Investigação
Polícia recupera carga de fios roubada; empresário tá foragido
Ordens judiciais foram cumpridas em Brusque, Guabiruba e São João do Itaperiú; empresário está foragido
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

A polícia Civil deflagrou a operação “Fio Solto” para combater os crimes de receptação de cargas roubadas e associação criminosa. A investigação recuperou parte de uma carga avaliada em R$ 690 mil e prendeu duas pessoas. Um empresário, responsável pela receptação da carga, está foragido.
A investigação teve início com o furto de uma carga de algodão, avaliada em cerca de R$ 690 mil, no dia 25 de setembro, na cidade São José dos Pinhais, região metropolitana do Paraná.
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A polícia Civil de Brusque tomou conhecimento de que a carga foi desviada para a cidade de Guabiruba. Como a cidade tem muitas empresas de tecelagem, a polícia iniciou uma investigação pra identificar e apreender parte da carga furtada.
Na medida em que a investigação avançava, o principal suspeito da receptação iniciou uma manobra desesperada para tentar esconder os fios, transportando para diversas empresas, inclusive para imóveis da sua família.
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Na tarde de terça-feira, a polícia cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas casas e empresas dos investigados, nas cidades de Brusque, Guabiruba e São João do Itaperiú.
Houve a recuperação de mais 451 caixas de fios, somando mais de 13 toneladas, avaliadas em R$ 420 mil, uma arma de fogo e 122 munições. Duas pessoas foram presas, mais de 30 ouvidas e oito empresas foram fiscalizadas.
Houve a prisão de uma empresária de Guabiruba, que estava com a arma. Ela pagou fiança de dois salários mínimos e foi liberada. O outro preso era um integrante da quadrilha, que teve a prisão temporária decretada pela justiça.
Um segundo empresário de Guabiruba, responsável pela receptação da carga roubada, está com a ordem de prisão decretada. Ele está foragido.
A polícia reforça o alerta às empresas de tecelagem para que não coloquem fios comprados na produção antes da apresentação das notas fiscais, pois a conduta pode configurar crime de receptação.