Meio ambiente

Cooperfoz é acusada de descartar materiais que não têm valor de venda

Segundo a denúncia, são reciclados apenas produtos de maior valor comercial; cooperativa nega as acusações

Muitos resíduos que poderiam  ser reciclados acabem indo pro aterro sanitário
(foto: divulgação)
Muitos resíduos que poderiam ser reciclados acabem indo pro aterro sanitário (foto: divulgação)
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Trbalhadora da Ambiental Limpeza Urbana e Saneamento, responsável pela coleta do lixo produzido em Itajaí, acusa a Cooperativa de Trabalho dos Coletores de Materiais Recicláveis da Foz do Rio Itajaí (Cooperfoz) de não promover a separação adequada dos resíduos recicláveis. Isso faria  com que muito resíduo que poderia ser reciclado acabasse indo parar no aterro sanitário, o que causa um dano ambiental à cidade.

Segundo a denúncia, garrafas e outros produtos plásticos não despertariam  mais o interesse da cooperativa, porque os preços de revenda desse material caiu muito. Ela denuncia que o descaso vem ocorrendo há cerca de seis meses.

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“Nós estamos indignados, pois não faz sentido a população separar o material e a cooperativa não fazer a parte dela, encaminhando diariamente um caminhão de lixo com recicláveis para o aterro”, diz a trabalhadora, que prefere preservar sua identidade. Ela afirma que a Ambiental coleta o lixo reciclado, entrega para a cooperativa e acaba recebendo uma boa parte de volta, o que não deveria  acontecer.

Jonatas de Souza, presidente da Cooperfoz, nega que a cooperativa recicle apenas produtos que interessam comercialmente. Ele concorda que muito material que poderia ser reciclado vai para o aterro sanitário, mas credita isso a falta de conscientização da população, que não higieniza as embalagens. Outro ponto destacado por Jonatas é que vem crescendo a utilização de embalagens não recicláveis no mercado.

A Ambiental esclarece que a triagem dos materiais coletados não faz parte de seu contrato  de trabalho, sendo, inclusive, vedada a catação ou coleta de materiais recicláveis pelos funcionários. A empresa que faz a coleta de lixo ainda informa que no contrato assinado  com as prefeituras, a empresa tem o compromisso de coletar os materiais e entregá-los à Cooperfoz, que realiza a triagem dos resíduos, sendo que aqueles que não podem ser reciclados são considerados rejeitos e encaminhados para o aterro sanitário.

Em nota, o Instituto Itajaí Sustentável informa que só teve conhecimento da denúncia através do DIARINHO. As equipes de fiscalização serão acionadas para verificar a situação da cooperativa. O programa Recicla Itajaí continua ativo e visa estimular o aumento da coleta seletiva, a conscientização da população, instalação de ecopontos, e do Ponto de Entrega Voluntária (PEV).

Média mensal

De janeiro a maio deste ano a Ambiental, responsável pela coleta de Itajaí, recolheu 33 mil toneladas de lixo. Desse volume, 32,85 mil toneladas foram de lixo comum e 933 toneladas  de recicláveis, com exceção de janeiro, mês em que houve 20% a mais de lixo recolhido. A média mensal, na baixa temporada, é de 6,57 mil toneladas de lixo orgânico e 186,64 mil toneladas de lixo reciclável.

O recolhimento e transporte do resíduo sólido é feito diariamente no centro e três vezes por semana nos bairros. No caso do reciclável, a coleta é feita uma vez por semana nas residências e duas vezes por semana nos condomínios e indústrias.

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Exemplo começa em casa

 

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A funcionária pública Carina Junkes é um exemplo de pessoa sustentável na destinação do lixo doméstico. E foi uma palestra da edição de 2018 da The Ocean Race que mudou sua forma  agir. “Nesse seminário eu fiquei chocada com a quantidade de resíduos que a gente gera”, conta. Ela divide a casa com dois dogs e não compreendia como podia gerar tanto lixo. A  primeira atitude de Carina foi comprar uma composteira pela internet, com direito a minhocas e tudo.

Desde então ela separa todo o lixo orgânico, que representa cerca de 50% dos resíduos que produz. Tudo vai para a composteira. Com isso, além de reduzir o volume destinado ao aterro sanitário, ainda produz adubo.

Carina também passou a higienizar e separar o lixo reciclável em tambores e nas lixeiras dos banheiros ela utiliza sacos de papel,. “Esse é o único lixo que eu envio para o aterro.”

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Carina também passou a comprar produtos a granel, usa sacolas reutilizáveis e passou a consumir todos os tipos de bebidas em lata [que é o material mais reciclável hoje no Brasil]. “Mudei vários hábitos e isso me faz muito bem”, diz.



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