Comércio Exterior
Complexo portuário de Itajaí é a porta de entrada das importações da rede Fort Atacadista
Pelos portos da região chegam bebidas, azeites, embutidos, massas, chocolates e geleias
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O complexo portuário de Itajaí é a porta de entrada de praticamente todos os produtos importados pela rede Fort Atacadista e comercializados nas 52 lojas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Toda a operação logística é feita por empresas de Itajaí e região e o centro de distribuição do grupo também fica no litoral norte catarinense. A rede de atacarejo responde por 70% da receita do Grupo Pereira, que faturou R$ 9,6 bilhões no ano passado e estima superar a marca dos R$ 11 bilhões em 2022.
Entre os itens importados e disponíveis nas lojas estão vinhos, champanhes, cavas e proseccos, além de massas spaghettis, linguines, pennes e outras variedades de “grano duro”. A rede Fort trabalha também com variedades de cervejas importadas, azeites, azeitonas, chocolates, laticínios, embutidos e geleias.
Além da grande diversidade de produtos prontos para consumo, a empresa tem no seu portfólio farinhas, leites em pó, utensílios de mesa e cozinha e diversos outros itens que podem ser garimpados nos corredores. São produtos vendidos para o consumidor final (segmento que representa 70% da comercialização do Fort) e também para mercearias, lojas de conveniência e unidades de varejo de menor porte.
O Fort Atacadista foi pioneiro na região ao adotar o modelo de negócio que une o atacado e o varejo em uma mesma empresa, com a criação de fluxos logísticos e de vendas para atender os dois formatos. Também inovou ao comercializar em uma mesma gôndola garrafas de vinhos premium de marcas consagradas e vinhos populares, assim como pastas italianas de qualidade e massas nacionais que custam a partir de R$ 2.
O grande diferencial da rede é o custo-benefício. “Vamos em busca de fornecedores em feiras internacionais, por indicações ou necessidade. A busca é selecionada por categoria, degustação, embalagem e custos. A importação anda em conjunto com a área comercial”, explica o setor de importações. As aquisições no exterior geralmente são feitas via trading companies e as cargas vêm prioritariamente para o complexo portuário de Itajaí, na grande maioria para a Portonave, em Navegantes. E alguma coisa entra via Porto Itapoá, devido à migração de alguns serviços da APM Terminals Itajaí para o terminal privado no norte do estado.
Da região para todo o Brasil
Em Itajaí as cargas são praticamente todas operadas pela Forte Logística, empresa que não pertence ao Grupo Pereira, mas está sob administração da família. Jeferson Pereira, diretor da Forte, não informa os volumes que são armazenados mensalmente e posteriormente transportados para o centro de distribuição do Fort, em Porto Belo. No entanto, diz que são “volumes expressivos”.
O centro de Porto Belo abastece as lojas de Santa Catarina e de Jundiaí (SP) e também os centros de distribuição do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. O Fort afirma que hoje só não são operadas pela Forte as cargas refrigeradas.
Os principais países de origem das importações da rede são a Itália, onde é produzida a marca de massas exclusiva do Fort, a Santa Rávola, e de Portugal, Chile e China.
A rede surgiu em 1999, em Joinville, e pauta os projetos de expansão do Grupo Pereira, que projeta investimentos de R$ 600 milhões no ano que vem, soma igual aos R$ 600 milhões investidos em 2022.