Diz aí, Robison Coelho!

"Eu ouço todo mundo, mas quem toma a decisão final sou eu

O prefeito Robison Coelho (PL) participou da sabatina com a jornalista Fran Marcon e o colunista JC. Ele falou sobre os seis primeiros meses de governo e o pacotaço de obras anunciado nesta semana

(foto: Fran Marcon)
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A prefeitura anunciou R$ 1 bilhão em obras, incluindo mobilidade urbana, abastecimento de água, educação, habitação e esportes. Um dos destaques foi a continuidade da via portuária e também as novas ligações à BR 101. Qual a previsão de início?

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Robison: A nossa mobilidade está no limite. São obras necessárias para acompanhar o crescimento populacional. A ligação da Antônio Heil, Jorge Lacerda é fundamental, porque ...

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Robison: A nossa mobilidade está no limite. São obras necessárias para acompanhar o crescimento populacional. A ligação da Antônio Heil, Jorge Lacerda é fundamental, porque a região que mais cresce hoje é a oeste. A região do Santa Regina, São Roque e Portal. Uma marginal do Ribeirão da Murta fazendo uma nova conexão lá do Portal. A conexão da Praia Brava à BR 101; passando pelo eixo Itajaí, BC e Camboriú, que é uma obra importante, que vai ligar o Promobis. Uma nova conexão com a BR 101, ajeitando aquela questão da Canhanduba, que os moradores precisavam ir para BC fazer o retorno e vir para o centro da cidade. Nós dividimos a fase de projetos em algumas etapas. Uma parte é feita pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Urbanismo, uma parte é feita pela Amfri, na qual eu presido o consórcio. Foi criada uma OSCIP e um escritório de projetos que vai nos auxiliar nesse processo. A minha previsão é que todos esses projetos sejam entregues até o primeiro semestre do ano que vem.

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O secretário da Fazenda informou que houve uma economia de mais de R$ 100 milhões nos últimos seis meses. Da onde saiu esse dinheiro?

Robison: R$ 130 milhões. Nós estamos fazendo gestão, revisão de contratos, e a redução da estrutura de governo. Uma minirreforma. Nesse ritmo, nós conseguimos chegar em uma economia de mais de um bi, além daquilo que está previsto no orçamento, em quatro anos. Nós fizemos a maior contratação nos últimos 20 anos de profissionais de concurso público, com mais de 600 chamamentos na Educação e Saúde. [Como ficou a situação da terceirização da Saúde?] Existe um contrato de terceirização do município que vem desde 2020, no período do covid. O contrato continua e tem 450 profissionais nele. Um contrato que vinha sendo renovado frequentemente, praticamente 10 renovações. [Há queixas sobre a demora na realização de exames e no acesso à fisioterapia. Por que esses problemas?] Quando nós assumimos não tínhamos contratos, fizemos o credenciamento, inclusive da fisioterapia, e com mutirões a gente consegue zerar as filas. Tem casos de três anos de espera para atendimento.

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"Nós fizemos a maior contratação nos últimos 20 anos de profissionais de concurso público

 

Existe alguma previsão para a realização de concurso público na Prefeitura de Itajaí?

Robison: Nós temos dois concursos em aberto que é o concurso da Saúde e da Educação. Desde que foi feito o concurso da Guarda Municipal, já foram 20 profissionais que saíram. Nós precisamos repor. A nossa expectativa é que no final deste ano a gente tenha um concurso bem encaminhado.

 

"Nós fizemos a maior contratação nos últimos 20 anos de profissionais de concurso público"

 

Haverá uma reforma administrativa no seu governo? Existe a possibilidade de a Secretaria de Turismo se transformar em fundação?

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Robison: Nós fizemos uma minirreforma, alguns ajustes lá no começo do ano. Eu entendo que tem que ter uma integração grande, turismo e cultura, porque todo evento cultural não deixa de ser um evento também para o turismo. A gente não tem uma definição ainda. Talvez uma secretaria, talvez todos englobados dentro de uma secretaria com independência ou numa supersecretaria. [Marejada estará mais forte este ano?] Vamos ter a Marejada, vamos ter a Semana Farroupilha, vamos ter outro rodeio, vamos ter o réveillon. [O réveillon retorna neste ano?] Vai ter sim o réveillon, está dentro do nosso planejamento.

