica Social. O serviço voltado à população de rua funcionou por cinco meses. O programa usava a GM nas abordagens sociais e na condução forçada dos usuários. Na clínica, eles passavam por vários atendimentos, incluindo avaliação de dependentes químicos pra internação compulsória.

A medida foi considerada “higienista” pelo Ministério Público, que conseguiu liminar favorável no TJ após ter recurso negado em primeira instância. A ação foi ajuizada após a apuração de denúncias de condução forçada de pessoas em situação de rua para outra cidade e da abordagem pela GM de pessoas que eram mandadas à força, inclusive com uso de algemas, para "acolhimento" na Clínica Social.

Na ocasião, o promotor Alvaro Pereira Oliveira Melo, da 6ª promotoria, destacou que a política de contenção forçada de pessoas em situação de rua violava a Constituição e tinha uma concepção preconceituosa contra “indesejados sociais”, numa “nítida tentativa de promoção de uma espécie de limpeza social".

“O município ofereceu a clínica social para dar uma chance de reabilitar e internar essas pessoas, um trabalho lindo com apoio da Segurança, Saúde e da OAB, mas infelizmente a justiça proibiu”, disse o diretor da Abordagem Social, José Henrique Souza, pelas redes sociais.

Enquanto a questão rola na justiça, ele informou que os atendimentos seguem nas ruas com as pessoas que aceitam ajuda e com diversas campanhas. De acordo com o diretor, neste ano foram 253 internações e quase 800 passagens de ônibus para as pessoas atendidas voltarem para suas casas.

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Comentários:

juarez rezende araujo

28/11/2023 12:16

Vai ao STF?kkk.O ex promoter da Baturité já tinha virado uma comédia quando ficou plantado como um papagaio de pirata junto ao microfone da Câmara Dos Deputados,no dia do impichamento da Dilma,"só pra aparecer",já que até ali era um ilustre desconhecido.Agora quer passar um ridículo,já que o STF tem posição firmada e contra a proposta desumana do Sátiro.Flagelo dos professores e servidores municipais,este tamanduá cujo abraço já tinha vetado a compra de remédios pela rede municipal para crianças com fibromialgia,agora quer que os coturnos da polícia resolvam um problema de saúde pública e assistência social.Vai mesmo prefeito passar mais uma vergonha nacional.

juarez rezende araujo

28/11/2023 12:16

Vai ao STF?kkk.O ex promoter da Baturité já tinha virado uma comédia quando ficou plantado como um papagaio de pirata junto ao microfone da Câmara Dos Deputados,no dia do impichamento da Dilma,"só pra aparecer",já que até ali era um ilustre desconhecido.Agora quer passar um ridículo,já que o STF tem posição firmada e contra a proposta desumana do Sátiro.Flagelo dos professores e servidores municipais,este tamanduá cujo abraço já tinha vetado a compra de remédios pela rede municipal para crianças com fibromialgia,agora quer que os coturnos da polícia resolvam um problema de saúde pública e assistência social.Vai mesmo prefeito passar mais uma vergonha nacional.

Dalton Luiz Scheunemann

28/11/2023 10:42

Sou favorável a internação compulsório, após laudo médico e análise do Ministério Público, que ateste que o usuário está com o seu disernimento abalado, em estado de vulnerabilidade pelo uso de drogas e álcool. Mas a clínica deve oferecer a possibilidade recuperação do indíviduo, com transparência, ofertando tratamento médico, trabalho e estudo, possibilidando uma reincersão social do indivíduo na sociedade, e não apenas, que o local sirva de depósito de pessoas doentes, como ocorria antigamente nos manicômios. Caso o STF não concorde este este procedimento, que proponha e determine outros meios eficázes de recuperação deste público, pois é degradante ver pessoas nesta situação, sendo aliciados e explorados por traficantes e cafetões fomentando o crime nas cidades.

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