Vizinhos e alguns familiares da menina que deu à luz a um bebê aos 12 anos relatam a suposta falta de atuação do Conselho Tutelar de Itajaí, do Ministério Público e da Polícia Civil para proteger a criança. A menina, moradora do bairro Murta, em Itajaí, deu à luz aos 12 anos.
O bebê nasceu no hospital Marieta Konder Bornhausen. A menina teria escondido a gravidez da família por nove meses. Assim que entrou em trabalho de parto, o próprio hospital acionou os órgãos de proteção à criança para acompanhar o caso.
No início de novembro, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que a menina teria sido abusada e que o bebê seria filho do padrasto dela. Ao Conselho Tutelar, a menina e a família alegaram ...
O bebê nasceu no hospital Marieta Konder Bornhausen. A menina teria escondido a gravidez da família por nove meses. Assim que entrou em trabalho de parto, o próprio hospital acionou os órgãos de proteção à criança para acompanhar o caso.
No início de novembro, a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que a menina teria sido abusada e que o bebê seria filho do padrasto dela. Ao Conselho Tutelar, a menina e a família alegaram que a criança engravidou de um namorado.
Já a vizinhança alega que a menina nunca teve namorado e que o padrasto seria o pai do bebê. A vizinhança afirma que, além da menina não ter namorado, os órgãos de segurança nunca estiveram na casa da família para investigar o caso a fundo.
Os vizinhos ainda contam que mesmo após ao parto a menina de 12 anos e o filho dela seguem morando na mesma casa com a mãe e o padrasto.
O DIARINHO levou às denúncias ao Ministério Público de Itajaí, mas o promotor responsável pela 4ª Promotoria informou que não irá se manifestar sobre o caso, por envolver crianças e correr em segredo de justiça. A Delegacia de Proteção à Mulher e ao Adolescente também informou que não repassará detalhes da investigação.
Conselho Tutelar acompanha
O Conselho Tutelar de Itajaí alegou que a investigação sobre um possível abuso contra a criança é de responsabilidade da Polícia Civil e do MP. Assim que tomou conhecimento do caso, o Conselho Tutelar encaminhou a menina para acompanhamento de psicólogos.
A presidente do Conselho, Graziela Eskelsen, informou que, desde que o conselho acompanha o caso, não houve denúncia ao órgão sobre a suposta violência sexual. “Há cerca de 15 dias houve uma denúncia à polícia, trazida por familiares, de que a menina teria sido vítima de violência intrafamiliar. Isso foi imediatamente repassado ao MP e qualquer outra interferência do Conselho Tutelar pode atrapalhar as investigações”, disse Graziela.