 

"Melhor o cara internado lá involuntariamente do que estar na rua cometendo crime, cometendo furto, assediando alguém"

 

Quando será retirada a barreira na entrada do Matadouro? Muitos denunciam a presença de moradores de rua em outras regiões da cidade…

Robison: Nós tínhamos, pelas contas da assistência social, próximo de mil moradores de situação de rua na nossa cidade e nós reduzimos para menos da metade. Pelo menos 40% dos crimes são praticados por moradores em situação de rua. São dados oficiais das polícias Civil e Militar. O furto, nós reduzimos em 25%. Tem bairros que têm ainda bastante morador de rua e a gente sabe que precisa evoluir. Por isso que a gente vai fazer um concurso para a Guarda Municipal, novos chamamentos e investir em tecnologia também.

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"Nós tínhamos, pelas contas da assistência social, próximo de mil moradores em situação de rua na nossa cidade e nós reduzimos para menos da metade"

 

As obras no Morro da Cruz não foram concluídas. Um dos principais pontos turísticos está abandonado. Qual a previsão de entrega da obra?

Robison: Aquela obra, assim que assumimos, nós conseguimos dar sequência, mas depois a empresa parou novamente. Tem que fazer o distrato daquele processo todo. Existem duas obras ali, o quiosque e o mirante. A minha ideia é fazer uma parceria público-privada. O Morro da Cruz está dentro do nosso pacote de PPP, Canto do Morcego, orla da praia, região do Mercado Peixe, Mercado Público...

 

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A falta de professores e os problemas estruturais nas escolas preocupam os pais. Quando essas questões serão resolvidas?

Robison: Praticamente todas as unidades escolares apresentavam sérios problemas estruturais. Nós tivemos problemas em mais de mil aparelhos de ar-condicionado no início do ano. Itajaí sofre falta de vagas na escola no ensino fundamental. Eram quase mil crianças fora do primeiro ano em janeiro. Isso aconteceu porque a última escola construída em Itajaí foi em 2011, a Pedro Rizzi. Três projetos saem do papel este ano. As escolas do Santa Regina, Nilo Bittencourt e Limoeiro.

 

"O transporte público não está bom, eu tenho ciência disso. Ele ser gratuito e não ser bom, não vai mudar muita coisa. Ele tem que ser bom e a gente dar mais condição para as pessoas usarem"

 

Como o governo pretende promover qualidade de vida e reconhecimento social dos profissionais da Educação se, em menos de 100 dias, reduziu o triênio, não concedeu reajuste salarial e, segundo relatos, professores estão tirando do próprio bolso para garantir material aos alunos. Outra queixa é com relação à qualidade do uniforme. Como o senhor avalia essas queixas?

Robison: Uniformes: não tinha uma licitação. Eu consegui negociar com a empresa e eles entregaram antes do prazo que era entregue antes. Nós temos que melhorar a qualidade, tivemos um problema com as camisetas brancas. A nossa negociação foi feita em conjunto com o sindicato. Eu acho que eles receberam menos do que merecem, mas mais do que recebiam. A correção do auxílio-alimentação foi feita, algo que não tinha sido feito nos últimos oito anos. [Por que houve a redução no triênio do magistério de 10% para 5%?] Desde 1997, os servidores públicos de Itajaí recebem 5% de triênio. Nós mantivemos os 5%. Em 1981, tinha o Estatuto do Professor, a legislação dizia que era 10%. Em 1997 foi feita uma negociação, sindicato e prefeitura, Jandir Bellini e Edison D´Ávila, para aumentar o salário do professor e diminuir o triênio. Foi acordado. Em 1997 passou o triênio que era de 10% para 5%. Deu polêmica na época? Não! Foi acertado, foi combinado, passou na Câmara com 100% de aprovação. Só que em 2020, houve uma contestação judicial dizendo: “olha, não é o de 97 que foi aprovado, é o de 81”. A polêmica aconteceu toda porque quando fizeram a lei de 97, o que deveria ter sido feito? Revoga-se a lei de 81. Esse lapso, na hora de aprovar a lei, causou esse problema. Entraram com a questão judicial. A conta caiu para mim. Me perguntaram: é 5% ou é 10%? Eu vou continuar pagando 5%. [Dentro do governo todo mundo era pacífico ao 5% ou teve gente que defendeu 10%?] Eu sou o prefeito. Eu ouço todo mundo, mas quem toma a decisão final sou eu.

Embora não tenha sido uma promessa de campanha sua, como está o estudo para implantação do transporte coletivo gratuito aos moradores?

