A troca de informações entre as polícias de Santa Catarina e de São Paulo levou à recuperação de parte da carga de geradores de energia solar fotovoltaica roubada em Itajaí após uma quadrilha aplicar um golpe na empresa responsável pela produção. A carga roubada em Itajaí é avaliada em R$ 7 milhões.
Parte dela foi recuperada na terça-feira em um galpão na rua Francisca de Lourdes Silva Camargo, na Vila Mineirão, em Sorocaba, após a polícia identificar o local usado pela quadrilha, ...
Parte dela foi recuperada na terça-feira em um galpão na rua Francisca de Lourdes Silva Camargo, na Vila Mineirão, em Sorocaba, após a polícia identificar o local usado pela quadrilha, prender o responsável pelo local por receptação e encontrar os itens roubados.
O armazenamento dos geradores no galpão era mais uma etapa do golpe iniciado no começo do mês de agosto. Os golpistas se passaram por uma empresa do setor de instalações fotovoltaicas, forjando documentos e mandando fotos da fachada, para firmar contrato de compra dos geradores com a firma de Itajaí.
Como o valor da carga era de cerca de R$ 7 milhões, eles ofereceram um sinal de R$ 700 mil para a compra. A empresa liberou os produtos e a encomenda foi transportada em 15 caminhões. Como não ocorreu o pagamento na data marcada, a empresa fez contato com os representantes e descobriu que a firma nunca fez a compra dos geradores.
Com o golpe constatado, o caso foi denunciado à Polícia Civil. Houve troca de informações entre as policiais catarinenses e paulistas, até a carga ser localizada e apreendida na terça-feira. “Foi um crime de estelionato de um grupo criminoso com atuação nacional. Eles fizeram aquisição dessas mercadorias, forjaram documentos de uma grande empresa e fizeram a compra no meio dela. Assim que tomou ciência das notas fiscais, não reconheceu as compras. Só que da semana passada até esta segunda-feira foram feitas 15 cargas de entrega. Na segunda-feira, iniciamos a investigação, com apoio da Deic de São Paulo, e conseguimos recuperar parte das cargas”, informou o delegado Osnei Valdir de Oliveira, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Santa Catarina.
O material roubado era suficiente para a instalação de uma usina de energia capaz de alimentar duas mil residências. Foram apreendidos materiais suficientes para construir uma usina de energia solar de 5 Mwp (megawatt-pico). O material recuperado foi transportado em sete carretas de São Paulo para SC e será devolvido à empresa.
Esses geradores, que podem ser instalados em casas ou empresas, captam a energia emitida pelo sol e a convertem em energia elétrica. O delegado diz que o golpe teve “dimensões industriais”. As investigações continuam para identificar os envolvidos em todas as fases do golpe. “É um crime de estelionato, com um grupo criminoso que já praticou outro crime semelhante, está tendo uma incidência grande desta modalidade. Seguimos a investigação para chegar a todos os envolvidos”, finalizou o delegado.