Santa Catarina
PF faz busca em casa de caminhoneiro envolvido em ataques à democracia
“Zé Trovão”, de Joinville, é um dos alvos de inquérito do STF; Batidas também rolaram em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado federal Otoni de Paula (PSC) - Grupo de 10 investigados é suspeito de marcar atos criminosos pelas redes sociais
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A polícia Federal bateu na casa do caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, na manhã de sexta-feira, em Joinville. Na cidade, foram cumpridas quatro ordens de busca e apreensão em ação que apura ataques à democracia. Outro mandado em Santa Catarina foi em São Francisco do Sul.
No total, o ministro Alexandre de Moraes, do supremo Tribunal Federal (STF), autorizou 13 ordens de buscas pelo país. Entre os alvos estão o cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC). Houve batidas em imóveis do cantor e no gabinete do parlamentar.
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A autorização dos mandados atende pedido da procuradoria-Geral da República, em ação sobre atos antidemocráticos. Em Joinville, Zé Trovão foi intimado a comparecer pra esclarecimentos na sede da polícia Federal. “Isso que está acontecendo comigo hoje é muito triste […] Não é justo que eu esteja passando por tudo isso”, comentou em vídeo publicado na internet.
Segundo a polícia Federal, a investigação apura o eventual “cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.
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Além de cinco ordens de busca em Santa Catarina, foram cumpridas duas medidas em São Paulo, uma no Rio de Janeiro, uma no Mato Grosso, uma no Ceará e outra no Paraná. Os agentes da PF fizeram batidas em 29 endereços dos investigados, inclusive no Distrito Federal, no gabinete de Otoni de Paula.
O grupo de 10 investigados é suspeito de planejar atos de violência contra o STF e o senado. Conforme a subprocuradoria-geral da República, os envolvidos têm usado as redes sociais para chamar protestos criminosos e violentos às vésperas do feriado de Sete de setembro. A convocação seria pra uma suposta manifestação e greve de caminhoneiros, mas o movimento não teve apoio reconhecido por entidades da categoria.