Robison: Eu não assumi esse compromisso de gratuidade na campanha. Eu assumi o compromisso de fazer estudos. O transporte público não está bom, eu tenho ciência disso. Ele ser gratuito e não ser bom, não vai mudar muita coisa. Ele tem que ser bom e a gente dar mais condição para as pessoas usarem. A gratuidade é, sim, um incentivo a mais, mas nós precisamos fazer as obras de mobilidade. O atual contrato não é bom para a empresa, porque a gente analisa os números da empresa; não é bom para a prefeitura e não é bom para o usuário. Mas é um contrato que existe e tem mais 20 anos pela frente. Eu defendo que tenha mais oferta de ônibus, linhas e a questão dos abrigos. A gente precisa estimular as pessoas a buscar o transporte público.

 

"Eu não vou participar de evento do PT. Eu sou de direita, sou Bolsonaro e não participo de evento do PT"

 

O Porto de Itajaí voltou a registrar forte movimentação. A federalização, afinal, não foi tão prejudicial à cidade quanto se temia?

Robison: Eu entendo que a municipalização seria muito melhor. Mas a gente fica muito feliz com a volta da movimentação de cargas. Quem faz a prospecção, quem vai atrás do cliente, quem negocia, é o ente privado. Nós temos três empresas: JBS e duas empresas que operam carga geral. As empresas estão prospectando, estão buscando novas linhas e não estão atrapalhando. [O senhor tem conversado com o João Paulo?] Conversei bastante com o João Paulo, já conversei bastante com o [Anderson] Pomini, mas nesse caso em especial com a própria JBS, que é a grande interessada. [O senhor conversou com o presidente da JBS quando ele esteve em Itajaí na entrega do porto feita pelo presidente Lula?] Não fui ao evento do Lula, mas almocei com os representantes da JBS. A empresa quer expandir. É nosso interesse que o porto possa crescer, aumentar a movimentação, ele é a principal empresa do município.

Como prefeito, quando o presidente Lula veio à cidade, o senhor não acha que deveria ter uma conversa com ele com relação ao porto?

Robison: E o presidente quer falar comigo?! [De repente o senhor quer falar com o presidente...] Não! E assim, vamos ser sinceros, aquele foi um evento político. Eu teria um evento político no sábado do meu partido. Com certeza o pessoal do PT não vai no evento do meu partido. Eu também não vou no evento deles. Eu não vou participar de evento do PT. Eu sou de direita, sou Bolsonaro e não participo de evento do PT. [Outros prefeitos da região participaram...] É um problema de cada um. Os anúncios que foram feitos lá eu pude ver pela internet.

Bolsonaro anunciou que não virá a SC neste sábado. Isso pode ser represália ao fato de o estado não ter recebido bem a notícia de que Carlos Bolsonaro pretende concorrer ao Senado por SC?

Robison: É lógico que ele está doente... Reflexo de uma facada de um cidadão que está solto. [O senhor concorda que Carlos Bolsonaro seja o candidato ao Senado por SC?] Eu concordo que o presidente Bolsonaro é o maior líder da direita no país e a gente precisa respeitar. Nós temos bons representantes em Santa Catarina. A Carol de Toni é um excelente nome do PL. Eu vejo a deputada Ana Campagnolo, um nome sensacional. Esse diálogo está sendo feito entre o presidente Bolsonaro e o governador Jorginho Mello. [Existe alguma tratativa para que o MDB venha a fazer parte do seu governo, a exemplo de Jorginho Mello, que abraçou a sigla?] Não teve nenhuma conversa com o MDB nesse sentido. Eu tenho uma boa relação com todos os vereadores. Nós temos uma base bem montada, mas respeitando o papel de todos os vereadores, independentemente se está ou não está na base.

Seus opositores no último pleito podem vir a pedir votos para a reeleição do governador – como Carlos Chiodini e Osmar Teixeira. O senhor teria problema em dividir o palanque com eles?

Robison: De forma alguma! Meu candidato é o governador Jorginho Mello, quem quiser apoiar é bem-vindo. [O senhor já declarou que seu candidato em 2026 será o vice-prefeito Angioletti (PL), que deve ser candidato a deputado federal. Já existem nomes para estadual?] O Rubens é o grande nome do PL na nossa cidade. Eu vejo um caminho bom numa candidatura, mas a definição vai partir do governador para os candidatos a estadual ou federal.




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