A destruição da fachada da Alaska Sorveteria, em Balneário Camboriú, pelo motorista de um Kwid desgovernado, na tarde de segunda-feira, foi apenas o desfecho de uma confusão de trânsito protagonizada por um motoboy. O nome dele não foi divulgado pela polícia, mas a briga foi com os primos D.D.M., 21 anos, e D.D., 35 anos.

Antes de perder o controle do carro e destruir a fachada da sorveteria, os primos se envolveram em uma briga de trânsito com o motoboy. D.D.M. foi agredido com golpes de capacete, socos e pontapés pelo motoboy.

Quem procurou o DIARINHO para contar a história foi a estudante de psicologia D.D., 35 anos. Ela pilotava o Kwid quando foi interceptada por um motoboy, na rua 1001. O primo dela estava no banco do carona. “O motociclista disse que cortei a frente dele, começou a bater no vidro, chutou as portas do carro. Eu estava dirigindo e ele me xingando, chutando, ainda parou na esquina e ficou me aguardando passar”, narrou. 

O rapaz, que estava no banco do carona, desceu do carro e começou a discutir com o motoboy, que esperava numa esquina. Pelas imagens das câmeras de segurança, o motoboy agrediu o rapaz, até então caroneiro do Kwid, com golpes de capacete.

Testemunhas tentaram conter a surra. Só que D. derrubou a moto do motoboy e o clima esquentou novamente. O motoqueiro voltou a agredir o jovem, que cai sentado dentro do banco do carona do Kwid. Várias pessoas tentaram segurar o motoboy, que mesmo assim continua socando o rapaz.

A prima de D. saiu do Kwid e começou a telefonar para a polícia. Nisso, D. se trancou no Kwid e na sequência arrancou  com o carro em alta velocidade.

D., que tem 21 anos, mas não tem carteira de motorista, perdeu o controle do carro, subiu na calçada da avenida Atlântida e acertou em cheio a Alaska Sorveteria, destruindo o deque de madeira e a fachada de vidro do estabelecimento.

Jovem ficou todo quebrado após a surra

A dona do carro conta que o primo ficou com vários machucados na cabeça, no pescoço e com muitas dores no abdômen por conta das agressões que sofreu. “Quando chegou na UPA, ele estava vomitando sangue. Eles fizeram tomografia, raio-x, pra ver se não tinha perfurado nenhum órgão, porque ele apanhou muito”, contou.

Nesta terça-feira, os primos registraram queixa na delegacia e D. passou pelo exame de corpo de delito. “Hoje eu recebi as imagens das agressões, fui na delegacia, prestei depoimento e vou acionar o motoboy criminalmente”, adiantou a dona do carro.

A moça conta que, durante as agressões ao primo, o motoboy ameaçava matar os dois ocupantes do Kwid. “Meu primo parece ser menor de idade, porque ele é muito pequeno, tem 1,50m. E ele foi muito agredido e ameaçado. Isso deixou a gente apavorado,” desabafou a estudante.

Sobre o prejuízo na sorveteria, D. explicou que o comerciante acionou o seguro para colocar as portas de vidro na fachada, mas a estudante ainda não informou se ela e o primo irão pagar pelo prejuízo.

D. também levou o carro pra oficina. Além da batida provocada pelo primo, os chutes do motoboy detonaram a porta do carro.

O DIARINHO não conseguiu o contato do motoboy até o fechamento desta matéria.